Via XVII – Wikipédia, a enciclopédia livre
Via XVII | |
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Ponte de Trajano, ponte romana da via XVII em Chaves | |
Informações gerais | |
Nomes alternativos | Via Augusta XVII |
Início da construção | Entre os anos 5 e 2 A.C. |
Função inicial | Via militar |
Função atual | Trilho GR 117 |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público (Póvoa de Lanhoso) |
Ano | 1940 |
DGPC | 72367 |
Geografia | |
País | Portugal/Espanha |
Cidade | Braga até Astorga |
A Via XVII era uma via romana do Itinerário Antonino que ligava as cidades de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga) passando pela cidade de Aquae Flaviae (Chaves), num total de 247 milhas romanas (cerca de 365 km). É a mais antiga das vias romanas do noroeste peninsular, sendo edificada no tempo de Augusto entre 5 e 2 a.C.[1] Ainda hoje se preservam 80 miliários desta via, parte deles recolhidos no Museu D. Diogo de Sousa e no Museu da Região Flaviense. A fim de percorrer os caminhos da antiga via, foi criada a Grande Rota 117 de Braga até São Julião de Palácios, Bragança (para Portugal).[2]
Percurso
[editar | editar código-fonte]No itinerário de Antonino são citadas as seguintes etapas (mansões) [nota 1] para a Via XVII, o percurso está também descrito no Itinerário de barro encontrado em Astorga:
Mansio | Milhas romanas entre cada (1 milha de 1480 m a 1850 m) | Povoações actuais[1] |
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1 Brácara Augusta | Braga (Portugal) | |
2 Salácia | XX | Castro de Vieira do Minho |
3 Presídio | XXVI | Castro de Valongo, Vila da Ponte |
4 Caladuno | XVI | Castro de Pedrario, aldeia de Arcos, Cervos |
5 Ad Aquas ou Águas Flávias | XVIII | Chaves |
6 Pineto | XX | Castro de Cabeço da Muralha, Alvarelhos |
7 Reboreto | XXXVI | Castro de Ousilhão, Nunes |
8 Complêutica | XXIX | Castro de Avelãs, Bragança |
9 Veniácia | XV | Castro de La Imena, Figueruela de Arriba |
10 Petavônio | XXVIII | Rosinos de Vidriales, Santibáñez de Vidriales |
11 Argentólio | XV | Tabuyuelo de Jamuz, Quintana y Congosto |
13 Astúrica Augusta | XXIV | Astorga |
Classificação
[editar | editar código-fonte]A via não está classificada no seu todo, mas por pequenas porções como por exemplo na Póvoa de Lanhoso (Imóvel de Interesse Público), em Chaves (Ponte Trajano, Monumento Nacional), e alguns miliários como o de Vilarandelo (Imóvel de Interesse Público).
Fotografias
[editar | editar código-fonte]- Via XVII na Póvoa de Lanhoso, Braga
- Cópia do Padrão dos Povos na ponte Trajano de Chaves
- Miliário em Vilarandelo, Valpaços, Vila Real.
- Ponte de Gimonde (Ponte velha), Bragança.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Via XVIII ou Via Nova (Geira)
- Via XIX
- Itinerário de Astorga ou Itinerário de barro.
Bibliografía
[editar | editar código-fonte]- Antonio Rodríguez Colmenero, Santiago Ferrer Sierra e Rubén Álvarez Asorey (2004): Miliarios e outras inscricións víarias romanas do Noroeste hispánico (conventos bracarense, lucense e asturicense) PDF (Galego). Santiago de Compostela: Consello da Cultura Galega.
- A estrada militar romana de Braga a Astorga por Bragança, na revista do Archeologo Português
Notas
- ↑ As mansões eram paragens com estalagens e instalações para viajantes do serviço dos correios romanos (Curso público)
Referências
- ↑ a b Rodríguez Colmenero, Antonio; Ferrer Sierra, Santiago; Álvarez Asorey, Rubén (2004). Consello da Cultura Galega, ed. Miliarios e outras inscricións viarias romanas do Noroeste hispánico (conventos bracarense, lucense e asturicense) (em galego). Santiago de Compostela: [s.n.] ISBN 84-95415-87-9
- ↑ We Braga (ed.). «GR 117 (Via RomanaXVII)». Consultado em 2 de outubro de 2021