Salto de Pirapora – Wikipédia, a enciclopédia livre

Salto de Pirapora
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Salto de Pirapora
Bandeira
Brasão de armas de Salto de Pirapora
Brasão de armas
Hino
Gentílico saltopiraporense
Localização
Localização de Salto de Pirapora em São Paulo
Localização de Salto de Pirapora em São Paulo
Localização de Salto de Pirapora em São Paulo
Salto de Pirapora está localizado em: Brasil
Salto de Pirapora
Localização de Salto de Pirapora no Brasil
Mapa
Mapa de Salto de Pirapora
Coordenadas 23° 38′ 56″ S, 47° 34′ 22″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Sorocaba
Municípios limítrofes Votorantim, Piedade, Pilar do Sul, Araçoiaba da Serra, Sorocaba e Sarapuí
Distância até a capital 121 km
História
Fundação 24 de junho de 1906 (118 anos)
Administração
Prefeito(a) Matheus Marum de Campos (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 280,697 km²
População total (Estimativa IBGE/2015[1]) 43 574 hab.
Densidade 155,2 hab./km²
Clima Subtropical (Cfa)
Altitude 630 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (IBGE/2010[2]) 0,729 alto
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 411 128,335 mil
PIB per capita (IBGE/2011[3]) R$ 10 481,55
Sítio saltodepirapora.sp.gov.br (Prefeitura)

Salto de Pirapora é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado a 121 km de São Paulo. Situa-se na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba.

O Município de Salto de Pirapora foi fundado por lavradores e operários comandados por Antônio Maximiano Fidélis (popularmente conhecido como "Antônio Fogueteiro") e por Felício Lencione. Apesar da descrença de seus companheiros, no dia 24 de junho de 1906 fizeram a primeira prece no local e demarcaram onde seria a sede do município.

Lavradores e operários das caieiras (fornos de cal) se reuniam nas redondezas daquelas primeiras casas ainda não alinhadas e festejavam São João com fogueiras, mastro e reza ao ar livre. O promotor da reza era o Fogueteiro auxiliado pelo comerciante Antônio Góis, sendo o seu estabelecimento o ponto de reunião. Como em toda parte, não faltava a Santa Cruz.

Fogueteiro, Felício Lencione e João de Góis capinaram o terreno onde hoje está a Igreja Matriz e levantaram um mastro com uma bandeira do santo precursor. Rezaram e soltaram fogos. Fogueteiro dizia, entre risos e zombarias dos mercadores e outros presentes: "aqui ainda vai ser uma cidade!". No ano seguinte, foi construída a primeira capela local (onde hoje está a Igreja Matriz) por João de Góes, que ainda ofertou uma imagem de São João Batista à pequena igreja. O santo, desde então, foi adotado como padroeiro do município.

No dia 6 de outubro de 1907, o padre Luís Augusto Scicluna celebrou a primeira missa na capela com a presença de todos que moravam no pequeno povoado e que ajudaram na construção da ermida. Mais tarde, o mesmo padre convocaria aqueles que ajudaram a erguer a capela para edificarem a Matriz, que funciona até os dias de hoje.

Em 1911, Salto de Pirapora foi elevada à vila e incorporada como distrito do município de Sorocaba pela Lei nº 1.250, de 18 de agosto de 1911, que criava o Distrito de Paz pertencente à comarca de Sorocaba.

No ano de 1912, João Almeida Tavares foi nomeado o primeiro tabelião do distrito. Nesse mesmo ano, apareceram os primeiros Carros de boi que puxaram o progresso do pequeno povoado, pois por meio deles eram transportadas madeira e produtos da agricultura local, como o arroz, algodão, feijão e batata para outras regiões.

Em 1922, organizou-se uma comissão para construir a Igreja Matriz, sendo o seu chefe o coronel Manuel Ferreira Leão, que, ao lado de sua esposa e tendo como auxiliares Silvino Dias Batista, Belarmino de Cerqueira César, David Teixeira, Balduíno Antunes de Oliveira, Pedro dos Santos e João Brizola de Almeida, levaram a cabo a empreitada seguindo a planta do arquiteto e padre Luís Scicluna .

A tão batalhada emancipação chegou em 1953, através de um plebiscito no qual votaram os 657 eleitores que ali residiam. Desses, 475 votaram a favor do desligamento político da vila, 174 votaram contra e 4 votaram em Branco, além de 4 votos nulos. Finalmente, no dia 30 de dezembro daquele ano, Salto de Pirapora se eleva à categoria de Município pela Lei Estadual 2.456/1953.

No dia 1 de janeiro de 1955 instalou-se o município com a posse da primeira gestão do Executivo e Legislativo locais. Agenor Leme dos Santos foi o primeiro prefeito e Vicente Leme dos Santos o vice. Os nove primeiros vereadores foram Alexandre de Góes Vieira (Didi), Amarílio Vieira de Proença (Lalau), Ariovaldo Rodrigues Simões, Durvalino Shuerman de Barros, Gentil Areias, Isidoro Gomes de Almeida, Lázaro Ferreira dos Santos, Newton Guimarães e Roberto Marcello.

