Sonata para piano n.º 13 (Beethoven) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Sonata para Piano No. 13 | |
Composições de Ludwig van Beethoven | |
Apelido: | Nenhum |
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Forma: | Sonata para piano |
Tonalidade - Compasso: | Mi bemol maior- 2/2 |
Movimentos | 4 |
Data da composição: | 1801[1] |
Número da composição: | Op. 27 nº 1 |
Andamentos | |
Primeiro Movimento | Andante |
Segundo Movimento | Allegro |
Terceiro Movimento | Adagio com espressione |
Quarto Movimento | Allegro vivace |
A Sonata para piano n. ° 14, a primeira dos Op. 27, inicia uma nova série de ideias para Beethoven. Com essa sonata, Beethoven abandona a solidez da forma-sonata e alça voos mais audaciosos.
Movimentos
[editar | editar código-fonte]O Opus 27 n.º 1 consta de quatro movimentos:
- Andante - Allegro - Tempo I
- Allegro molto vivace [ - ataque - ]
- Adagio con espressione [ - attacca - ]
- Allegro vivace - Tempo I - Presto
Assim como a sua "irmã famosa", a Sonata ao Luar, esta sonata traz a inscrição "Sonata quasi una fantasia" em seu primeiro movimento. Esse movimento é seccionado e traz várias ideias musicais diferentes. Se fôssemos analisar em termos de forma-sonata, seria como se a "Exposição" tivesse dois temas distintos, o primeiro com os acordes na mão direita e as escalas na esquerda; e o segundo tema com a melodia acompanhada pelos acordes. Depois de apresentar esses temas sucessivamente, Beethoven muda o andamento e coloca um compasso composto -6/8- para nos apresentar o "desenvolvimento". Essa seção do primeiro movimento é bem contrastante com o resto, com arpejos quebrados ascendentes e várias semicolcheias. O caráter instrumental é evidente e contrasta-se bastante com o caráter vocal das primeiras seções do movimento. Depois, Beethoven retorna a calma da abertura da sonata e encerra o movimento, com um attacca subito l'Allegro, que indica a continuidade de movimentos.
Beethoven não quer uma "pausa" entre movimentos. O pianista não tem tempo para "descansar" ou pensar muito antes de "atacar" o Allegro. Beethoven escreve acordes quebrados (três notas) em ambas as mãos. E consegue criar um movimento inteiro baseado nisso. Mais uma prova do talento do compositor que pegou um dos elementos mais básicos da música - um acorde de três notas - e criou um movimento inteiro de uma sonata.
Assim como não deve haver nenhuma interrupção entre o primeiro e segundo movimentos; entre o segundo e terceiros Beethoven também escreveu "attacca subito".
O Adagio, curto, traz um belo tema, acompanhado por acordes na mão esquerda - típico de Beethoven. Além da melodia sublime, Beethoven usa também a síncope para quebrar a pulsação rítmica em várias oportunidades. O adagio termina com um improviso escrito, preparando o movimento final. (Sim, aqui também Beethoven escreve "attacca subito", de modo que a sonata inteira, deve ser tocada praticamente num só fôlego).
O allegro vivace final é bem movimentado, com um tema cativante e vem na forma de um elaborado rondo. O interessante nesse movimento é como termina. Na coda final, Beethoven traz de volta o tema do Adágio, como uma reminiscência para então sim, acabar a sonata num final triunfante.
Beethoven quer que a sonata inteira seja compreendida como uma peça única, como uma fantasia de várias ideias distintas. A mesma ideia o levou a escrever sua sonata seguinte.
Fonte
[editar | editar código-fonte]BERBER, (apelido). Sonata Op. 27 n. 1. Extraído do sítio do Fórum musical Presto, [1], publicado com permissão do autor. Acesso em: 24 de junho de 2007.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Gordon, Steward (2005) Editorial matter to his edition of the Beethoven piano sonatas, Volume II. Alfred Music Publishing.
- Jones, Timothy (1999) The "Moonlight" and other sonatas, Op. 27 and Op. 31. Cambridge: Cambridge University Press.
- Lockwood, Lewis (1996) "Reshaping the genre: Beethoven's piano sonatas from Op. 22 to Op. 28 (1799–1801)". Israeli Studies in Musicology 6: 1–16.
- Marson, Nicholas (2000) "The sense of an ending": goal directedness in Beethoven's music. In Glenn Stanley, ed., The Cambridge Companion to Beethoven. Cambridge: Cambridge University Press.
- Rosen, Charles (2002) Beethoven's Piano Sonatas: A Short Companion. New Haven: Yale University press.
- Sisman, Elaine (1998) After the heroic style: "fantasias" and the characteristic sonatas of 1809. In Stanley, Glenn (1998) Beethoven Forum VI. University of Nebraska Press.
Referências
- ↑ COOPER, Barry. Beethoven: Um Compêndio. Tradução de Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor. 1996. ISBN 85-7110-349-6
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Partituras da Sonata nº 13 - Op. 27 nº 1, de Beethoven»
- A lecture by András Schiff on Beethoven's piano sonata Op. 27, No. 1
- Piano Sonata No. 13 in E-flat major, Op. 27, No.1, Musopen
- European Archive Copyright free LP recording of the Sonata No. 13, Op. 27, No.1 in E-flat major by Hugo Steurer, piano no European Archive .