Sem Controle – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Sem Controle
Sem Controle
Informação geral
Formato sitcom
Gênero Comédia
Duração 45 minutos
Criador(es) Eduardo Martini
País de origem  Brasil
Idioma original português
Temporadas 2
Episódios 20
Produção
Diretor(es) Henrique Zambelli
Roteirista(s) Henrique Zambelli
Tema de abertura "Rebelde sem Causa", Ultraje a Rigor
Exibição
Emissora original Brasil SBT
Transmissão original 28 de março – 2 de novembro de 2007
Cronologia
Programas relacionados Zorra Total
Petardos
Rompeportones

Sem Controle é um programa de televisão humorístico brasileiro produzido e exibido pelo SBT entre 28 de março e 2 de novembro de 2007. Foi criado por Eduardo Martini, sendo escrito e dirigido por Henrique Zambelli.[1] O programa foi pautado nos mesmos moldes do humorístico Zorra Total, da Rede Globo, e dos argentinos Petardos e Rompeportones, do Canal 13 Argentina.[2]

O programa contava com quadros fixos, com personagens caricatos e bordões marcados, inspirados nas situações vividas por pessoas comuns em seu dia a dia.[3] Entre os quadros mais conhecidos estiveram o bordel de Madame Renné, uma cafetina interpretada por Dani Calabresa que extorquia suas funcionárias, e as confusões de um casal idoso, interpretados por Rosana Pena e Milton Levy.[4]

A ideia do programa foi trazida da Argentina por Silvio Santos, que ao assistir os humorísticos argentinos Petardos e Rompeportones, exibidos originalmente pela Canal 13, propôs fazer algo similar no Brasil.[2] O ator e diretor Eduardo Martini ficou responsável pela idealização e criação do programa.[5] O piloto original foi gravado em dezembro de 2006, trazendo um elenco formado exclusivamente por atores de teatro, incluindo Ângela Dip, Ary França, Flávia Garrafa, Gerson Steves, Noemi Gerbelli e o próprio Eduardo.[2] A gravação não agradou Sílvio, que achou o texto muito sofisticado e queria um humor mais popular e com piadas eróticas como o Zorra Total fazia na época.[6] Em janeiro de 2007 um outro piloto foi gravado com outro elenco.[2]

Em 28 de março de 2007 o programa estreia nas noites de quarta-feira às 20h30 com texto e direção de Henrique Zambelli.[7][8] A partir de 8 de setembro passou para as noites de sábado, entrando logo após o Quem Perde, Ganha, às 23h.[9] A direção do programa também mudou, passando para Antonino Seabra.[10] Após oito meses de exibição, o programa foi cancelado e o último episódio foi exibido em 2 de novembro.[11] O elenco e a equipe foram avisados durante a gravação que estavam demitidos.[12]

  • Distrito 171: uma delegacia que satirizava os problemas da violência e corrupção. No local trabalham o agente Cardoso (Marco Martini), que sempre tentava passar a perna no delegado para ocupar seu cargo, o delegado Matoso (Milton Levy), um oficial corrupto e que forjava crimes que não acabavam de boa forma, e o soldado Linhares (Laert Sarrumor), que ajudava o delegado em suas armações, além do bandido Mão Grande (Tadeu Menezes), um detento que sempre tentava se dar bem.[13]
  • Hospital: um pronto-socorro onde aconteciam diversos casos impensáveis, com uma equipe formada pelo médico atrapalhado Dr. Machado (Eduardo Silva) e a enfermeira grosseirona Penicinilda (Dani Calabresa).[4]
  • Meg Star: uma estrela decadente (Delurdes Moraes) que tentava voltar à fama das formas mais lúdicas com a ajuda de seu empresário (Eduardo Silva).[14]
  • Bordel de Madame René: um bordel de uma cafetina (Dani Calabresa) que extorquia suas funcionárias e armava para que os clientes deixassem o dinheiro sem conseguir chegar perto das garotas.[4]
  • Família Silva: uma família comum de classe média comum, formada pelo pai Grimaldo (Milton Levy), a esposa neurótica Catarina (Rosana Penna), a filha adolescente Priscila (Amanda Maya), o avô quase surdo Chico (Carlos Grillo) e a empregada Giselda (Luziane Baierle). Na casa sempre estava o namorado de Priscila, o folgado Vadinho (André Correa).[15]
  • Vida de criança: uma criança metida à adulta, Angélica (Dani Calabresa), que sempre faz seu avô (Beto Chiaratto) passar vergonha em público por falar demais e faz com que ele se meta em confusão.[4]

Em sua estreia o programa marcou 9 pontos de audiência, segundo os dados do IBOPE, garantindo a vice-liderança.[5]

Recepção da crítica

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O programa teve, em sua maioria, crítica negativas. Mariane Morisawa, do portal Terra, disse que o programa ia do "mofo ao mau gosto" ao repetir clichês e fazer piadas preconceituosas, especialmente com homossexuais, dizendo que "O programa é mais uma amostra de que quem está sem controle é mesmo Silvio Santos.[17] Segundo Flávio Ricco, do jornal O Povo, o programa era "muito ruim" e impossível de vender comercialmente, afastando os patrocinadores.[3]

Referências

  1. «SBT "Sem Controle"». SBT. Consultado em 28 de março de 2013 
  2. a b c d «SBT grava programa de piadas argentinas». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de março de 2013 
  3. a b «Entrevista com a atriz Daniella Giusti, a Dani Calabresa». Poucas e Boas. Consultado em 28 de março de 2013 
  4. a b c d «SBT aposta em bom humor com estréia de "Sem Controle"». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de março de 2013 
  5. a b «Há exatos 6 anos estreou "Sem Controle"». SBTpédia. Consultado em 28 de março de 2013 
  6. «SEM GRAÇÃO». Observatório da Imprensa. Consultado em 28 de março de 2013 
  7. «Entrevista: Henrique Zambelli». SBTpedia. Consultado em 28 de março de 2013 
  8. «Humor». Central de Notícias. Consultado em 28 de março de 2013 
  9. «Humorístico 'Sem controle' volta à grade do SBT». Globo. Consultado em 28 de março de 2013 
  10. «Morre Antonino Seabra, o primeiro diretor de A Praça é Nossa e de Pérola Negra». Conexão Penedo. Consultado em 28 de março de 2013. Arquivado do original em 5 de junho de 2016 
  11. «SBT demite elenco e produção do programa Sem Controle». FNDC. Consultado em 28 de março de 2013 
  12. «SBT demite elenco e produção do programa "Sem Controle"». UOL. Consultado em 28 de março de 2013 
  13. «DELEGACIA». SBT. Consultado em 28 de março de 2013 
  14. «MEG STAR». SBT. Consultado em 28 de março de 2013 
  15. «FAMÍLIA». SBT. Consultado em 28 de março de 2013 
  16. «FILHINHA». SBT. Consultado em 28 de março de 2013 
  17. «Humorísticos vão do mofo ao mau gosto». Terra. Consultado em 28 de março de 2013 

Ligações externas

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