Vilaiete de Baçorá – Wikipédia, a enciclopédia livre
Vilaiete de Baçorá ولايت بصره Vilâyet-i Basra</small | ||||
| ||||
Bandeira | ||||
Vilaiete de Baçorá em 1900 | ||||
Capital | Baçorá[1] | |||
Governo | Não especificado | |||
História | ||||
• 1884 | Fundação | |||
• 1918 | Armistício de Mudros | |||
Área | ||||
• 1900[2] | 42 690 km2 | |||
População | ||||
• 1900[2] est. | 500 000 | |||
Dens. pop. | 11,7 hab./km² | |||
Atualmente parte de | Iraque Cuaite Catar Arábia Saudita |
O Vilaiete de Baçorá (Língua Otomana: ولايت بصره, Vilâyet-i Basra) era uma divisão administrativa de primeiro nível (vilaiete) do Império Otomano. Historicamente, cobria uma área que se estendia de Nassíria e Amara, no norte, até ao Cuaite, no sul.[1] Para o sul e para o oeste, teoricamente, não havia fronteiras, mas nenhuma área além do Catar, no sul, e do Sanjaco de Négede, no oeste, foram posteriormente incluídas no sistema administrativo.[3]
No início do século XX, supostamente tinha uma área de 16 482 milha quadradas (43 000 km2), enquanto os resultados preliminares do primeiro censo otomano de 1885 (publicados em 1908) davam à população 200.000.[2] A precisão dos números da população varia de "aproximada" a "meramente conjectural" dependendo da região da qual eles foram reunidos.[2]
A capital do vilaiete, Baçorá, era um importante centro militar, com uma guarnição permanente de 400 a 500 homens, e era o lar da Marinha Otomana no Golfo Pérsico.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Foi um vilaiete de 1875 a 1880,[1] e novamente depois de 1884, quando foi recriado a partir dos sanjacos do sul do Vilaiete de Bagdá.[4]
Depois de 1884, o vilayet foi brevemente expandido pelo litoral do Golfo para incorporar Négede e Al-Hasa, incluindo Al Hufuf, Catar e Qatif, a incorporação de Négede só durou até 1913 [5] antes do fim do Vilaiete de Baçorá.[6]
Em 1899, o Xeque Mubarak Al-Sabah concluiu um tratado com a Grã-Bretanha, estipulando que a Grã-Bretanha protegeria o Cuaite contra qualquer agressão externa, transformando-o de fato em um protetorado Britânico.[7] Apesar do desejo do governo do Cuaite de ser independente ou sob o domínio britânico, os britânicos concordaram com o Império Otomano em definir o Cuaite como uma unidade administrativa autónoma (Kaza) do Império Otomano. Isso duraria até a Primeira Guerra Mundial.
Baçorá caiu para os britânicos em 22 de Novembro de 1914, e a Força Expedicionária da Mesopotâmia ocupou quase a totalidade do vilaiete em Julho de 1915.[8]
Divisões Administrativas
[editar | editar código-fonte]- Sanjaco de Amara
- Sanjaco de Baçorá
- Sanjaco de Diwanniyya
- Sanjaco de Muntafiq
- Sanjaco de Négede; em 1875,[10] conquistado pelos Sauditas em 1913.[5]
Governantes
[editar | editar código-fonte]Governadores do Vilaiete de Baçorá:[11]
- Mirmiran Masuq Pasha (1850–1852)
- Ismail Pasha (1852–1854)
- Haci Darbaz Agazâde Veysî Pasha (1854–1855)
- Mehmed Bey (1855–1856)
- Vekili Kurbi Bey (1856)
- Rashid Pasha (1856–1857)
- Haci Darbaz Agazâde Veysî Pasha (1857–1858)
- Mehmed Ali Pasha (1858–1859)
- Hüsamettin Efendi (1859–1862)
- Mehmed Sefik Bey (1862–1863)
- Ismail Bey (1863–1864)
- Kethuda zâde Süleyman Bey (1864–1869)
- Vekil Galip Bey (1869–1870)
- Hafiz Paxá (1870)
- Halil Bey (1870–1871)
- Sait Efendi (1871–1873)
