TV Líder (Vargem Grande) – Wikipédia, a enciclopédia livre

TV Líder
Sistema Abreu de Comunicação Ltda.
Vargem Grande, Maranhão
Brasil
Tipo Comercial
Canais Digital: 38 UHF
Virtual: 7 PSIP
Sede Vargem Grande, MA
Rede SBT
Rede(s) anterior(es) Record (2010-2013)
TV Cidade (2010-2017)
Band (2017; 2023-2024)
Pertence a Sistema Abreu de Comunicação
Fundação 2005 (19 anos)
Emissora(s) irmã(s)
Rádio Líder FM
Cobertura Vargem Grande

TV Líder é uma emissora de televisão brasileira sediada em Vargem Grande, cidade do estado do Maranhão. Opera no canal 7 (38 UHF digital), e é afiliada ao SBT.[1]

A TV Líder entrou no ar por volta do ano de 2005 como afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Até esse ano, tinha apenas única emissora da região, a repetidora da TV Mirante de São Luís, no ar há anos em data incerta.

Em 2010, depois de anos de afiliação com SBT, a TV Líder deixou SBT após a entrada do ar da repetidora da TV Difusora e passou a repetir a Record, onde extinguiu programas e estreando outros. Entre eles, é o Forró & Alegria (copiando logo do Tudo É Possível).

2011: Incêndio

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A sede da Rádio Líder FM e da TV Líder foram incendiadas na madrugada do dia 25 de outubro de 2011. Segundo a imprensa local, a emissora já estava fora do ar e não tinham seguranças, o que facilitou a entrada dos elementos incendiários. O incêndio destruiu completamente os equipamentos da TV e parcialmente os estúdios da Líder FM.[2]

O incêndio repercutiu em todo o Maranhão, pela suspeita que o incêndio foi feito para tentar intimidar as emissoras que faziam jornalismo independente, por dar espaço à oposição e adotar linha crítica com relação ao prefeito da cidade Miguel Fernandes. Havia suspeita que houve motivação política para o crime.

Acuado pela ameaça de morte pela própria população local, um elemento que fugiu da cidade no dia seguinte para São Luís. A suspeita de ligação política com o fato ganhou força quando o elemento chamado de “Antonio Black” (na verdade era o pedreiro Antonio Francisco Martins), que inicialmente pediu pra não ser identificado, apareceu nos programas de TVs policiais e comunitários (Maranhão Urgente, na TV Maranhense; Qual é a Bronca e Balanço Geral na TV Cidade). Ele assume o incêndio e apontou vereador da cidade, Abdias Cidrão Rodrigues da Costa, como mandante.

A Polícia Militar prendeu “Antonio Black”, que delatou outros três elementos: Isnaldo Cardoso da Silva, Marcelo de Souza Matias[3] e Francisco Xavier da Costa, que foram presos em Vargem Grande.

A prisão dos elementos e a suspeita que o vereador da cidade, Abdias Cidrão Rodrigues da Costa, como mandante do incêndio, provoca crise política local. Parte da população da cidade protestou por uma semana, na frente da emissora, fazendo bloqueios nas ruas.

O caso passou ser investigado tanto pela Polícia Civil de São Luís (por conta da instabilidade política e na segurança local) e da Vargem Grande. A perícia vinda da capital maranhense (São Luís) confirmou que o incêndio foi criminoso.[4]

Em 12 de janeiro de 2012, a Polícia Civil de Vargem Grande anunciou que concluiu a investigação em 3 de janeiro. Foram indiciados:[5]

  • vereador Abdias Cidrão Rodrigues da Costa;
  • pedreiro Antonio Francisco Martins, mais conhecido como “Antonio Black”, músico;
  • Isnaldo Cardoso da Silva;
  • Marcelo de Souza Matias;
  • Francisco Xavier da Costa.

O delegado do caso, Odilardo Muniz Lima Filho, concluiu o inquérito e considerou provado o delito, determinadas as circunstâncias e os meios utilizados e, ainda, individualizadas as condutas de cada um dos indiciados. De acordo com o delegado, eles estão incursos nos artigos 250 e 288 do Código Penal e responderão por causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros e formação de quadrilha ou bando, cujas penas, em caso de condenação, variam de 4 a 9 anos de reclusão. No entanto, apesar do indiciamento, eles estão soltos amparados pelos advogados de defesa.

Em 19 de março de 2012, Marcelo de Souza Matias foi preso em Vargem Grande, desta vez por crime de homicídio contra Cleiton Diego Boasqualli no município de Chapadinha, morto com três tiros, entre eles na cabeça. O crime aconteceu no dia 16 e pretendia fugir para São Luís para liderar o tráfico de drogas, embora os entorpecentes não forem encontrados.[6]

2013-2017: Mudanças

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Em 2013, trocou o sinal nacional da Rede Record e passou ser afiliada da TV Cidade de São Luís (afiliada também da Record), sob contrato de 4 anos.

Em 2017, com a queda de audiência da Record (entre 2015 a 2017) que fez perder sua vice-liderança que detinha (entre 2007 a 2012) foi entre várias emissoras no interior do Maranhão a não renovar com a TV Cidade, trocando-a pela Rede Bandeirantes.

No entanto, a TV Líder transmitiu a Band pelo curto período de meses, quando trocou-a pela TV Difusora (afiliada ao SBT), voltando a ter o sinal do SBT que tinha deixado em 2010.

Ao mesmo tempo, trocou o canal 9 VHF para o canal 7 (no lugar da retransmissora da TV Difusora de São Luís) e ampliado a potência, fazendo que o sinal da emissora fosse sintonizado na vizinha Nina Rodrigues, obrigando com que outra retransmissora da TV Difusora que era sintonizado no mesmo canal fosse retirada do ar.

Em 30 de setembro de 2023, a emissora deixa de transmitir a TV Difusora e volta a transmitir a Band após 6 anos.

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 3 de abril de 2012. Arquivado do original em 25 de abril de 2014 
  2. «Incêndio destrói prédio de rádio e TV em Vargem Grande». Tribuna de Tocantins. 25 de outubro de 2011. Consultado em 1 de novembro de 2011 [ligação inativa]
  3. «Caso do incêndio na Líder: Identificado suposto comparsa apontado por Tony Black». 5 de novembro de 2011. 5 de Novembro de 2011 
  4. «Vargem Grande: Perícia confirma incêndio». Chapadinha Online. 26 de outubro de 2011 
  5. «Vereador de Vargem Grande Indiciado Pelo Incêndio Criminoso da TV Líder». Alexandre Pinheiro. 12 de janeiro de 2012 
  6. «Marcelo, preso na capital por homicídio, é o mesmo que teria participado do incêndio na TV Líder». Chapadinha Online. 21 de março de 2012