Vera Felicidade – Wikipédia, a enciclopédia livre
Nome completo | Vera Felicidade de Almeida Campos |
Nascimento | 18 de agosto de 1942 (82 anos) Irará Bahia, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | Psicoterapeuta |
Escola/tradição | Fenomenologia, Gestalt |
Principais interesses | Psicoterapia, Epistemologia, Ontologia, materialismo dialético |
Ideias notáveis | homem-no-mundo é uma gestalt, vida psicológica é vida perceptiva, mudando a percepção muda-se o comportamento, perceber é conhecer, o ser é possibilidade de relacionamento, fundadora da Psicoterapia Gestaltista |
Vera Felicidade (Vera Felicidade de Almeida Campos, Irará, Bahia, 18 de agosto de 1942) é uma psicóloga brasileira, criadora da Psicoterapia Gestaltista, teoria psicoterápica baseada na Psicologia da Gestalt. Desenvolveu uma prática clínica e uma teoria que a suporta, fundamentada na gestalt e na fenomenologia,[1] rompendo com conceitos psicanalíticos que influenciam praticamente todas as abordagens da psicologia clínica, mesmo as abordagens gestálticas. A Psicoterapia Gestaltista (termo cunhado por Vera Felicidade para designar sua teoria) é diferente da Gestalt Therapy (Fritz Perls), tanto na metodologia quanto na fundamentação teórica, principalmente no que concerne à negação do inconsciente, aceito por F. Perls e negado por Vera Felicidade.[2] A prática clínica é individual e baseada no diálogo entre o psicoterapeuta e o cliente. Seus onze livros expõem o desenvolvimento dos conceitos da teoria, tais como: perceber é conhecer;[3] vida psicológica é vida perceptiva; o ser humano é possibilidade de relacionamento;[4] não aceitação; autorreferenciamento[5] etc
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Vera Felicidade nasceu em Irará, cidade próxima a Salvador (Bahia), em 18 de agosto de 1942. É a filha mais velha de Aristeu Nogueira Campos e Odete de Almeida Campos, que tiveram mais três filhos: Diógenes de Almeida Campos, Antônia Tereza A. Campos (falecida aos 9 meses) e Mariana Campos Meira. Em 1945 a família muda-se para Salvador onde Vera permaneceu até 1961.
Desde cedo interessou-se pela filosofia e seus problemas gerais e fundamentais (epistemologia, ontologia, materialismo, existencialismo etc.) e pela psicologia, chegando a trabalhar no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira em Salvador (2 anos), onde, com apenas 19 anos de idade, com a supervisão de médicos, era responsável pelo setor de praxiterapia e pelo confronto de diagnósticos clínicos mediante o teste de Rorschach, desenho livre etc. No mesmo hospital atuou também na aplicação de vários testes de inteligência (determinação de problemas psicológicos) e cooperou com o setor de Assistência Social.
Depois da experiência no Hospital Juliano Moreira, continuando seu interesse pelo trabalho e estudo em hospitais psiquiátricos, Vera foi para a Universidade Russa da Amizade dos Povos Patrice Lumumba em Moscou (1962), onde permaneceu por meio ano em cursos no Departamento de Medicina.
Em 1963, mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhou em serviço de aplicação de testes para seleção na área de Psicologia Industrial na General-Electric, no Instituto Técnico de Orientação e Seleção (ITOS), nos cursos TED etc (de 1962 a 1966) e em 1968 se forma em Psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No Rio, foi também fundadora e professora do Curso Pré-Vestibular Kafka (1965 a 1968), que preparava alunos para o vestibular de Psicologia. Realizou uma pesquisa sobre percepção, com cegos, no Museu do Índio,[6] participou de várias pesquisas e trabalhos na área de elaboração e aplicação de testes psicológicos: SENAC, Colônia Juliano Moreira do Rio de Janeiro, Sociedade Pestalozzi do Brasil e 6º Distrito de Orientação Psicológica do Rio de Janeiro. Foi responsável pela seleção de pessoal para o Consórcio Construtor Rio-Niterói (Ponte Rio-Niterói). Estruturou e organizou o Serviço de Psicologia da Clinica Bela Vista, uma das primeiras clínicas particulares a oferecer esse serviço. Foi também responsável pelo Serviço de Psicologia da Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
Iniciou o trabalho clínico, em consultório próprio, em 1968 ainda no Rio de Janeiro e mudou-se para Salvador em 1974, continuando o trabalho psicoterápico. Na Universidade Federal da Bahia (UFBA) ministrou cursos de Extensão em Psicoterapia Gestaltista no início dos anos oitenta e desde essa época Psicoterapia Gestaltista - Vera Felicidade faz parte do conteúdo programático da disciplina obrigatória Teorias e Sistemas Psicológicos II, do Instituto de Psicologia da UFBA. Em 1998 foi criada, neste mesmo Instituto de Psicologia, a disciplina optativa A Psicoterapia Gestaltista de Vera Felicidade[7] (aprovada pelo MEC).
