Galleria degli Uffizi – Wikipédia, a enciclopédia livre
Galleria degli Uffizi | |
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Informações gerais | |
Tipo | Galeria de arte Local histórico |
Arquiteto(a) | Giorgio Vasari, Bernardo Buontalenti, Alfonso Parigi |
Inauguração | 1581 |
Website | Página oficial |
Área | 47 515 metro quadrado |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Florença |
Localidade | Centro histórico de Florença |
Coordenadas | 43° 46′ 06,38″ N, 11° 15′ 21,24″ L |
Geolocalização no mapa: Itália |
A Galleria degli Uffizi (em português: Galeria dos Escritórios) é um palácio situado em Florença, na Itália. Ele abriga um dos mais antigos e famosos museus do mundo.
Dividido em várias salas dispostas por escolas e estilos em ordem cronológica, o museu exibe obras do século XII ao século XVIII, com a melhor coleção do mundo de obras do Renascimento de artistas como Cimabue, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Andrea Mantegna, Ticiano, Parmigianino, Peter Paul Rubens, Rembrandt, Giovanni Battista Pittoni, Canaletto e Sandro Botticelli.
História
[editar | editar código-fonte]O duque Cosmo I de Médici encomendou ao famoso arquiteto Vasari, em 1560, uma edificação para reunir, em um só local, os escritórios (uffici)[1][2] dos treze principais magistrados da cidade, então espalhados por diversos locais de Florença. Nessa nova edificação, o duque poderia, então, controlar os magistrados diretamente a partir do velho e contíguo Palazzo della Signoria, sede do governo, de acordo com o status de potência que a cidade alcançou após a conquista de Siena.
Vasari, então, projetou um prédio em forma de U com: um braço longo a leste, que deveria incorporar a antiga igreja românica de "São Pedro Scheraggio"; um tramo curto assentado na margem do rio Arno; e outro braço curto a oeste, englobando a Zecca Vecchia, sede do correio por muito tempo e, após o restauro de 1988, incorporado ao museu. Os três andares da construção começam com um térreo em loggiato delimitado por pilastras com nichos (só decorados com estátuas a partir de 1842); um segundo andar com janelas; e o terceiro destinado ao uso exclusivo do príncipe. Foi construído com pedra do vale de Mensola, adotando a ordem dórica.
Algum tempo depois, Cosmo decide unir o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, nova residência da família Médici por um caminho particular e elevado, também executado por Vasari, o chamado "Corredor de Vasari", que usava a galeria, a Ponte Vecchio sobre o Arno e uma passarela coberta sobre a rua.
Médici
[editar | editar código-fonte]Com Francisco I de Médici, que sucedeu Cosme a partir de 1574, completa-se a construção em 1580. Entre 1579 e 1581, decoram o tecto com afrescos, chamados de "grotescos" por causa dos motivos utilizados. E, finalmente, em 1581, Francisco decide utilizar a galeria do último andar para reunir sua coleção de pinturas, estátuas, objetos de arte antigos e modernos, armaduras, miniaturas, medalhas, para deleite de sua família e da nobreza local.
Para acomodar melhor a coleção, o arquiteto Buontalenti construiu, no braço longo da galeria, a chamada "Tribuna", construção octogonal inspirada na Torre dos ventos de Atenas, como descrita por Vitrúvio no seu primeiro livro. A exposição das obras segue apenas o critério de mostrar a glória dos Médici. Com o tempo e principalmente no século XVII, as exposições foram se transformando, modificando o ordenamento original. As reformas modificaram um teatro e um jardim suspenso, da mesmo época e arquiteto.
A partir de 1587, com o novo duque, Fernando I de Médici, novos acréscimos como uma coleção de retratos, uma seção de cartografia e uma coleção de instrumentos científicos são incorporadas. Após a morte de Ferdinando, a galeria permaneceu inalterada por muito tempo.
