Tifanny Abreu – Wikipédia, a enciclopédia livre
Tifanny Abreu | |
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Nascimento | Rodrigo Pereira de Abreu 29 de outubro de 1984 (40 anos) Goiânia |
Cidadania | Brasil |
Estatura | 194 cm |
Ocupação | jogadora de vôlei |
Tifanny Pereira de Abreu[1] (Paraíso do Tocantins, 29 de outubro de 1984) é uma jogadora de voleibol brasileira que atua como oposto e ponteira. Foi a primeira transexual a disputar uma partida oficial da Superliga.
Biografia e carreira
[editar | editar código-fonte]Nascida Rodrigo Pereira de Abreu,[2] em uma família pobre de Conceição do Araguaia, no estado do Pará, não conheceu o pai e teve que ajudar a família desde muito jovem. É a mais nova de sete irmãos. Consciente de que não poderia contar com apoio financeiro em casa, foi através do vôlei que vislumbrou a chance de realizar seus sonhos de vida. Foi então que saiu de casa em busca de dinheiro para fazer a transição de gênero.[2]
O debate sobre a transexualidade no esporte começou em 2015, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou transexuais no esporte, estabelecendo algumas condições. Entretanto, vale lembrar que em 2003 a organização já havia se manifestado em relação à importância da autonomia da identidade de gênero na sociedade.
Devido a uma atualização nas regras para a inscrição de atletas, prévia aos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, o COI deixou de exigir a cirurgia de redesignação sexual e passou a cobrar um ano de tratamento hormonal, em vez de dois anos. Para competir atualmente, a atleta que passar pela mudança de sexo, deve manter o nível de testosterona abaixo de 10nmol/L.[2]
O documento em que o COI define as normas para a participação de transexuais assume que as condições podem ser reconsideradas a qualquer momento, caso novas descobertas médicas e científicas sejam feitas.
Antes de jogar em campeonatos femininos, entrou em quadra pela Superliga A e B no Brasil e em outros campeonatos masculinos nas ligas da Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica. Enquanto defendia o clube JTV Dero Zele-Berlare da segunda divisão belga,[3] resolveu concluir a transição de gênero.[2]
No início de 2017, recebeu a permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir em ligas femininas. Foi quando defendeu o Golem Palmi, time da segunda divisão da Itália.[3] Após esse período, retornou ao Brasil e usou a estrutura do Vôlei Bauru para aprimorar a parte física e voltar para a Europa. A atleta recebeu uma proposta e aceitou defender o time do interior paulista. A liberação para atuar na Superliga veio dois dias antes da estreia oficial, no dia 10 de dezembro, após exames da comissão médica da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).[2]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Após conseguir o dinheiro para realizar sua cirurgia – o custo total gira em torno de R$ 30 mil –, Tifanny abandonou a carreira no vôlei por não ter consciência de que poderia atuar por uma equipe feminina. A intenção era retornar ao Brasil após a transição e buscar uma nova carreira profissional.[2]
Clubes
[editar | editar código-fonte]Período | Clube | País | Ref. |
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2008-09 | Esmoriz | Portugal | [3] |
2010 | UFJF | Brasil | [4] |
2011 | UFJF | Brasil | [4] |
2014 | JTV Dero Zele-Berlare | Bélgica | [3] |
2017 | Golem Palmi | Itália | [3] |
2017 | Vôlei Bauru | Brasil | [2] |
2021 - presente | Osasco | Brasil |
Referências
- ↑ «Tifanny, primeiro trans na Superliga feminina: 'O amor vencerá'». Veja. 9 de janeiro de 2018. Consultado em 25 de fevereiro de 2018
- ↑ a b c d e f g Emilio Botta (20 de dezembro de 2017). «Primeira trans da Superliga sonha com seleção» (html). Globo.com. Consultado em 10 de fevereiro de 2018
- ↑ a b c d e Rui Marques Simões (22 de fevereiro de 2017). «Rodrigo virou Tiffany, o ícone transexual que agita o voleibol» (html). DN.pt. Consultado em 10 de fevereiro de 2018
- ↑ a b «Primeira transexual da Superliga, Tiffany foi grande destaque como Rodrigo no acesso de JF à elite do vôlei». Toque de Bola. 16 de janeiro de 2018. Consultado em 13 de agosto de 2021