Hotel Hilton Rio de Janeiro Copacabana – Wikipédia, a enciclopédia livre
Hilton Copacabana | |
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Antiga fachada do hotel Windsor Atlântica | |
Informações | |
Localização | Av. Atlântica, 1020, Copacabana, Rio de Janeiro |
Inauguração | 1975 (49 anos) |
Proprietário | Hemisfério Sul Investimentos (HSI) |
Quartos | 545 |
Estacionamento | 69 vagas |
www |
O Hotel Hilton Rio de Janeiro Copacabana, comumente denominado Hilton Copacabana e anteriormente Le Méridien Copacabana, é um luxuoso hotel de cinco estrelas da cidade do Rio de Janeiro, inaugurado em 1975. Situado na Av. Atlântica, transversal à Av. Princesa Isabel, no Leme, ficou conhecido pela cascata em fogos de artifício da noite do ano novo em Copacabana.[1][2]
Histórico
[editar | editar código-fonte]O prédio, projetado por Paulo Casé e Luiz Acioli, em forma de um enorme paralelepípedo negro na vertical lembra um monolito. A propriedade de 39 andares ainda é o mais alto edifício de Copacabana e um dos pontos turísticos mais famosos do Rio de Janeiro. Esta altura só foi possível graças a um acordo com o governo do então Estado da Guanabara, que autorizou a construção do prédios acima do gabarito da região, com a condição de que eles fossem sempre mantidos como hotéis.[3] Está situado em uma localização privilegiada, com vista para a Praia de Copacabana e o Oceano Atlântico, com vistas diretas sobre o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor no Corcovado.
Por 21 anos o hotel foi cenário para uma cascata de fogos de artifício realizada durante as comemorações do Réveillon de Copacabana.[4] Após um acidente ocorrido no Réveillon 2001, porém, o Corpo de Bombeiros deixou de autorizar o espetáculo pirotécnico baseando-se na Lei Nº 1.866/91, que proibia que se realizassem queimas de fogos em terraços de edifícios.[5][4][6][7]
Aquisição do imóvel
[editar | editar código-fonte]Em 1996, a Caixa de Previdência do Banco do Brasil (Previ) adquiriu o imóvel da Sisal Rio Hotéis e iniciou o arrendamento mercantil.[3][8] Em 2009, o imóvel foi vendido pela Previ ao grupo Windsor por 170 milhões de reais.[9][10][11]
Em 2017, o empreendimento foi adquirido pelo fundo americano de investimentos imobiliários Blackstone.[2]
Em 2024, o empreendimento foi adquirido pela Hemisfério Sul Investimentos (HSI).[12]
Mudança de bandeira
[editar | editar código-fonte]Méridien/Starman
A rede francesa Le Méridien – originalmente fundada pela Air France para acomodar seus funcionários – operou o hotel de 1996 até o início de 2007.[3][10][13]
Iberostar
[editar | editar código-fonte]Em 2007, o grupo hoteleiro espanhol Iberostar firmou contrato para operar o hotel,[14][15] mas um impasse sobre o custo das obras levou a proprietária do imóvel, a Previ, a suspender o contrato.[10][16] A rede operou o hotel entre janeiro e junho de 2007 – durante os Jogos Pan-Americanos –, quando passou a adotar o nome Iberostar Copacabana.[14][17] Em julho de 2007, o hotel foi fechado para reformas.[2][9][18][19]
Windsor
[editar | editar código-fonte]Em maio de 2009, o edifício foi arrematado por R$170 milhões pelo grupo Windsor.[2][10][11][19][20] No final do ano seguinte, após passar por reformas, foi reinaugurado como Windsor Atlântica,[21] contando com 545 apartamentos, 49 a mais do que o antigo Méridien.[22][23]
Em 30 de dezembro de 2010, o Windsor Atlântica foi inaugurado em cerimônia com a presença do Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes.[carece de fontes]
Hilton
[editar | editar código-fonte]Em março de 2017, o hotel Windsor Atlântica foi comprado pelo fundo de investimentos imobiliários Blackstone com a gestão da Hilton.[2][24][25][26] O Hilton Rio de Janeiro Copacabana começou a operar no dia 2 de maio de 2017.