Lorena
[editar | editar código-fonte]Com o fim da era dos Médici, apenas com Leopoldo de Lorena-Habsburgo voltam as obras na Galleria degli Uffizi, com a construção de uma nova entrada e a abertura das visitas ao público em geral, em 1769. Leopoldo propiciou, também, uma reorganização das coleções entre 1780 e 1782, seguindo critérios do iluminismo. Retiraram-se, então, vários objetos para outros museus, concentrando, na galeria, principalmente, as pinturas e esculturas, ordenadas por escolas. Em 1779, foram trazidas as esculturas da Vila Médici de Roma, um conjunto de esculturas clássicas antigas agrupadas na sala "Niobe".
Séculos XIX e XX
[editar | editar código-fonte]Entre 1842 e 1856, foram colocadas as vinte e oito estátuas dos nichos externos do edifício, homenageando 28 homens ilustres da Toscana como Giotto di Bondone, Nicolau Maquiavel, Leonardo da Vinci e Donatello.
Desde então, poucos acréscimos foram feitos, com apenas uma grande reforma, basicamente restauro, em 1988.
Em 27 de maio de 1993, um atentado a bomba, com a explosão de um automóvel carregado de explosivos, atribuído a mafiosos, mas de autoria ainda não esclarecida, danificou alguns ambientes da galeria e do corredor de Vasari. Muitas peças foram transferidas para a reserva técnica, mas, com os reparos e o aumento da segurança, as coisas voltaram ao normal.
Descrição do museu
[editar | editar código-fonte]A Galleria degli Uffizi é dividida em cerca de cinquenta salas ou ambientes, nomeadas geralmente pelo artista mais importante exposto. Temos salas dedicadas aos maiores artistas do Renascimento, como Leonardo da Vinci e Rafael, salas com arte clássica da Roma antiga, uma grande coleção de quadros de Sandro Botticelli com suas incomparáveis Primavera e O Nascimento de Vênus e obras dos maiores artistas do mundo como Michelangelo, Ticiano, Albrecht Dürer e Peter Paul Rubens. A Galleria degli Uffizi é uma das maiores atrações turísticas de Florença e um dos mais importantes museus do mundo.
Obras
[editar | editar código-fonte]- Cimabue (Maestà)
- Duccio (Maestà)
- Giotto (A Madonna de Ognissanti, Badia Polyptych)
- Simone Martini (A Anunciação)
- Paolo Uccello (A batalha de San Romano)
- Piero della Francesca (Díptico do Duque Federico da Montefeltro e Duquesa Battista Sforza de Urbino)
- Fra Filippo Lippi (Madonna com Menino e Dois Anjos)
- Sandro Botticelli (Primavera, O Nascimento de Vênus, A Adoração dos Magos entre outros)
- Hugo van der Goes (O Tríptico de Portinari )
- Leonardo da Vinci (O Baptismo de Cristo, A Anunciação, A Adoração dos Magos)
- Piero di Cosimo (Perseus liberando Andromeda)
- Albrecht Dürer (A Adoração dos Magos)
- Michelangelo (Tondo Doni)
- Rafael (Madonna de Goldfinch, Papa Leão X com os cardeais Giulio de' Medici e Luigi de' Rossi)
- Ticiano (Flora, A Vénus de Urbino)
- Parmigianino (A Madonna do pescoço longo)
- Caravaggio (Baco, O Sacrifício de Isaac, Medusa)
- Andrea Mantegna (Triptico com a Adoração dos Magos, Circuncisão e Ascensão)
- Correggio (Adoração do Menino, Repouso na fuga ao Egito, Glória da Madona)
- Francisco de Zurbarán (Antão do Deserto)
- Francisco de Goya (Toureiro)
- Charles Le Brun (Sacrifício de Jefté)
Referências
- ↑ Google tradutor. Disponível em https://translate.google.com.br/#pt/it/escrit%C3%B3rios. Acesso em 7 de abril de 2015.
- ↑ Guia Visual Folha de S. Paulo - Europa. 3.ª edição. São Paulo. Publifolha. 2004. p. 422.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]A Galleria degli Uffizi está incluída no sítio "Centro Histórico de Florença", Património Mundial da UNESCO. |