- Vekil Bahriye Komutani Ahmed Pasha (1873)
- Halit Bey (1873–1873)
- Eshref Efendi (1874–1875)
- Nasir Pasha (1875–1877)
- Vekili Ferik Mehmed Münir Pasha (1877–1879)
- Ferik Sabit Pasha (1879–1880)
- Mazhar Pasha (1880–1882)
- Yahya Pasha (1882–1884)
- Ali Riza Pasha (1884–1886)
- Izzet Pasha (1886–1888)
- Ferik Shaban Pasha (1888)
- Hidayat Pasha (1888–1891)
- Maomé Hafiz Paxá (1891–1892)
- Bahriye Komutani Emin Pasha (1892)
- Ferik Mahmut Hamdi Pasha (1892–1893)
- Maomé Hafiz Paxá (1893)
- Hamdi Pasha (primeira vez) (1893–1896)
- Arif Pasha (Dezembro de 1896 – Fevereiro de 1898)
- Mehmed Enis Pasha (Março de 1898 – Abril de 1899)
- Hamdi Pasha (2nd time) (Abril de 1899 – Janeiro de 1900)
- Mehmed Muhsin Pasha (Janeiro de 1900 – Setembro de 1902)
- Mustafa Nuri Pasha (Setembro de 1902 – Setembro de 1906)
- Abdurrahman Hasan Bey (Seetembro de 1906 – Agosto de 1908)
- Muharram Efendi (Agosto de 1908 – Fevereiro de 1908)
- Marchdine Mehmed Arif Bey (Fevereiro de 1909 – Setembro de 1909)
- Süleyman Nazif Bey (Setembro de 1909 – Novembro de 1910)
- Kavurzade Huseyin Celal Bey (Dezembro de 1910 – Julho de 1911)
- Bagdali Hasan Riza Pasha (Julho de 1911 – Dezembro de 1912)
- Malik Efendi (Dezembro de 1912 – Fevereiro de 1913)
- Ali Riza Pasha (Fevereiro de 1913 – Março de 1913)
- Alaeddin Bey Altaz (Março de 1913 – Julho de 1913)
- Izzet Pasha (Julho de 1913 – Dezembro de 1913)
- Söylemezoglu Süleyman Sefik Pasha (Dezembro de 1913 – Julho de 1914)
- Subhi Bey (Julho de 1914 – Novembro de 1914)
- Süleyman `Askari Pasha (Novembro de 1914 – 1916)
- Khalil Pasha (1916 – 11 de Março de 1917)
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d Reidar Visser (2005). Basra, the Failed Gulf State: Separatism And Nationalism in Southern Iraq. [S.l.]: LIT Verlag Münster. p. 19. ISBN 978-3-8258-8799-5. Consultado em 7 de Junho de 2018
- ↑ a b c Asia de A. H. Keane, pagina 460
- ↑ Reidar Visser (2005). Basra, the Failed Gulf State: Separatism And Nationalism in Southern Iraq. [S.l.]: LIT Verlag Münster. pp. 18; 179. ISBN 978-3-8258-8799-5. Consultado em 7 de junho de 2018
- ↑ Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Bagdad (vilayet)». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- ↑ a b Madawi al-Rasheed (11 de julho de 2002). A History of Saudi Arabia. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 41–42. ISBN 978-0-521-64412-9. Consultado em 7 de junho de 2018
- ↑ David H. Finnie (1992). Shifting lines in the sand: Cuaite's elusive frontier with Iraq. [S.l.]: I.B.Tauris. p. 7. ISBN 978-1-85043-570-9. Consultado em 7 de junho de 2018
- ↑ Jasim M M Abdulghani (23 de Abril de 2012). Iraq and Iran (RLE Iran A). [S.l.]: CRC Press. p. 108. ISBN 978-1-136-83426-4. Consultado em 7 de Junho de 2018
- ↑ John de Vere Loder Baron Wakehurst (1923). The Truth about Mesopotamia, Palestine & Syria. [S.l.]: G. Allen & Unwin Limited. p. 35. Consultado em 7 de junho de 2018
- ↑ Nakash, Yitzhak. The Shiʻis of Iraq: With a New Introduction by the Author. [S.l.: s.n.] p. 13
- ↑ Worldstatesmen — Saudi Arabia
- ↑ World Statesmen — Iraq
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Chisholm, Chisholm (1911). Basra. Col: Encyclopædia Britannica. 3 11ª ed. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 489. Consultado em 7 de Junho de 2018