Adelaide da Itália – Wikipédia, a enciclopédia livre

Santa Adelaide da Itália
Adelaide da Itália
Santa
Nascimento 931
Borgonha
Morte 16 de dezembro de 999
Selz, Alsácia
Veneração por Igreja Católica
Canonização 1097
por Papa Urbano II
Festa litúrgica 16 de dezembro
Atribuições imperatriz dispensando esmolas e alimento aos pobres, frequentemente ao lado de um navio
Padroeira vítimas de abuso, noivas, imperatrizes, exilados, problemas entre genros e sogros, maternidade, pais de famílias grandes, madrastas, viúvas
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Adelaide de Itália ou Adelaide de Borgonha ou simplesmente Santa Adelaide (Borgonha, 931 - Selz, 16 de dezembro de 999) foi imperatriz consorte do Sacro Império Romano-Germânico e rainha consorte da Germânia, além de ser conhecida por ter sido fundadora de diversas casas religiosas e ter convertido numerosos infiéis.[1]

Nasceu na Borgonha, no ano de 931. Era filha de Rodolfo II da Borgonha e de Berta da Suábia. Aos 15 anos se casou com o rei Lotário II da Itália.

Enviuvado 3 anos mais tarde, que assim obteve o direito à coroa da Itália. Órfã aos seis anos e viúva aos dezenove, foi, por interesses políticos, perseguida e aprisionada pelo Duque Berengário e sua mulher Wila, sujeitando-se a esta situação indigna com resignação e confiança em Deus.

Com a ajuda do piedoso capelão Martinho consegue escapar e, escoltada pelo marquês, se refugia no castelo do Duque de Canossa, Alberto Uzzo.

O imperador Otão I, o homem mais poderoso daquele tempo invadiu a Itália e afugentou Berengário.

Dirigindo-se a Canossa, casou-se com Adelaide no dia de Natal de 951, resultando daí uma união feliz. Elevada à dignidade imperial, demonstrou imensa humildade e caridade para com os menos favorecidos.

Viúva pela segunda vez, tornou-se regente até a maioridade do filho, o imperador Otão II, que em 971 casou-se com a princesa grega Teofânia Escleraina, que também passou a hostilizar Adelaide.

Morto Otão II, Adelaide se retirou da corte, mas logo também Teofânia Escleraina morreu e Adelaide retornou para ser regente em nome de seu neto Otão III, coordenando suas obrigações políticas e religiosas. Partindo do princípio que a felicidade e a prosperidade de uma nação dependia da bênção de Deus, procurou implantar na alma do povo o "santo" temor de Deus, fazendo empenho para que fosse conservados fielmente os "costumes e usos da vida cristã".

Após a morte do seu marido, em 973, começou a interessar-se cada vez mais à missionação e estabeleceu vários mosteiros e igrejas.

Recolhendo-se ao mosteiro beneditino de Selz, o qual fundara, passou os últimos anos de vida em recolhimento. Morreu na Alsácia, no dia 16 de dezembro de 999 e foi canonizada no ano de 1097.

Adelaide está incluída no elenco das “Grandes mulheres na História do Mundo - primeiro milênio”.

Exemplo cristão de princesa, rainha, imperatriz e mãe, sua vida é um exemplo para as mães de família. Santo Odilão de Cluny, seu biógrafo, nos informa que: no seio da família mostrava soberana amabilidade, no trato com estranhos era de uma fidalguia prudente e reservada. Mãe dos pobres, era protetora das instituições eclesiásticas e religiosas. Boa e humilde para os bons, era severa em castigar os maus e os ímpios. Humilde na prosperidade, era paciente e conformada na adversidade; sóbria e modesta no comer e vestir; constante na prática dos exercícios de piedade, penitência e caridade, era o modelo de uma perfeita cristã. Colocada sobre o trono, o orgulho não lhe tomou posse do coração e das virtudes nenhum reclame fez. A lembrança dos pecados não a entregou ao desânimo ou ao desespero., como também os bens deste mundo. Honra, magnificência e glória não conseguiram perturbar-lhe a paz da alma, pois em tudo se baseava sobre o fundamento de toda santidade: a humildade. Firme na fé, era imperturbável sua esperança.

Intitulava-se Adelaide, por graça de Deus Imperatriz, e por si mesma pobre pecadora e deficiente serva de Deus.

Casamento e descendência

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Adelaide e seu primeiro esposo, Lotário II da Itália, tiveram apenas uma única filha:

De seu segundo casamento, com Otão I, nasceram:

Referências

  1. «evangelhoquotidiano.org». evangelhoquotidiano.org. Consultado em 17 de dezembro de 2020 
  • Nova Enciclopédia Portuguesa, Ed. Publicações Ediclube, 1996.

Ligações externas

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