Talking Heads – Wikipédia, a enciclopédia livre
Talking Heads | |
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Talking Heads ao vivo em Toronto, Canadá no dia 13 de maio de 1978. | |
Informação geral | |
Origem | Nova Iorque, Nova Iorque |
País | Estados Unidos |
Gênero(s) | |
Período em atividade | 1975 - 1991 |
Gravadora(s) | Sire Records EMI Records Warner Bros Records |
Afiliação(ões) | Brian Eno Tom Tom Club The Modern Lovers |
Integrantes | David Byrne Chris Frantz Tina Weymouth Jerry Harrison |
Talking Heads foi uma banda americana de rock formada em 1975 na cidade de Nova Iorque. Formada pelo guitarrista e vocalista principal David Byrne, o baterista e vocalista de apoio Chris Frantz, a baixista e Vocalista de apoio Tina Weymouth e o tecladista e guitarrista Jerry Harrison, a banda ganhou notoriedade por fundir o rock e a new wave à world music principalmente a ritmos africanos. Além de serem precursores do que se tornaria a new wave, a banda também é uma das mais influentes e importantes da história da música.[7]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Início
[editar | editar código-fonte]O grupo foi formado em 1974 durante os estudos na Escola de Design de Rhode Island. No início, sob o nome de The Artistics (jocosamente chamado de The Autistics) formavam o grupo apenas David Byrne (vocal, guitarra) e Chris Frantz (bateria), tocando e compondo músicas como Psycho Killer e Warning Sign. Em 1974, a namorada de Chris, Tina Weymouth (baixo), juntou-se a eles e então David mudou o nome da banda para Talking Heads.
A primeira grande apresentação da banda ocorreu no dia 8 de junho de 1975, quando fizeram a abertura do show dos Ramones no lendário CBGB's Club, em Nova Iorque. Em 1976 juntou-se mais um membro, Jerry Harrison (guitarrista e tecladista), um ex-membro dos The Modern Lovers outra grande referência novaiorquina. Rapidamente o grupo se articulou e conseguiu fechar um contrato com a Sire Records (associada da Warner Bros).
1977-1980
[editar | editar código-fonte]O primeiro compacto da banda lançou-se em 1977, "Love → Building on Fire".[8] De setembro de 1977 data o primeiro álbum, Talking Heads: 77[9] que já mostrava o rock e o punk misturados com sons experimentais, por influência de grupos como Velvet Underground e da nova aspiração de Cleveland, Pere Ubu. Já as músicas "Uh-Oh, Love Comes to Town", "Psycho Killer" e "Pulled Up" foram lançadas como singles.[8]
Em 1978, chegou o segundo trabalho do grupo, More Songs About Buildings and Food[10], numa colaboração com o produtor inglês Brian Eno, conhecido pelo seu trabalho com Roxy Music, David Bowie e Robert Fripp. Brian Eno se tornou uma espécie de "quinto elemento" do grupo e passou a colaborar com novos estilos musicais. É dessa época o cover de Al Green, "Take Me to the River". Este álbum teve uma melhor recepção pela crítica, o que deu certo nome à banda.
As experiências musicais continuaram com o trabalho de 1979, Fear of Music[11], cujo foco estava no flerte com o clima dark do pós-punk rock. A música "Life During Wartime" ficou famosa nesse momento.
Em 1980, lançaram Remain in Light[12] e passaram a ter uma maior influência da world music, principalmente ritmos africanos. O trabalho "Once in a Lifetime" marcou esse processo.
1981-1991
[editar | editar código-fonte]Após lançar quatro LPs em 4 anos, o Talking Heads fica 3 anos produzindo apenas um e nesse ínterim lançam o trabalho ao vivo The Name of This Band Is Talking Heads[13].
Durante esse período, David Byrne lança dois trabalhos solo: My Life in the Bush with Ghosts, com Brian Eno; e a trilha sonora da peça de balé The Catherine Wheel. Chris Frantz e Tina Weymouth, influenciados pelo soul, dance e funk também formam um projeto alternativo, o Tom Tom Club, e lançam o primeiro álbum, que leva o nome da banda. Nessa época perdem o produtor Brian Eno, que passa a se dedicar à banda irlandesa U2.