HSI
[editar | editar código-fonte]Em 2023, o grupo HSI avaliava adquirir o empreendimento,[1][22] o acordo de compra, de cerca de 550 milhões de reais foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em janeiro e confirmado pelo grupo em fevereiro de 2024.[23][27][12] Além do Hilton Copacabana, o HSI também é dono do Hilton São Paulo e de alguns hotéis com bandeira Ibis, no Rio de Janeiro e São Paulo em parceria com a AccorHotels.[12][27][28]
Referências
- ↑ a b «Prédio do Hotel Hilton Copacabana, ex-Meridien, deve ser vendido». Diário do Rio de Janeiro. 27 de dezembro de 2023. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d e «Hotel Windsor Atlantica passará a ser Hilton em maio». O Globo. 21 de março de 2017. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c «Concluída a venda do Meridien – Revista Previ |nº 141| Junho 2009». Portal Previ. Junho de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Bombeiros desaprovam cascata de fogos no Le Meridien». Estadão. 31 de dezembro de 2001. Consultado em 10 de janeiro de 2017
- ↑ «LEI Nº 1866, DE 8 DE OUTUBRO DE 1991». Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 10 de agosto de 1991. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Vítimas de tragédia durante queima de fogos em Copacabana ainda lutam por Justiça». Extra Online. 26 de dezembro de 2008. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ «Réveillon do Rio fica sem tradicional cascata do hotel Le Méridien». Folha de S.Paulo. 13 de dezembro de 2001. Consultado em 10 de fevereiro de 2024 – via Reuters
- ↑ «Processo: 01352004420085010034 – RO». Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT1). 18 de janeiro de 2011. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Previ vende Le Méridien por R$ 170 milhões». Extra Online. 29 de maio de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c d «PREVI vende edifício onde funcionou o Meridien». Portal Previ. 29 de maio de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Grupo Windsor será o novo dono do Hotel Méridien, no Rio». O Globo. 25 de maio de 2009. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c «EXCLUSIVO: HSI compra Hilton Copacabana por R$ 550 milhões». Brazil Journal. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Novo sotaque na hotelaria carioca – Revista Previ | nº121 | Janeiro 2007». Portal Previ. Janeiro de 2006. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Hotel Le Méridien, no rio, mudará de nome sob comando espanhol». G1. 11 de janeiro de 2007. Consultado em 3 de abril de 2009
- ↑ «Iberostar assume o hotel Le Méridien e troca o nome». G1. 11 de janeiro de 2007. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Previ terá que pagar R$ 2,5 milhões por desfazer arrendamento do Méridien». O Globo. 3 de novembro de 2008. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Espanhóis assumem e mudam nome do Le Méridien em Copacabana». Folha de S.Paulo. 11 de janeiro de 2007. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Previ diz que prédio do Le Meridién, no Rio, deverá permanecer hotel». G1. 11 de março de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Windsor fecha compra do Meridien, no Rio». Estadão. 29 de maio de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Former Le Meridien Copacabana hotel sold for...». The Caterer (em inglês). 30 de julho de 2009. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Depois de reforma que se estendeu por dois anos, prédio do antigo Méridien renasce como ...». O Globo. 8 de janeiro de 2011. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «HSI estuda compra do Hotel Hilton Copacabana». InfoMoney. 26 de dezembro de 2023. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «Hilton de Copacabana troca de mãos em transação de mais de meio bilhão de reais». O Globo. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Hilton será nova bandeira do antigo Le Meridien, confirma Blackstone». Valor Econômico. 20 de março de 2017. Consultado em 10 de fevereiro de 2024
- ↑ «Hilton assume gestão do antigo Windsor Atlantica em Copacabana». O Globo. 3 de maio de 2017. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «Hotel Windsor Atlântica passa a ser administrado pela rede Hilton | Radar». VEJA. 12 de março de 2017. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ a b «HSI confirma compra do Hilton Copacabana, em deal fechado em dezembro». InfoMoney. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de fevereiro de 2024
- ↑ «HSI muda sua estratégia para hotéis». Valor Econômico. 27 de fevereiro de 2018. Consultado em 9 de fevereiro de 2024