Grupo de afinidade – Wikipédia, a enciclopédia livre

O grupo de afinidade antiguerra Collateral Damage ("Dano colateral"). Os sete foram condenados em 4 de Dezembro de 2002 após ocuparem o gabinete do Senador Allard, em protesto contra a iminente guerra no Iraque.[1]

Um grupo de afinidade é um grupo formado em torno de um interesse comum ou de um objetivo comum, podendo a adesão dos indivíduos ser formal ou informal. Geralmente os grupos de afinidade são impedidos de se colocar sob a égide de qualquer entidade governamental, e as suas finalidades devem ser essencialmente não comerciais. Exemplos de grupos de afinidade incluem clubes sociais privados, confrarias, círculos literários e os grupos envolvidos no ativismo político.

Um grupo (ou coletivo) de afinidade política é um pequeno grupo de ativistas (usualmente de 3 a 20) que trabalham juntos na ação direta, com vistas a determinado fim.[2] É um grupo não hierárquico, usualmente formado por amigos de confiança e outras pessoas de pensamento similar. Proporcionam um método de organização responsável, flexível e descentralizado.

Grupos de afinidade política

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Os grupos de afinidade política datam do século XIX e foram uma criação dos anarquistas espanhóis da década de 1930 (grupos de afinidad). Eram baseados nas tertúlias ou grupos locais [3] e constituíram a base da Federação Anarquista Ibérica (FAI), que congregava os militantes mais idealistas da Confederación Nacional del Trabajo (C.N.T.), a imensa organização anarcosindicalista). O modelo, entretanto, tem certas características que podem ser aplicadas a qualquer situação social. Foi adotado, por exemplo, pelos radicais americanos, que chamaram as organizações resultantes de "coletivos", "comunas" ou "famílias".[4]

Os grupos de afinidade politicamente orientados ganharam notoriedade entre os anos 1960 e 1970, com o movimento contra a guerra do Vietnam. A expressão grupo de afinidade era usada pelo pintor e agitador anarquista Ben Morea e pelo grupo Black Mask.Mais tarde, pacifistas nos campi universitários passaram a se organizar em torno dos seus interesses e antecedentes (religiosos, gênero, grupo étnico, etc.) Tornaram-se populares nos anos 1970 durante o movimento antinuclear, nos Estados Unidos e na Europa.

Em geral, os grupos de afinidade se baseiam no anarquismo. No entanto existem grupos deste tipo que não são necessariamente anarquistas e se organizam por assunto (e.g. antinuclear) ou atividade, papel ou habilidade em comum (e.g. artistas de rua). Os grupos de afinidade podem ter participação aberta ou fechada, ainda que o segundo tipo seja muito mais comum. Trata-se de um pequeno grupo, como um clube com iniciativas ativistas.

Um conjunto de grupos de afinidade é geralmente chamado de rizoma de afinidade.

Notas e referências



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