Formação administrativa

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Localizada a uma latitude 23º38'56" sul e a uma longitude 47º34'24" oeste, está a uma altitude de 630 metros na região sudeste do estado.

Segundo o IBGE, sua população estimada em 2016 era de 43.990 habitantes.

Dados do Censo - 2010

População total: 40.132

  • Urbana: 31.463
  • Rural: 8.669
  • Homens: 19.949
  • Mulheres: 20.183

Densidade demográfica (hab./km²): 143,02

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 14,69

Expectativa de vida (anos): 74,95

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,41

Taxa de alfabetização: 93,05%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,771

  • IDH-M Renda: 0,685
  • IDH-M Longevidade: 0,781
  • IDH-M Educação: 0,847

(Fonte: IPEA/DATA)

  • SP-264 (Rodovias João Leme dos Santos e Francisco José Ayub)
  • SPA-104/079 (Rodovia João Guimarães)

Infraestrutura

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Central telefônica de Salto de Pirapora (1974).

Comunicações

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O sistema de telefones automáticos foi inaugurado na cidade pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP) em 1974.[4] Já o sistema de discagem direta à distância (DDD) foi implantado em 1979 pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), com o código de área (0152).[5]

Na década de 90 o código DDD da cidade foi alterado para (015), para padronização do sistema telefônico com a telefonia celular que estava sendo implantada em todo o estado.[6]

Administração

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Nome Início do mandato Fim do mandato
1 Agenor Leme dos Santos 1 de janeiro de 1955 30 de abril de 1957
2 Vicente Leme dos Santos 1 de maio de 1957 31 de maio de 1957
3 Agenor Leme dos Santos 1 de junho de 1957 31 de dezembro de 1958
4 Roque de Barros Leite 1 de janeiro de 1959 31 de dezembro de 1962
5 Agenor Leme dos Santos 1 de janeiro de 1963 30 de novembro de 1966
6 Vicente Leme dos Santos 1 de dezembro de 1966 31 de dezembro de 1966
7 Jaime Ferreira da Fonseca 1 de janeiro de 1967 30 de janeiro de 1970
8 Agenor Leme dos Santos 31 de janeiro de 1970 15 de abril de 1970
9 Nivaldo Dias Batista 16 de abril de 1970 13 de agosto de 1971
10 Belmiro de Barros Teixeira 14 de agosto de 1971 19 de agosto de 1971
11 Paulo dos Santos Guilherme 19 de agosto de 1971 30 de janeiro de 1973
12 João Abdalla Marum 31 de janeiro de 1973 31 de janeiro de 1977
13 Newton Guimarães 1 de fevereiro de 1977 31 de janeiro de 1983
14 João Abdalla Marum 1 de fevereiro de 1983 31 de dezembro de 1988
15 Santelmo Xavier Sobrinho 1 de janeiro de 1989 31 de dezembro de 1992
16 João Abdalla Marum 1 de janeiro de 1993 31 de dezembro de 1996
17 Santelmo Xavier Sobrinho 1 de janeiro de 1997 31 de dezembro de 2000
18 Santelmo Xavier Sobrinho 1 de janeiro de 2001 31 de dezembro de 2004
19 Joel David Haddad 1 de janeiro de 2005 31 de dezembro de 2008
20 Joel David Haddad 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2012
21 Santelmo Xavier Sobrinho 1 de janeiro de 2013 31 de dezembro de 2016
22 Joel David Haddad 1 de janeiro de 2017 31 de dezembro de 2020
23 Matheus Marum de Campos 1 de janeiro de 2021 31 de dezembro de 2024

Hoje, o município é um dos principais pontos de extração mineral do país, sendo informalmente elevada à "Capital do Calcário". Abriga unidades de extração de empresas do Grupo Votorantim, Grupo Adher, GMIC, Massari Mineração, entre outras. Nele, está situado um dos principais pontos de mergulho técnico do Brasil, a Pedreira, atualmente interditada pelo Grupo Votorantim em razão de constantes acidentes.

Referências

  1. a b IBGE. «IBGE Cidades». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 26 de maio de 2016 
  2. «IDH do município em 2010». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de março de 2014 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  4. «Telesp vai servir mais 86 cidades do estado». Folha de S.Paulo. 12 de março de 1975. Consultado em 20 de julho de 2024 
  5. «Área de operação da Telesp». web.archive.org. 14 de janeiro de 1998. Consultado em 20 de julho de 2024 
  6. «Telesp - Código DDD e Prefixos». web.archive.org. 14 de janeiro de 1998. Consultado em 20 de julho de 2024 

Ligações externas

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