Criação da psicoterapia gestaltista
[editar | editar código-fonte]Durante o curso de Psicologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vera se sentia insatisfeita com as teorias existentes no campo da Psicologia Clínica.[8] Ela já conhecia o trabalho dos pesquisadores e teóricos da Gestalt Psychology, Koffka, Koehler e Wertheimer, e suas pesquisas sobre percepção e sensação, leis da percepção, isomorfismo[9] etc. já conhecia também Kurt Lewin e sua Teoria de Campo[10] e tinha uma crítica à abordagem dualista e baseada na Teoria de Classe, características da psicanálise, behaviorismo e demais escolas funcionalistas na Psicologia[11].
Os gestaltistas alemães não desenvolveram uma psicoterapia, esse trabalho precisava ser feito e Vera Felicidade, beneficiada tanto pelos conceitos gestaltistas quanto pela Fenomenologia - Edmund Husserl - iniciou o desenvolvimento da Psicoterapia Gestaltista, termo por ela cunhado.[12] É preciso notar que sua teoria se fundamenta exclusivamente no gestaltismo, na fenomenologia e no materialismo dialético. Em nenhum momento lança mão de conceitos psicanalíticos, como faz por exemplo, a Gestalt Therapy de Fritz Perls. Uma das ideias mais combatidas por Vera Felicidade, por ser a mais difundida não só na Psicologia mas também em diversas áreas de conhecimento, é a ideia da existência do inconsciente. O conceito de inconsciente na obra de Freud é o coração da Psicanálise, é um conceito fundamental com implicações na abordagem e maneira de pensar o homem, seu psiquismo e seu comportamento. Com a grande divulgação da Psicanálise após a II Guerra Mundial, esse foi um dos seus conceitos mais divulgados não só nas ciências humanas mas para o público leigo, o senso comum. Vera, desde seu primeiro livro, expressa sua negação do inconsciente em capítulo intitulado O Mito do Inconsciente.[13]
Vera Felicidade sempre teve uma preocupação epistemológica e deixa claro em sua obra as incoerências e contradições dos autores que pretendem desenvolver uma psicoterapia baseada na Gestalt Psychology, mas continuam assumindo conceitos oriundos da matriz teórica psicanalítica. Para ela, as visões de homem implícitas na Psicanálise (Freud) e na Gestalt Psychology, são incompatíveis.
Em 1972 Vera publicou seu primeiro livro com as conceituações básicas da Psicoterapia Gestaltista:
Este livro resulta de uma visão global unitária do fenômeno humano. Nesse sentido ele se insere e se fundamenta no gestaltismo como teoria a respeito do comportamento humano, na fenomenologia e no materialismo dialético (que não deve ser confundido com o marxismo, como ideologia) enquanto abordagem metodológica. Essa visão global e unitária ultrapassa os seus constituintes fundamentantes - o gestaltismo, a fenomenologia, o materialismo dialético - à medida que os sincroniza em suas unicidades mediadoras totalizantes. Atingimos essa sincronização partindo de uma atitude fenomenológica - conhecer o fenômeno, no caso o homem, sem a priori, por meio de sua evidência, pela apreensão de sua essência. Esse ponto de partida nos explicitou, revelou um todo - o homem-no-mundo. A percepção disso nos remeteu a questionamentos de como se percebe, do que é percebido ou não, enfim, das leis da percepção, de seu significado e organização, intrínsecos ao processo do estar-no-mundo, contextuado no tempo e no espaço.
