Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino (cônsul em 354 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino
Cônsul da República Romana
Consulado 349 a.C.
Morte 349 a.C.

Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino (em latim: Titus Quinctius Pennus Capitolinus Crispinus) foi um político da gente Quíncia da República Romana, eleito cônsul por duas vezes, em 354 e 351 a.C., com Marco Fábio Ambusto e Caio Sulpício Pético respectivamente. Antes disso, já havia sido nomeado ditador em 361 a.C.. Cneu Quíncio Capitolino, ditador em 331 a.C., provavelmente era seu filho.

Ditadura (361 a.C.)

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Tito Quíncio nomeado ditador em 361 a.C. para levar adiante a guerra contra os gauleses,[1] obtendo uma vitória que foi celebrada com um triunfo no mesmo ano. Seu mestre da cavalaria foi Sérvio Cornélio Maluginense.

Foi nesta campanha que teria acontecido o lendário episódio no qual Tito Mânlio Torquato teria vencido em duelo um inimigo enorme, assustando os gauleses, que abandonaram o campo de batalha.[2]

Mestre da cavalaria (360 a.C.)

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Ver artigo principal: Guerra romano-tiburina

Em 360 a.C., foi nomeado mestre da cavalaria pelo ditador Quinto Servílio Aala, que também foi nomeado para lutar contra os gauleses,[3] que foram derrotados numa batalha às portas de Roma, na Porta Colina.

Primeiro consulado (354 a.C.)

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Foi eleito cônsul pela primeira vez em 354 a.C. junto com Marco Fábio Ambusto, ambos patrícios[a]. Durante seu mandato, os romanos levaram a melhor contra os tiburtinos e os tarquinenses com tanta facilidade que os samnitas foram a Roma implorar pela paz[5]:

Para o povo de Tarquínia não houve nenhuma piedade: muitos foram mortos durante a batalha e, dos muitíssimos prisioneiros capturados, foram escolhidos trezentos e cinquenta e oito — a flor da nobreza — para serem enviados a Roma enquanto que o resto da população foi entregue às armas.
 
Lívio, Ab Urbe condita VII, 2, 19[5].

Segundo consulado (351 a.C.)

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Em 351 a.C., foi eleito novamente, desta vez com Caio Sulpício Pético, que já estava no quinto mandato.[6] Caio Sulpício comandou a campanha contra Tarquínia e Tito Quíncio, a contra os faliscos. Os dois continuaram a guerra contra Tarquínia e arrasaram seu território para obrigá-los a aceitar uma trégua que perduraria por 42 anos. A eleição de um censor era necessária, mas Caio Sulpício e Tito Quíncio se opuseram à candidatura do plebeu Caio Márcio Rutilo, em vão, pois ele acabou eleito.[6]

Segundo o relato de Lívio, Tito Quíncio foi forçado, em 342 a.C., durante a Primeira Guerra Samnita, a assumir o comando dos soldados amotinados estacionados em Capua. Porém, quando os soldados enviados pelo ditador Marco Valério Corvo chegaram, liderou os esforços para conseguir a paz.[7]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Caio Sulpício Pético III

com Marco Valério Publícola

Marco Fábio Ambusto III
354 a.C.

com Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino

Sucedido por:
Caio Sulpício Pético IV

com Marco Valério Publícola II

Precedido por:
Públio Valério Publícola

com Caio Márcio Rutilo II

Caio Sulpício Pético V
351 a.C.

com Tito Quíncio Peno Capitolino Crispino II

Sucedido por:
Marco Popílio Lenas III

com Lúcio Cornélio Cipião


  1. Segundo Lívio, este seria o terceiro consulado de Tito Quíncio. Segundo ele, alguns anais relatam Marco Popílio em seu lugar.[4]

Referências