Indochina Francesa – Wikipédia, a enciclopédia livre

Union Indochinoise
Liên bang Đông Dương

União Indochinesa

Federação
(Império colonial francês)

1887 – 1954
 

 

 

Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Indochina Francesa
Localização de Indochina Francesa
Continente Ásia
Região Sudeste Asiático
Capital Saigon (inicialmente)
Hanói (posteriormente)
Língua oficial Francês (oficial)
vietnamita, khmer, laocianês, cantonês, Tây Bồ-francês
Governo Não especificado
Período histórico Novo Imperialismo
 • 1887 Inclusão do Laos
 • 2 de Setembro de 1945 Declaração da Independência Vietnamita
 • 19 de Julho de 1949 Independência do Laos
 • 9 de Novembro de 1953 Independência do Cambodja
 • 1954 Reconhecimento da independência do Vietname
Área
 • 1935 750 000 km2
População
 • 1935 est. 21 599 582 
     Dens. pop. 28,8 hab./km²
Moeda Piastra da Indochina Francesa
Precedido por
Sucedido por
Annam
Protetorado Francês do Camboja
Laos colonial
Cochinchina
Tonkin
Dinastia Nguyễn
Reino do Camboja (1953-1970)
Reino do Laos
Vietname do Sul
Vietname do Norte

A Indochina francesa (em francês: Indochine française; em khmer: សហភាព ឥណ្ឌូចិន, em vietnamita: Đồng Duong thuộc Pháp, pron. [ɗoŋm zɰəŋ tʰuək fǎp] e frequentemente abreviado como Đồng Pháp) foi parte do Império Colonial Francês, do qual foi sua possessão mais rica e populosa.[1][2] Até o seu desaparecimento, em 1954, reuniu várias possessões francesas no Extremo Oriente: três países do Sudeste da Ásia, hoje independentes (Vietnã, Laos e Cambodja), além de uma porção do território chinês, situada na atual província de Cantão (Guangdong).

Esses territórios tinham diferentes estatutos e haviam sido conquistados entre 1858 e 1907, durante a expansão francesa na Ásia Oriental: a colônia de Cochinchina (no extremo sul do Vietnã), os protetorados de Annam e do Tonkin (no centro e no norte do Vietnã, respectivamente), o protetorado do Cambodja, o protetorado do Laos e o território chinês de Kouang-Tchéou-Wan, arrendado à França.[3]

O Laos foi introduzido em 1893, e Guangzhouwan em 1900. A capital foi transferida de Saigon (na Cochinchina) para Hanoi (Tonkin), em 1902. Durante a Segunda Guerra Mundial, a colónia foi administrada pela França de Vichy e esteve sob ocupação japonesa. Começando em maio de 1941, o Viet Minh, um exército comunista liderado por Ho Chi Minh, começou uma revolta contra o domínio francês, conhecida como a Primeira Guerra da Indochina.[4][5]

Em Saigon, o anticomunista Estado do Vietname, liderado pelo antigo imperador Bao Dai, recebeu a independência em 1949. Após o Acordo de Genebra de 1954, o Viet Minh tornou-se o governo do Vietname do Norte, embora o governo Bao Dai continuasse a governar no Vietname do Sul.[6]

Primeiras intervenções francesas

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As relações franco-vietnamitas começaram logo no Século XVII com a missão do padre jesuíta Alexandre de Rhodes. Neste momento, o Vietname estava apenas começando a ocupar o Delta do Mekong, antigo território do indianizado Reino de Champa, que ele havia derrotado em 1471. O envolvimento europeu no Vietname se limitava ao comércio durante o Século XVIII. Em 1787, Pigneau de Behaine, um sacerdote católico francês, solicitou ao governo francês e organizou voluntários militares franceses para auxiliar Gia Long na retomada das terras de sua família perdidas para a Dinastia Tay Son. Pigneau morreu no Vietname, e suas tropas lutaram até 1802 na assistência francesa a Gia Long.

A França esteve fortemente envolvida no Vietname no Século XIX, protegendo o trabalho da Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris. De sua parte, o Império do Vietname via os missionários católicos cada vez mais como uma ameaça política; as cortesãs, por exemplo, uma facção influente no sistema imperial, temiam por seu status em uma sociedade influenciada por uma insistência na monogamia.

Em 1858, o breve período de unificação sob o Império do Vietname terminou com um ataque bem-sucedido em Da Nang pelo almirante francês Charles Rigault de Genouilly, sob as ordens de Napoleão III. Com a missão diplomática de Charles de Montigny tendo falhado, a missão Genouilly foi enviada para interromper as tentativas de expulsar os missionários católicos. Suas ordens eram para parar a perseguição de missionários e garantir a propagação desimpedida da fé. Em setembro, 14 navios franceses, 3 000 homens e 300 soldados filipinos fornecidos pelos espanhóis atacaram o porto de Tourane (atual Da Nang), causando danos significativos, e ocupando a cidade. Após alguns meses, Rigault teve de deixar a cidade devido a questões de suprimentos e doenças.

Referências

  1. Larousse, Éditions. «Indochine française - LAROUSSE». www.larousse.fr (em francês). Consultado em 20 de novembro de 2022 
  2. A Indochina francesa é muitas vezes chamada simplesment "Indochina". Todavia, não deve ser confundida com a península indochinesa, que compreende o conjunto dos territórios situados entre a Índia e a China, ou seja, não apenas os países que constituíam a Indochina mas também a Birmânia, a Tailândia e a parte continental da Malásia.
  3. Murray, Martin J. (1980). The Development of Capitalism in Colonial Indochina (1870–1940). Berkeley: University of California Press. ISBN 0-520-04000-7 
  4. Perkins, Mandaley (2006). Hanoi, Adieu: A bittersweet memoir of French Indochina. Sydney: Harper Perennial. ISBN 978-0-7322-8197-7 
  5. Hammer, Ellen Joy (1954). The Struggle for Indochina. Stanford: Stanford University Press. OCLC 575892787 
  6. Duiker, William (1976). The Rise of Nationalism in Vietnam, 1900-1941. Ithaca, New York: Cornell University Press. ISBN 0-8014-0951-9