Vera Felicidade trabalha em psicologia clínica desde o final dos anos 60 e vem consistentemente desenvolvendo sua teoria exposta em seus vários livros, artigos e relatórios de pesquisas, ao longo de décadas, desde o primeiro livro publicado em 1972 até os mais recentes publicados em 2015 e 2017 respectivamente (Linguagem e Psicoterapia Gestaltista - Como se Aprende a Falar, Ideias & Letras, São Paulo & Como Perceber e Transformar a Neurose, Simplíssimo, Porto Alegre), vários deles catalogados na Biblioteca do Congresso em Washington (Library of Congress - EUA)[14] e outras bibliotecas públicas. Livros seus também são encontrados em Bibliotecas de universidades americanas (Yale e Harvard)[15] assim como em Bibliotecas de universidades brasileiras (Universidade de Brasilia, UnB[16] e outras) e na Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro). Além dos livros, ela regularmente publica artigos em revistas e jornais.
Livros publicados
[editar | editar código-fonte]- Psicoterapia Gestaltista - Conceituações, Edição da Autora, Rio de Janeiro-RJ, 1972
- Mudança e Psicoterapia Gestaltista, Zahar Editores, Rio de Janeiro-RJ, 1978
- Individualidade, Questionamento e Psicoterapia Gestaltista, Editora Alhambra, Rio de Janeiro-RJ, 1983
- Relacionamento - Trajetória do Humano, Edição da Autora, Salvador-BA, 1988
- Terra e Ouro são Iguais - Percepção em Psicoterapia Gestaltista, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro-RJ, 1993
- Desespero e Maldade - Estudos Perceptivos - Relação Figura/Fundo, Edição da Autora, Salvador-BA, 1999
- A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu, Relume Dumará, Rio de Janeiro - RJ, 2002
- Mãe Stella de Oxóssi – Perfil de uma Liderança Religiosa, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro-RJ, 2003
- A realidade da ilusão, a ilusão da realidade, Relume Dumará, Rio de Janeiro – RJ, 2004
- Linguagem e Psicoterapia Gestaltista - Como se Aprende a Falar, Ideias & Letras, São Paulo - SP, 2015
- Como Perceber e Transformar a Neurose – Psicoterapia Gestaltista - Labrador, São Paulo-SP, 2017
- Como Perceber e Transformar a Neurose - Psicoterapia Gestaltista - eBook, Simplíssimo, Porto Alegre-RS, 2017
- Autismo em Perspectiva na Psicoterapia Gestaltista, Ideias & Letras, São Paulo - SP, 2024
Referências
- ↑ "Mas, em que medida o que é psíquico pode ser considerado de fato interno? Watson, o grande iniciador do Behaviorismo, defensor de uma psicologia totalmente reduzida ao orgânico, que por isso mesmo nem mais se chamaria Psicologia, e sim Behaviorismo - estudo do comportamento - , dizia: “dentro do homem só existem órgãos, tecidos, líquidos, não existe nada como idéias, sentimentos, pensamentos”. Consideramos essa colocação de Watson definitiva, apesar de não advogarmos em favor da psicologia que criou. Que propriedades mentais não fenomenais, então, seriam essas? Ao pensarmos em processos psicológicos internos – e a palavra “mentais” remete essencialmente a isso -, estamos mais uma vez no terreno do mais elementar dualismo cartesiano. Idéia e matéria, dentro e fora, interno e externo. As correntes derivadas da Fenomenologia de Husserl têm evitado, ou mesmo abandonado inteiramente esse tipo de divisão. Veja-se, especialmente, toda a abordagem dada à questão pela psicóloga gestaltista Vera Felicidade de Almeida Campos, criadora da Psicoterapia Gestaltista - Indicamos aqui, a propósito, alguns de seus livros, apesar de a questão, por ser básica, perpassar toda a sua obra: Psicoterapia Gestaltista – Conceituações, Rio de Janeiro, Ed da Autora, 1973 ; Individualidade, Questionamento e Psicoterapia Gestaltista, Rio de Janeiro, Ed.Alhambra, 1984; Terra e Ouro: são iguais, Rio de Janeiro, Ed Jorge Zahar, 1994; A questão do ser, do si mesmo e do eu, Rio de Janeiro, Ed Relume Dumará, 2002 - veja-se também seu site [1]Psicoterapia Gestaltista - Esta citação é do artigo: Por que Fisicalismo?, Betty Malin, Revista Litteris, Número 4, março de 2010
- ↑ ver reportagem do Jornal A Tarde, 19 de junho de 2002, a jornalista Iza Calbo diz: "Vera Felicidade resolveu desenvolver uma teoria própria por não concordar com a explicação do comportamento humano a partir do inconsciente. No prefácio (de seu livro A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu feita por) José Planells Puchades, doutor em Psicologia pela Universidade de Valência (Espanha) e professor de Filosofia no Liceo Espanhol de Roma, lemos uma observação sobre a teoria de Vera Felicidade que merece ser levada em conta: "(...) a vertigem que produz sua leitura tem também a ver com a possibilidade que oferece o texto de 'vislumbrar' a totalidade comportamental humana, uma visão da natureza inquietante pelo que tem de desestabilizadora, porém na qual dificilmente deixará de reconhecer-se, como em um espelho, o atento leitor".