Speaking in Tongues foi lançado em 1983[14], um trabalho mais comercial que gerou o primeiro grande sucesso da banda no Top 10 americano, "Burning Down the House". A turnê desse trabalho, intitulada "Stop Making Sense" e considerada uma das melhores da história do rock, foi a última da banda. O documentário desta tour foi filmado pelo então novato Jonathan Demme que anos depois ganharia o Oscar de melhor diretor por O Silêncio dos Inocentes. Em Stop Making Sense, álbum ao vivo de 1984, além de "Burning Down the House" temos uma poderosa versão para "Psycho Killer".
Após o lançamento de 1982 outros 3 trabalhos foram criados: em 1985 Little Creatures[15], em 1986 True Stories[16] e em 1988 Naked[17]. True Stories, trilha sonora para um estranhíssimo filme dirigido pelo proprio Byrne teve como hits "Radiohead" (que inclusive deu nome ao grupo inglês liderado por Thom Yorke, o Radiohead) e a contagiante "Wild Wild Life".
Com o passar do tempo, a banda cada vez mais passou a ficar em segundo plano, sob os pés do líder David Byrne. Após um espaço de 3 anos sem gravações e shows foi dada a "sentença definitiva". No dia 2 de dezembro de 1991, David Byrne anunciou o fim do grupo Talking Heads durante uma entrevista no Los Angeles Times. David Byrne seguiu carreira solo mas o grupo até hoje é uma referência de rock experimental, pop e criativo influenciando bandas atuais como Radiohead, Arcade Fire, The Killers, Clap Your Hands Say Yeah e, mais recentemente, artistas inspirados pelo worldbeat, como Vampire Weekend e Yeasayer.
Membros
[editar | editar código-fonte]- David Byrne - Voz, Guitarra, Violão
- Chris Frantz - Bateria
- Tina Weymouth - Baixo, Teclado
- Jerry Harrison - Guitarra, Teclado
Discografia
[editar | editar código-fonte]- 1977 Talking Heads: 77
- 1978 More Songs About Buildings and Food
- 1979 Fear of Music
- 1980 Remain in Light
- 1983 Speaking in Tongues
- 1985 Little Creatures
- 1986 True Stories
- 1988 Naked
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Cateforis, Theo (2011). Are We Not New Wave? : Modern Pop at the Turn of the 1980s. [S.l.]: University of Michigan Press. pp. 2, 43, 73. ISBN 0-472-03470-7
- ↑ Jack, Malcolm (21 de setembro de 2016). «Talking Heads – 10 of the best». The Guardian
- ↑ Edmondson, Jacqueline. «Talking Heads». Music in American Life: An Encyclopedia of the Songs, Styles, Stars, and Stories That Shaped Our Culture [4 volumes]: An Encyclopedia of the Songs, Styles, Stars, and Stories That Shaped Our Culture
- ↑ Holden, Stephen (28 de fevereiro de 1999). «MUSIC; They're Recording, but Are They Artists?». The New York Times
- ↑ Robbins, Ira A. «Talking Heads | Members, Songs, & Facts». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 4 de fevereiro de 2019
- ↑ Weisbard, Eric; Marks, Craig (1995). Spin Alternative Record Guide (em inglês). [S.l.]: Vintage Books. ISBN 9780679755746
- ↑ «Biografia de Talking Heads» (em inglês). Allmusic.com
- ↑ a b «Talking Heads - Discografia em Discogs.com» (em inglês). Discogs.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Talking Heads: 77 > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - More Songs About Buildings and Food > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Fear of Music > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Remain in Light > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - The Name of This Band Is Talking Heads > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Speaking in Tongues > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Little Creatures > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - True Stories > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011
- ↑ «Talking Heads - Naked > Review» (em inglês). Allmusic.com. Consultado em 24 de Julho de 2011