Tobis Portuguesa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Tobis Portuguesa, S.A. | |
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Fundação | 3 de junho de 1932 |
Sede | Avenida da Liberdade, Lisboa |
Website oficial | www.tobis.pt/ |
A Companhia Portuguesa de Filmes Sonoros Tobis Klangfilm foi criada a 3 de Junho de 1932,[1] com o intuito de apoiar e fomentar o desenvolvimento do cinema português, bem como criar uma uniformidade de processos ao nível do som e imagem, na Europa, de forma a combater o poderio norte-americano.[2]
A Tobis, acrónimo de Tonbild-Syndikat (Sindicato do Som e Imagem), contava com um capital inicial de 1.000.000$00, inteiramente subscrito, dividido em 20 000 acções de 50$00 cada uma, sede na Avenida da Liberdade, n.º 141 e estúdios na Quinta das Conchas, no Lumiar.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Originalmente, a Tobis centrou a sua actividade na produção de filmes e na realização de trabalhos de laboratório. Durante este período, foram produzidas algumas das mais emblemáticas obras das décadas de 30, 40 e 50, sendo A Canção de Lisboa a mais referenciada.
Em 1955, verificou-se uma operação de concentração com a Lisboa Filme, uma das principais produtoras portuguesas, tendo os direitos desses filmes, cujo conjunto integra o Catálogo Tobis, passado a ser propriedade da Tobis.
A partir de 2004, a Tobis apostou numa nova área de serviços, tendo investido na aquisição de equipamento vocacionado para a transcrição para vídeo digital, utilizando ferramentas de restauro.
Em 2005, a Tobis adquiriu o capital social da Concept Films e, beneficiando dos seus equipamentos e técnicos e efectuando um forte investimento num conjunto de tecnologia inovadora, passou a poder realizar todo o tipo de operações de pós-produção de imagem e som.
Serviços
[editar | editar código-fonte]Actualmente, a Tobis disponibiliza uma diversidade de serviços, que se traduz em quatro grandes áreas:
- FILMLAB: área de serviços de laboratório, que se mantém em actividade desde a criação da Tobis Portuguesa e que dispõe de profissionais e equipamentos que permitem efectuar trabalhos de revelação, montagem de negativo, execução de efeitos e genéricos em película, de matrizes de segurança e exploração (interpositivos e internegativos), blow-up óticos, etalonagem, e tiragem de cópias;
- DIGITAL: sector da empresa que se dedica à prestação de serviços na área da pós-produção de imagem e som e que realiza operações a partir de diferentes suportes e formatos, trabalhando-os de forma a obter o produto final no modelo pretendido pelo cliente;
- ARQUIVOS: ramo relativo à transcrição de matrizes de arquivo para vídeo digital, utilizando ferramentas de restauro;
- ESTÚDIO: aluguer de estúdio para produções de cinema, televisão e publicidade, com um conjunto de valências associadas.
Catálogo Tobis
[editar | editar código-fonte]O conjunto de obras produzidas pela Tobis ou, cujos direitos são sua propriedade, é conhecido como Catálogo Tobis e reúne os principais títulos da idade de ouro do cinema português, entre os quais:
- A Canção de Lisboa (1933)
- As Pupilas do Senhor Reitor (1935)
- Varanda dos Rouxinóis (1939)
- João Ratão (1940)
- Ala-Arriba (1942)
- O Costa do Castelo (1943)
- A Menina da Rádio (1944)
- O Leão da Estrela (1945)
- O Grande Elias (1950)
- Benilde ou A Virgem Mãe (1970)
Referências
- ↑ «Cinema Português: Cronologia —1932». Instituto Camões. Consultado em 25 de junho de 2016
- ↑ «Tobis Portuguesa, S.A.». Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico. Consultado em 25 de junho de 2016
- ↑ «Tobis comemora 75 anos com memórias desde o Estado Novo». Diário Digital. SAPO. 20 de maio de 2006
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial» [ligação inativa]
- «Decreto n.º 6/2012» (PDF). Diário da República, 1.ª série — N.º 72 — 11 de abril de 2012 (Ver referência histórica)
- «Tobis: um emblema do cinema português à espera de uma sentença». artigo: SAPO Mag, com declarações em vídeo de José Fonseca e Costa e de José de Matos-Cruz
- «Tobis vendida a empresa angolana». Jornal de Notícias
- «Tobis Portuguesa» (em inglês) no IMDb