- ↑ perceber é conhecer é um conceito cunhado em seu primeiro livro e desenvolvido no livro Desespero e Maldade, capítulo: Estruturação do Processo Perceptivo, página 15, Vera Felicidade de Almeida Campos, Edição da Autora, Salvador, 1999
- ↑ vida psicológica é vida perceptiva; o ser humano é possibilidade de relacionamento são conceitos desenvolvidos ao longo de seus livros mas especialmente desdobrados na obra A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu, capítulo: Vida Psicológica é Vida Perceptiva, página 23, Editora Relume Dumará, Rio de Janeiro, 2002
- ↑ não aceitação e autoreferenciamento são conceitos que são explicados ao longo de todos os livros da autora, desde o primeiro Psicoterapia Gestaltista Conceituações, no capítulo V, página 90, Rio de Janeiro, 1972.
- ↑ Pesquisa catalogada na Biblioteca do Congresso, Washington, ver: [2]Library of Congress Catalog Record - http://lccn.loc.gov/75405332 - Um estudo sôbre a equivalência entre a percepção visual e percepção tactil; experiência realizada com cegos no Museu do Indio-GB [por] Véra Felicidade de Almeida Campos, Marília Duarte Nunes, F. dos Santos Trigueiros.
- ↑ Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Disciplinas Optativas do curso de Psicologia: Código: FCH397 Disciplina: Psicoterapia Gestaltista de Vera Felicidade - Pré requisito: FCH046
- ↑ ver entrevista de Vera Felicidade ao Jornal A Tarde de 16 de maio de 1988, concedida à jornalista Rosane Santana, onde ela afirma: "Quando eu estudava Psicologia, em 64, a Psicanálise não respondia e não satisfazia aos questionamentos sobre o humano, na medida em que me parecia uma coisa totalmente literária, que se fundamentava no constructum do inconsciente, que era uma hipótese e não tinha nada de científico. A questão do inconsciente não permitia nenhuma comprovação a não ser através dele próprio. Para isso, influíram bastante minhas fundamentações filosóficas de Materialismo, Materialismo Dialético, minha preocupação muito grande com Epistemologia. Isso também estava ligado à minha idéia de que a Psicologia tinha de conhecer o homem e não ajudar, como pensava aquela geração de psicólogos. Então, fui tentando respostas ao que era o ser humano, até que, em 1970, eu consegui responder a essa pergunta e fiz um livro.- Foi como se todo o conhecimento de Gestalt deixasse claro para mim que, para se entender o humano, tinha de ser em termos do que ele era no mundo, enfim, como ele percebia. Procurei transpor todas as leis da percepção, dadas em experimentos, e fazer uma dinâmica".
