SS-Totenkopfverbände – Wikipédia, a enciclopédia livre

SS-TV
SS-Totenkopfverbände
SS-TV
Oficias da SS-TV na frente dos prisioneiros do campo de concentração de Mauthausen em outubro de 1941.
Oficias da SS-TV na frente dos prisioneiros do campo de concentração de Mauthausen em outubro de 1941.
Resumo da agência
Formação junho de 1934
Dissolução 8 de maio de 1945
Jurisdição  Alemanha
Europa Ocupada
Sede Oranienburg, próximo de Berlim
Empregados 22 033 (SS-TV 1939)[1]
Ministros responsáveis Heinrich Himmler 1934-1945, Reichsführer-SS
Executivos da agência SS-Obergruppenführer Theodor Eicke (1934-1940), comandante da SS-TV
SS-Gruppenführer Richard Glücks (1940-1945), comandante da SS-TV
Agência mãe Schutzstaffel

SS-Totenkopfverbände (SS-TV) ou "unidades da caveira" foi uma organização da Schutzstaffel (SS) criada em 1933 e responsável pela administração de campos de concentração e de extermínio no Terceiro Reich, entre outras tarefas semelhantes.[2][3] A caveira era o emblema geral das SS, mas a Totenkopfverbände também usava a insígnia na aba do colarinho direito para se distinguir de outras formações Nazistas das SS.

As SS-TV, originalmente criadas em 1933, eram uma unidade independente dentro das SS, com suas próprias fileiras e estrutura de comando. Administrava os campos em toda a Alemanha e mais tarde na Europa ocupada. Os campos na Alemanha incluíam Dachau, Bergen-Belsen e Buchenwald; os campos noutros lugares na Europa incluíam Auschwitz-Birkenau na Polónia ocupada, e Mauthausen na Áustria, entre os numerosos outros campos de concentração, e de extermínio. A função dos campos de extermínio foi genocídio; eles incluíram Treblinka, Bełżec, e Sobibór construído especificamente para a Aktion Reinhard, bem como o campo de extermínio original de Chełmno, e Majdanek, equipado com instalações para assassinatos em massa, juntamente com Auschwitz. Eles foram responsáveis por facilitar o que os nazistas chamaram de Solução Final, conhecida desde a guerra como Holocausto,[4] perpetrada pelas SS dentro da estrutura de comando do Gabinete Central de Segurança do Reich, subordinado a Heinrich Himmler, e do Gabinete Económico e Administrativo Central das SS (WVHA).[5]

Um dos muitos massacres em Piaśnica, na Polónia, em 1939

Depois de tomar o poder em 1933, o Partido Nazista lançou um programa de encarceramento em massa dos chamados "inimigos do Estado". Nascendo em todas as cidades da Alemanha "como cogumelos depois da chuva", (nas palavras de Himmler), os primeiros campos utilizavam espaços fechados, geralmente sem infraestruturas para detenção permanente (ou seja, salas de máquinas, pisos de fábricas de cerveja, armazéns, adegas).[6] Após a purga dos paramilitares das SA, conhecida como a Noite das Facas Longas (30 de junho a 2 de julho de 1934), as SS assumiram o controle do sistema de campos recém-criado.[5] As SS fundaram campos de concentração estatais em Dachau, Oranienburg e Esterwegen, que já tinham o total de 107 000 'indesejáveis' em 1935.[7]


Referências

  1. Sydnor, Charles W. Soldiers of Destruction: the SS Death's Head Division, 1933-1945. [S.l.: s.n.] p. 34 
  2. Snyder 1998, p. 330
  3. McNab 2009, p. 137.
  4. Friedländer, Saul (2007). The Years of Extermination: Nazi Germany and the Jews, 1939-1945. [S.l.]: Harper Collins. pp. 346–347 
  5. a b McNab 2009, pp. 41, 134-144.
  6. Wachsmann, Nikolaus (2015). KL: A History of the Nazi Concentration Camps. [S.l.]: Macmillan. pp. 38–45 
  7. Wachsmann 2015, p. 88.