Tangará (Santa Catarina) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tangará
  Município do Brasil  
Vista parcial de Tangará
Vista parcial de Tangará
Vista parcial de Tangará
Símbolos
Bandeira de Tangará
Bandeira
Brasão de armas de Tangará
Brasão de armas
Hino
Gentílico tangaraense
Localização
Localização de Tangará em Santa Catarina
Localização de Tangará em Santa Catarina
Localização de Tangará em Santa Catarina
Tangará está localizado em: Brasil
Tangará
Localização de Tangará no Brasil
Mapa
Mapa de Tangará
Coordenadas 27° 06′ 18″ S, 51° 14′ 49″ O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Municípios limítrofes Pinheiro Preto, Videira, Ibiam, Monte Carlo, Fraiburgo, Campos Novos e Ibicaré
Distância até a capital 400 km
História
Fundação 30 de dezembro de 1948 (75 anos)
Administração
Prefeito(a) Aldair Biasiolo[1] (Republicanos, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 389,184 km²
População total (IBGE 2022) 8 143 hab.
Densidade 20,9 hab./km²
Clima Mesotérmico úmido, com temperatura média anual de 18°C
Altitude 641 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010 [3]) 0,737 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 191 145,506 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 22 143,83
Sítio tangara.sc.gov.br (Prefeitura)

Tangará é um município brasileiro do estado de Santa Catarina, localizado na latitude 27º06'17" sul e longitude 51º14'50" oeste. Está a 641 metros acima do nível do mar. Tem uma área de 459,81 km² e uma população de 8.143 habitantes, conforme o Censo 2022 do IBGE.[5]

A distância rodoviária até a capital do estado é de 400 km.

A Brazil Railway Company, por meio de sua subsidiária Southern Brazil Lumber & Colonization Company, que explorava a madeira araucária na região, construiu no início do século XX a ferrovia que integrou parte de Santa Catarina e que veio a ser conhecida como Ferrovia do Contestado.

A linha férrea margeou o Rio do Peixe e em setembro de 1910 foi inaugurada a "Estação Rio Bonito", no km 743, a fim de dar apoio logístico, recebendo essa denominação pela tradição de batizar as paradas com o nome do rio mais próximo, no caso um afluente do Rio do Peixe.

E como Rio Bonito a localidade foi denominada, mas em 1948 foi emancipada e teve seu nome alterado para Tangará, em alusão a uma espécie de pássaro.[6]

Primeiros moradores

[editar | editar código-fonte]

Os pioneiros de Tangará, antes mesmo da construção da ferrovia, foram:

  • José Antônio Leitão, português de Lisboa, que chegou à localidade com aproximadamente 41 anos, junto com seus 4 filhos. Instalou em Rio Bonito uma sapataria, um empório e uma loja de tecidos. Construiu casas para sua família e empregados e instalou a primeira agência de correios.
  • José Thomas da Igreja, também português e comerciante, veio a convite de José Antônio Leitão, instalou a primeira casa comercial de Rio Bonito junto aos trilhos onde hoje é a Adegas (Cantina) Casa Grande.[7][8]
Fruticultura típica local

Em 1918, José Antônio Leitão vendeu a Augusto Piccoli uma área de terras que, juntamente com seu irmão Raymundo Piccoli, demarcou o quadro da futura vila ao abrir estradas, construir pontes e montar pequenas indústrias por intermédio da Empresa Colonizadora Piccoli e Cauduro, o que atraiu para Rio Bonito levas de colonos e empresários, a grande maioria oriunda do Rio Grande do Sul.

Os migrantes de origem italiana colonizaram as terras da margem esquerda do Rio do Peixe, até Sede Dona Alice, pela União Colonizadora Sul Brasil, enquanto na margem direita se instalaram os colonos de origem alemã.

Dos migrantes herdou-se costumes e tradições, como o cultivo de milho, uvas, fabricação de vinho, festas religiosas, danças e cantos.

Tangará tem sua formação populacional baseada nas etnias italiana (cerca de 75%) e alemã (cerca de 20%).[9]

A emancipação do município se deu em 19 de fevereiro de 1949, e sua criação pela Lei n.º 247, de 30.12.1948, tendo seus efeitos a partir de 1 de janeiro de 1949. O primeiro prefeito, nomeado para a transição foi Evaldo Schaeffer, e o primeiro prefeito eleito foi Alberto Milton Menezes, que assumiu em 1 de outubro daquele ano, junto com seus vereadores, enquanto os vereadores do partido contrário um mês depois.[10]

Em Tangará predomina o minifúndio com o cultivo de lavouras temporárias, principalmente de milho, pela pecuária, notadamente suínos, aves e gado leiteiro, na produção de frutas, com destaque para a uva, maçã, pêssego, ameixa e nectarina.

Na indústria, os setores de maior produção são o papeleiro e a vinicultura.

O visitante encontrará em Tangará a culinária típica de seus fundadores, o turismo rural e uma das melhores localizações para a prática do voo livre.

  • SC-303 via Videira, Pinheiro Preto, Tangará, Ibicaré e Joaçaba.
  • SC-455 via Campos Novos e Ibiam.
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Tangará (Santa Catarina)

Referências

  1. Prefeito e vereadores de Tangará tomam posse; veja lista de eleitos em g1.globo.com
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Censo 2022 IBGE - Tangará». Panorama do Censo 2022 - IBGE. 28 de junho de 2023. Consultado em 29 de junho de 2023 
  6. «Município - Município de Tangará». www.tangara.sc.gov.br. Consultado em 3 de agosto de 2017 
  7. «IBGE | Cidades | Santa Catarina | Tangará | Histórico». www.cidades.ibge.gov.br. Consultado em 3 de agosto de 2017 
  8. «Prefeitura de Tangará». Consultado em 12 de dezembro de 2018 
  9. «Cidades IBGE - Tangará Histórico». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 29 de junho de 2023 
  10. «Câmara Municipal de Tangará/SC». Câmara Municipal de Tangará/SC. Consultado em 29 de junho de 2023