- ↑ para estes tópicos e outros problemas objeto de estudos dos gestaltistas, ver os clássicos da Gestalt Psychology, A Source Book of Gestalt Psychology, vários artigos no tópico Special Problems - Perception and Organization, páginas 71 a 136, prepared by Willis D. Ellis, Routledge and Kegan Paul LTDA, London, 1969; ver também o livro Readings in Perception, capítulo Principles of Perceptual Organizationwritten by Max Wertheimer, book organized by David C. Beardslee and Michael Wertheimer, D.Van Nostrand Company Inc. New York, 1964; e o livro Thinking: from Association to Gestalt, capítulo: The Unity of Thought, página 222, organized by Jean Matter Mandler and George Mandler, John Wiley and Sons Inc. New York, 1964
- ↑ ver o livro Teoria de Campo em Ciência Social, Kurt Lewin, Livraria Pioneira Editora, São Paulo, 1965
- ↑ A Gestalt é uma visão global, uma visão de campo, não se baseia em tipos e classificações. Teorias funcionalistas se baseiam no "funcionamento" do humano, não o globalizam, caindo em tipificações como a classificação das neuroses por categorias e características.
- ↑ em reportagem no Jornal A Tarde, 16 de maio de 1988, Vera Felicidade diz: "Tinha uma série de conceitos da Psicanálise; "ato falho", por exemplo, que era explicado pelo inconsciente, que a Lei da Proximidade pode explicar; associação de idéias, que Freud e Jung levaram tempos fazendo, pode-se explicar por Proximidade, Boa Forma, Continuidade - leis da percepção. Mas a minha preocupação maior foi a de colocar conceituações. Escrevi, a partir daí, o primeiro livro, que é o fundamento de todo o trabalho, onde eu defino o que é o ser humano, pegando o problema da temporalidade, mostrando que o passado não influi, porque se ele influi, é presente, e mostrando também que o futuro não existe, se ele existe é uma meta e como meta é desestruturador. Nesse sentido, minha visão é bastante fenomenológica, mas com uma divergência da Fenomenologia, porque leva em consideração a estrutura. Uma outra questão que precisava ser respondida era a da carência afetiva, porque era considerada uma coisa ruim, uma doença. Mostrei que a carência é intrínseca ao ser humano, mas, quando percebi isso, percebi níveis de estruturação do humano, que chamo de necessidades e possibilidades".
- ↑ ver o livro Psicoterapia Gestaltista Conceituações, O Mito do Inconsciente, página 71, Vera Felicidade de Almeida Campos, Rio de Janeiro, 1972 e reportagem no Jornal A Tarde, 16 de maio de 1988, "Formada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, a psicoterapeuta gestaltista baiana Vera Felicidade, 45 anos, lança seu quarto livro, intitulado "Relacionamento-Trajetória do Humano". Há 20 anos, ela revolucionou a Psicologia ao negar a idéia de inconsciente no livro "Psicoterapia Gestaltista-conceituações" (agora relançado) e criou um método psicoterápico próprio, a partir dos fundamentos da Gestalt alemã e da Fenomenologia de Husserl. Nesse seu mais recente trabalho, desenvolve o conceito de que "todo relacionamento gera posicionamentos, geradores de novos relacionamentos que, por sua vez, geram novos posicionamentos, indefinidamente", além de conceituar o que é desejo, dúvida, escolha, angústia, disponibilidade, ilusão e realidade, e amor. Numa entrevista exclusiva para A TARDE, ela fala de sua teoria e faz antítese a uma série de conceitos da Psicologia atual"..
- ↑ ver lista de livros e pesquisa de Vera Felicidade, no Catálogo da Library of Congress, Washington [3]
- ↑ ver os livros de Vera Felicidade catalogados na Biblioteca de Yale [4]Yale University Library Catalog e na Biblioteca de Harvard [5] Harvard University Libraries
- ↑ ver o catálogo da Biblioteca Central da Unb
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Página oficial
- Livros relançados em formato digital - eBooks
- Library of Congress Catalog Record
- Dr. Paulo Queiroz - Por que matamos nossos pais
- Yale University Library, Catalog
- Entrevistas com Vera Felicidade nos Jornais: A Tarde, Correio da Bahia e Bahia Hoje - Salvador-BA
- Amazon.com - Books by Vera Felicidade
- Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Disciplinas Optativas do curso de Psicologia: Código: FCH397 Disciplina: Psicoterapia Gestaltista de Vera Felicidade - Pré requisito: FCH046
- Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Disciplina Obrigatória Teorias e Sistemas Psicológicos II tem em seu conteúdo programático Psicoterapia Gestaltista-VeraFelicidade