Yumi Ishikawa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Yumi Ishikawa | |
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Nascimento | 01 de janeiro de 1987 (37 anos) Gifu Japão |
Nacionalidade | Japonesa |
Ocupação | Escritora |
Yumi Ishikawa (Gifu, 1 de janeiro de 1987) é uma escritora e atriz japonesa. Também é ativista feminista, que iniciou o movimento #KuToo (um jogo de palavras entre kutsuː sapatos; kutsuuː sofrimento) nas redes sociais, onde criou uma petição online, pedindo ao Governo Japonês que abolisse as normas empresariais de vestimenta feminina que obrigam as funcionárias a usarem sapatos de salto alto em seus locais de trabalho, que lhe causam dores e problemas físicos. Foi classificada como uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo, pela BBC 100 Women, no ano de 2019.[1][2][3][4][5]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Ishikawa nasceu em 1 de janeiro de 1987, na província de Gifu, no Japão. Estudou artes cênicas no ensino médio. Aos 18 anos, se mudou para Tóquio e trabalhou como atriz até o final do ano de 2017, quando através do movimento #MeToo percebeu que estava sofrendo assédio sexual em seu local de trabalho. Passou a trabalhar como recepcionista de uma funerária, onde, em um momento de muitas dores nos pés devido a ficar horas em pé usando salto alto, percebeu que os sapatos dos funcionários homens eram confortáveis. O uso do salto alto era uma norma de vestimenta feminina da empresa. Indignada com desigualdade de gênero, criou o movimento #KuToo (um jogo de palavras entre kutsuː sapatos; kutsuuː sofrimento) no Twitter. Através deste movimento, recebeu comentários de outras mulheres manifestando passar pelos mesmos problemas.[3][4][5][6][7]
No Japão, é considerado aceitável que empresas obriguem suas funcionárias a usarem saltos altos como norma de vestimenta feminina. Ishikawa através de experiência pessoal e de muitas outras mulheres que sofrem dores físicas por usarem saltos altos por muitas horas em pé, em 2019 criou uma petição, apresentada ao Governo Japonês, pedindo para que abolissem o mandato do salto alto nas empresas. Neste período, sua petição possuía 18.856 assinaturas. Ao receber a petição, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar não acatou o pedido. Ishikawa não desistiu e continuou seu ativismo contra a desigualdade de gênero. Escreveu o livro, o #KuToo: Serious Feminism Starting from the Shoes (#KuToo: Feminismo sério começando pelos sapatos), que aborda o sexismo sofrido pelas mulheres japonesas em seus locais de trabalho. Por seu posicionamento, Ishikawa é atacada constantemente nas redes sociais, mas conseguiu que empresas como o Banco Sumitomo Mitsui, a Japan Airlines e a NTT DoCoMo Inc revisassem suas normas de vestimenta referente a obrigação do saltos alto.[1][3][6][8][9][10]
Livros
[editar | editar código-fonte]- 2019 - #KuToo: Serious Feminism Starting from the Shoes.[4]
- 2020 - Etcetera Vol.4ː Women's Movement and Backlash (atuaou como editora).[4]
- 2021 - I Don't Read the Air Anymore.[3]
Filmes
[editar | editar código-fonte]- 2014 - The Woman's Hole.[3]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Marmenlind, Amelie (10 de janeiro de 2020). «Head Over Heelsː #KuToo and the Power of the Uniform». Metropolis Japan (em inglês). Consultado em 11 de maio de 2023
- ↑ «BBC 100 Women 2019: Who is on the list this year?». BBC News (em inglês). 15 de outubro de 2019. Consultado em 11 de maio de 2023
- ↑ a b c d e Miura, Yue (30 de janeiro de 2022). «フェミニズムを知って幸せになった石川優実が考える「早く知っておきたかった」社会のこと». Wezzy|ウェジー (em japonês). Consultado em 11 de maio de 2023
- ↑ a b c d 贄川 雪 (11 de novembro de 2021). «"私の日常生活とフェミニズムをつなげながら伝えられるものを書きたかった"──#KuToo開始から2年、石川優実が新刊『もう空気なんて読まない』を語る». GQ JAPAN (em japonês). Consultado em 11 de maio de 2023
- ↑ a b «石川優実 Yumi Ishikawa». 石川優実 Yumi Ishikawa Official Site (em japonês). Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ a b Nishizawa, Amelie Marie. (2 de agosto de 2019). Interviewing #KuToo Founder Yumi Ishikawa. Savvy Tokio (em inglês).
- ↑ Inagaki, Kana (5 de dezembro de 2019). «'I was unashamed': Yumi Ishikawa on fighting sexism in Japan». Financial Times. Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ Foster, Malcolm; Lies, Elaine (4 de junho de 2019). «#KuToo no more! Japanese women take stand against high heels». Reuters (em inglês). Consultado em 16 de maio de 2023
- ↑ O'Neill, Michael. «Recent resignation of Tokyo 2020 Olympics chief over sexist comments parallel the 2019 #KuToo movement in Japan, highlighting the country's continued struggle with gender equality». Business Insider (em inglês). Consultado em 17 de maio de 2023
- ↑ Inagaki, Kana (5 de dezembro de 2019). «'I was unashamed': Yumi Ishikawa on fighting sexism in Japan». Financial Times. Consultado em 17 de maio de 2023