Serratia marcescens – Wikipédia, a enciclopédia livre

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSerratia marcescens

Classificação científica
Domínio: Bacteria
Filo: Proteobacteria
Classe: Gammaproteobacteria
Ordem: Enterobacteriales
Família: Enterobacteriaceae
Gênero: Serratia
Espécie: S. marcescens
Nome binomial
Serratia marcescens

Serratia marcescens é uma bactéria gram-negativa pertencente a família Enterobacteriaceae, sendo essa a que mais ataca os seres humanos, geralmente encontrada em animais, insetos, plantas, além do solo e da água assim como na nossa microbiota, mais especificamente no intestino ajudando a manter o equilíbrio ecológico do mesmo.[1]

Apesar de sua baixa virulência, por ser uma bactéria oportunista, a S. marcescens apresenta grande risco aos ambientes hospitalares com a presença de diversos pacientes previamente debilitados ou imunossuprimidos podendo levar ao desenvolvimento de diversas doenças como: meningite, conjuntivite, infecções no trato urinário, pneumonia ou infecções na corrente sanguínea.[2] Por ser uma bactéria altamente resistente, ela foi responsável por diversos surtos epidemiológicos em hospitais principalmente em áreas de risco como UTIs pediátricas e neonatais, como foi observado em um estudo que afirmava que ela era responsável por 15% nas unidades neonatais e 5% nas unidades pediátricas de casos confirmados de infecções com cultura positiva em hospitais pela Europa.[3]

A Serratia marcescens é encontrada nos ambientes hospitalares em cateteres, soluções supostamente estéreis e na mão contaminada de funcionários[1], sendo esse o principal veículo de transmissão da bactéria, a qual ataca principalmente o trato intestinal, respiratório e a corrente sanguínea, além de possuir alta resistência a uma gama diversa de antibióticos.[4]

Como característica ela é uma bactéria que possui uma pigmentação avermelhada, tem a forma de bacilo, é móvel, se desenvolve em temperatura ambiente (entre 5°C e 40°C) e com o PH entre 5 e 9[2], além de ser uma fermentadora lenta de lactose.

Foi descoberta em 1819 por um farmacêutico italiano chamado Bartolomeo Bizio.[5]

  1. a b TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. E-book. ISBN 9788582713549. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713549/. Acesso em: 01 abr. 2024.
  2. a b Cristina ML, Sartini M, Spagnolo AM. Serratia marcescens Infections in Neonatal Intensive Care Units (NICUs). International Journal of Environmental Research and Public Health. 2019; 16(4):610. https://doi.org/10.3390/ijerph16040610
  3. Raymond J, Aujard Y. Nosocomial infections in pediatric patients: a European, multicenter prospective study. European Study Group. Infect Control Hosp Epidemiol. 2000 Apr;21(4):260-3. doi: 10.1086/501755. PMID: 10782588.
  4. Koneman, E. W.; Allen, S. D; Janda, W. M.; Schreckenberger, P. C.; Winn jr. W.C.: Diagnóstico microbiológico. 5ª edição, São Paulo, 2001
  5. Medscape. «Serratia». Consultado em 14 de setembro de 2012