Bota de Ouro da UEFA – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Bota de Ouro Europeia | |
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Descrição | prêmio atribuído ao maior artilheiro de uma temporada do futebol europeu |
Primeira cerimónia | 1968 |
Última cerimónia | 2024 |
Detentor atual | Harry Kane[1] |
Apresentação | European Sports Media |
Maior número de prémios | Lionel Messi (6) |
A Bota de Ouro Europeia, também conhecida como Chuteira de Ouro europeia,[2] é um prêmio atribuído pela European Sports Media para coroar o artilheiro dos campeonatos dos países-membros da UEFA. O título começou por ser atribuído a partir da temporada 1967–68 pela revista francesa L'Équipe.
Na temporada 1986–87, a Bota de Ouro seria entregue ao austríaco Toni Polster, de 20 anos, após ter sido o artilheiro do campeonato austríaco, com 39 gols. O premiado daquela temporada (1986–87), o romeno Rodion Cămătaru, terminou artilheiro em seu país com 44 gols, mas tendo marcado 20 tentos nas últimas 6 partidas, o que provocou fortes suspeitas de manipulação para favorecê-lo.
Entre 1990 e 1996, não foi atribuído o troféu, embora sejam reconhecidos vencedores oficiosos. A causa foi um protesto da Associação de Futebol do Chipre pela entrega do prêmio ao macedônio Darko Pančev, artilheiro do campeonato iugoslavo pelo Estrela Vermelha, com 34 gols. Os cipriotas alegaram que um outro jogador teria marcado 40 gols no campeonato local naquela temporada (1990–91), embora os dois artilheiros daquela edição da Liga do Chipre tenham marcado, oficialmente, apenas 19 gols. Pančev só receberia oficialmente a premiação em 2006.
A premiação voltou oficialmente na temporada 1996–97, agora pela European Sports Magazines. Para evitar confusão semelhante com a que envolveu Pančev, introduziu-se a partir de então um coeficiente de multiplicação que tem como objetivo valorizar os gols marcados nos campeonatos considerados mais competitivos. Assim, entre o 1º e o 8º campeonatos da classificação da UEFA, os gols passaram a valer dois pontos; entre o 9º e 21º passaram a valer 1,5; enquanto nos restantes permaneceram com o valor unitário. Após a temporada 2000–01, os gols só valiam dois pontos nos primeiros cinco campeonatos da classificação da UEFA, 1,5 pontos nas ligas classificadas entre a 6ª e a 22ª posição e um ponto nas restantes .[3]
Desde 1996-97 que o prémio deixou de ser atribuído ao melhor marcador absoluto do continente, com a adoção dos coeficientes, apenas duas vezes o premiado realmente terminou a temporada como artilheiro absoluto do continente: o brasileiro Jardel, em 1999, e o sueco Henrik Larsson, em 2001. Os maiores "prejudicados" foram os galeses: desde a interrupção da premiação da forma que era, em 1990, quatro já terminaram a temporada como maiores goleadores europeus e não puderam receber a premiação: David Taylor, Tony Bird, Marc Lloyd e Rhys Griffiths; todos foram artilheiros da inexpressiva Liga Galesa.
Curiosamente, Jardel já experimentou também as sensações de ser novamente o artilheiro absoluto e perder o prêmio (em 2000, para o inglês Kevin Phillips) e a de receber a premiação sem ter sido o maior artilheiro (em 2002, sobre Lloyd). Em 2007, dois brasileiros dividiram a artilharia absoluta do continente, Afonso Alves e o naturalizado croata Eduardo da Silva, mas o prêmio ficou com o italiano Francesco Totti.[4]
Vencedores
[editar | editar código-fonte]Por jogador
[editar | editar código-fonte]*Artilharia dividida
Por país
[editar | editar código-fonte]País | Anos | Temporadas | Jogadores |
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Portugal | 8 | 2007–08, 2010–11, 2013–14*, 2014–15 | Cristiano Ronaldo |
1967–1968, 1972–1973 | Eusébio | ||
1982–1983, 1984–1985 | Fernando Gomes | ||
Argentina | 7 | 2009–10, 2011–12, 2012–13, 2016–17, 2017–18, 2018–19 | Lionel Messi |
1973–74 | Héctor Yazalde | ||
Uruguai | 4 | 2004–05*, 2008–09 | Diego Forlán |
2013–14*, 2015–16 | Luis Suárez | ||
Países Baixos | 1978–79 | Kees Kist | |
1981–82 | Wim Kieft | ||
1985–86 | Marco Van Basten | ||
2002–03 | Roy Makaay | ||
Brasil | 3 | 1998–99, 2001–02 | Jardel |
1996–97 | Ronaldo | ||
Roménia | 1974–75, 1976–77 | Dudu Georgescu | |
1988–89 | Dorin Mateuţ | ||
Bulgária | 1968–69 | Petar Zhekov | |
1980–81 | Georgi Slavkov | ||
1989–90* | Hristo Stoichkov | ||
Itália | 2005–06 | Luca Toni | |
2006–07 | Francesco Totti | ||
2019–20 | Ciro Immobile | ||
Alemanha | 2 | 1969–70, 1971–72 | Gerd Müller |
Áustria | 1977–78 | Hans Krankl | |
1986–87 | Toni Polster | ||
Escócia | 1991–92, 1992–93 | Ally McCoist | |
País de Gales | 1983–84 | Ian Rush | |
1993–94 | David Taylor | ||
Inglaterra | 1999-00 | Kevin Phillips | |
2023-24 | Harry Kane | ||
Iugoslávia | 1970–71 | Josip Skoblar | |
1990–91 | Darko Pančev | ||
França | 2003–04, 2004–05* | Thierry Henry | |
Polónia | 2020–21, 2021–22 | Robert Lewandowski | |
Chipre | 1 | 1975–76 | Sotiris Kaiafas |
Bélgica | 1979–80 | Erwin Vandenbergh | |
Turquia | 1987–88 | Tanju Çolak | |
México | 1989–90* | Hugo Sánchez | |
Armênia | 1994–95 | Arsen Avetisyan | |
Geórgia | 1995–96 | Zviad Endeladze | |
Grécia | 1997–98 | Nikos Machlas | |
Suécia | 2000–01 | Henrik Larsson | |
Noruega | 2022–23 | Erling Haaland |
*Artilharia dividida
Por clube
[editar | editar código-fonte]*Artilharia dividida
Por ligas
[editar | editar código-fonte]Liga | Anos |
---|---|
La Liga | 15 |
Primeira Liga | 7 |
Premier League | 7 |
Bundesliga | 5 |
Eredivisie | 4 |
Serie A | 3 |
Liga I | 3 |
Liga Búlgara | 3 |
Premiership | 3 |
Bundesliga | 2 |
Ligue 1 | 1 |
Süper Lig | 1 |
Liga Marfin Laiki | 1 |
Umaglesi Liga | 1 |
Jupiler Pro League | 1 |
Premier League | 1 |
Premier League | 1 |
Primeira Liga | 1 |
Referências
- ↑ https://www.ojogo.pt/4473483608/bota-de-ouro-ao-servico-do-bayern-nao-evita-maldicao-de-harry-kane/
- ↑ «Chuteira de Ouro: os principais artilheiros das ligas europeias». Goal. 1 de agosto de 2020. Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ UEFA.com (5 de fevereiro de 2002). «Golden Shoe: Jardel leads the way | Inside UEFA». UEFA.com (em inglês). Consultado em 23 de junho de 2021
- ↑ «Totti conquista bota de ouro europeia». Maisfutebol. 18 de junho de 2007. Consultado em 8 de junho de 2023