Apeadeiro de São Francisco – Wikipédia, a enciclopédia livre
São Francisco | |||
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o apeadeiro de São Francisco, na década de 1930 | |||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (sul)[1] | ||
Linha(s): | Linha do Algarve (PK 341+130) | ||
Altitude: | 3 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 37°0′40.13″N × 7°55′55.28″W (=+37.01115;−7.93202) | ||
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Município: | Faro | ||
Serviços: | sem serviços | ||
Inauguração: | [quando?] | ||
Encerramento: | 1990 (há 33 anos) |
O apeadeiro de São Francisco foi uma interface da Linha do Algarve, que servia a zona de São Francisco, na cidade de Faro, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]O local deste interface situa-se na Horta da Areia, no sudeste da cidade de Faro, junto ao largo do mesmo nome e contíguo à Rua Engenheiro Joaquim Lopes Belchior — a curta distância do centro histórico (Afonso III).[2]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]A plataforma situava-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Vila Real de Santo António).[3]
História
[editar | editar código-fonte]Este apeadeiro situava-se no lanço da Linha do Algarve entre Faro e Olhão, que foi aberto à exploração em 1 de Maio de 1904 pela divisão do Sul e Sueste dos Caminhos de Ferro do Estado, sendo nessa altura considerado parte do Caminho de Ferro do Sul.[4]
Em 1905, foi pedida a concessão para a construção de uma ligação ferroviária ligeira assente na estrada, a tração animal, elétrica, ou a vapor, ligando este apeadeiro à estação de Loulé, passando por Conceição, Estoi, São Brás de Alportel, São Romão, e Loulé,[5] num total de cerca de quarenta quilómetros. Este ferrovia ligeira não chegou a ser construída.[carece de fontes]
Em Maio de 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial de Caminhos de Ferro estava a apreciar dois concursos para a expansão deste apeadeiro, um para ampliação da plataforma, e outro para construção de um abrigo de passageiros[6] em betão armado.[7] Esta intervenção foi feita no âmbito de um programa da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para melhorar as suas gares ferroviárias, após ter começado a explorar as antigas linhas dos Caminhos de Ferro do Estado.[7] Em Junho desse ano, o Ministro das Obras Públicas aprovou a adjudicação destas obras a Eduardo Martins Seromenho, pelo valor de 29.500$00.[8] O jornal Correio Algarvio de 1 de Novembro desse ano noticiou que a C. P. tinha ordenado a construção de um edifício destinado a passageiros «no local onde existiu o apeadeiro de S. Francisco», construído em ferro e cimento armado, e descreve-o como um plano «vasto», «devendo a plataforma, e respectiva cobertura, abranger o comprimento de um comboio de formação vulgar, o que garante abrigo e comodidade ao público». Acrescentou igualmente que os trabalhos de construção iam muito adiantados.[9] Em Abril de 1935, já tinham sido concluídas as obras no apeadeiro.[7]
Em 6 de Abril de 1950, o jornal Correio do Sul noticiou que a operadora Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses estava a planear a instalação de dois apeadeiros na periferia de Faro, um na Porta Nova e outro em Bom João, ambos servindo os mesmos locais do que o apeadeiro de São Francisco mas em melhores condições, motivo pelo qual especulou que esta interface viria a ser encerrada.[10]
Em 1990 o apeadeiro deixou de ser utilizado, tendo sido posteriormente abandonado. Durante as obras de requalificação e reurbanização da zona da Alameda e do Largo de São Francisco, este apeadeiro acabou por ser demolido em 1993, apresentando-se nessa altura em mau estado de conservação.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ «Cálculo de distância pedonal (37,01115; −7,93205 → 37,01302; −7,93429)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 13 de setembro de 2023: 357 m: desnível acumulado de +9−1 m
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). Lisboa: Gazeta dos Caminhos de Ferro. p. 76-78. Consultado em 7 de Fevereiro de 2014 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 18 (416). 16 de Abril de 1905. p. 123. Consultado em 25 de Agosto de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Direcção Geral de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1090). 16 de Maio de 1933. p. 320. Consultado em 25 de Agosto de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ a b c «Caminhos de Ferro Nacionais» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1136). 16 de Abril de 1935. p. 172. Consultado em 10 de Maio de 2016
- ↑ «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1093). 1 de Julho de 1933. p. 402. Consultado em 25 de Agosto de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ «Melhoramento importante» (PDF). Correio Algarvio. 1 (6). 1 de Novembro de 1933. p. 1. Consultado em 2 de Novembro de 2023 – via Hemeroteca Digital do Algarve
- ↑ «Em Bom João e Porta Nova construir-se-ão apeadeiros?» (PDF). Correio do Sul. Ano XXXI (1691). Faro. 6 de Abril de 1950. p. 4. Consultado em 12 de Maio de 2024 – via Hemeroteca Digital do Algarve