Brenda Lee (cantora) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Brenda Lee
Brenda Lee (cantora)
Lee em 1977
Informação geral
Também conhecido(a) como Little Miss Dynamite
Nascimento 11 de dezembro de 1944 (79 anos)
Local de nascimento Atlanta, Geórgia
 Estados Unidos
Gênero(s)
Cônjuge Ronnie Shacklett ​(c. 1963)
Filho(a)(s) 2
Período em atividade 1951–presente
Outras ocupações Cantora
Gravadora(s)
Afiliação(ões)
Página oficial Brenda Lee.com

Brenda Mae Tarpley (Atlanta, 11 de dezembro de 1944), mais conhecida por Brenda Lee, é uma cantora norte-americana de rockabilly, pop e country. Obteve trinta e sete canções de sucessos durante a década de 1960 nos Estados Unidos, um número superado apenas por Elvis Presley, Beatles, Ray Charles e Connie Francis.[1] A artista é mais conhecida por seus hits 'I'm Sorry" e "Rockin' Around the Christmas Tree", a última que se tornou uma canção tradicional de Natal.[2] Foi uma das primeiras cantoras do pop a ter uma importante carreira contemporânea internacional.

A popularidade de Lee diminuiu no final dos anos sessenta, a sua voz amadureceu, porém ela continuou fazendo uma carreira musical consistente, retornando às suas raízes como uma cantora de música country com uma sequência de sucessos nas décadas de 1970 e 1980. Ela é membro dos Halls da Fama do Rock and Roll, da Música Country e do Rockabilly, e atualmente vive em Nashville, Tennessee.

Nascimento e juventude

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Brenda Lee nasceu em 11 de dezembro de 1944, na enfermaria de caridade Grady Memorial Hospital em Atlanta, na Geórgia. Ela frequentou colégios de ensino primário, onde seu pai trabalhou, principalmente, na rota entre Atlanta e Augusta. Sua família era pobre e vivia precariamente numa casa de 3 cômodos, sem água corrente, onde Lee dividia a mesma cama com seus dois irmãos. Sua vida resumia-se em ver seus pais a procura de emprego, em sua família e na Igreja Batista, onde cantava solo a cada domingo.[nota 1]

O pai de Lee, Ruben Tarpley, era filho de um fazendeiro que possuía uma área de terras férteis, na Geórgia. Sua mãe, Grayce Yarbrough Tarpley, era da mesma origem humilde de classe operária do Condado de Greene. Lee era uma prodígio musical. Embora sua família não tivesse água encanada até depois da morte de seu pai, possuía um rádio a pilhas, que a fascinou. Na época, embora tivesse apenas dois anos de idade, ela conseguia assoviar as melodias das canções que ouvia no rádio.[3] Tanto a sua mãe como uma de suas irmãs a levaram várias vezes a uma loja de doces local, onde Lee, assentada sobre um balcão, ganhava doces e moedas para cantar.

Aos seis anos, ela ganhou um concurso de canto patrocinado por um estabelecimento de ensino fundamental local. A recompensa foi uma aparição ao vivo em um programa de rádio de Atlanta, Starmakers Revue, onde ela voltou a se apresentar no ano seguinte.

Seu pai morreu em 1953, e, já aos 10 anos, ela tornou-se a principal fonte de sustento de sua família por cantar em programas radiofônicos locais e apresentações em televisão. Em 1955, sua mãe se casou com Jay Rainwater. Rainwater levou a família para Cincinnati, em Ohio, onde trabalhou na Skinner Jimmy Music Center. A família logo retornou à Geórgia, no entanto, desta vez para a cidade de Augusta, e Lee apareceu em um apresentação especial na WJAT-AM em Swainsboro. O produtor do show, Sammy Barton, "rebatizou-a" como Brenda Lee, pois acreditava que o sobrenome Tarpley era difícil de relembrar.

1955–1957: Exposição nacional e estrelato

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Seu grande sucesso no show business veio em fevereiro de 1955, quando ela ganhou 30 dólares para aparecer em uma estação de rádio em Swainsboro para ver Red Foley e uma pequena turnê promocional de seu programa televisivo Ozark Jubilee, em Augusta. O DJ Foley foi convencido a ouvi-la cantar antes do show. Foley ficou tão surpreso que imediatamente concordou em deixá-la cantar "Jambalaya". A canção foi ensaiada e, mais tarde, apresentada. Ao término, Foley declarou:

Em 30 de julho de 1956, a gravadora Decca lhe ofereceu um contrato, e seu primeiro compacto apresentando as canções "Jambayala" e "Bigelow 6-200". O segundo single de Lee apresentou duas músicas de Natal: "I'm Gonna Lasso Santa Claus" e "Christy Christmas". Seu primeiro sucesso, no entanto, aconteceu com a canção "One Step at a Time" em 1957, que se tornou um hit em ambos os campos, pop e country. Seu hit seguinte, "Dynamite", a levou a ser apelidada de Little Miss Dynamite.

1958–1965: Maiores sucessos

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Lee em 1965.

Lee conseguiu seu maior sucesso nas paradas pop no final da década de 1950, até meados da década de 1960 com canções de rockabilly e rock and roll. Seus maiores sucessos incluem "Jambalaya", "Sweet Nothin's", "I Wanna Be Wanted", "All Alone Am I" e "Fool #1". Em 1960, gravou sua canção-assinatura "I'm Sorry", que foi número 1 nas paradas de sucesso. Foi seu primeiro disco de ouro individual e foi indicada para um Grammy.

Seu último compacto entre os dez maiores das paradas pop, em 1963, foi "Losing You", enquanto ela continuava a ter outras canções entre as primeiras, como "Is It True?" (1964) e "Coming On Strong" (1966). Esta última com Jimmy Page na guitarra, foi seu único hit single gravado em Londres, e foi produzido por Mickie Most. Brenda Lee desfruta de uma distinção única entre os cantores norte-americanos, seu ato de abertura de uma turnê em 1960, no Reino Unido, foi feito pelo então grupo de Liverpool pouco conhecido The Beatles.[4][5]

Décadas de setenta e oitenta

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Divulgação do single "Wrong Ideas", do álbum New Sunrise (1973).

Durante a década de 1970, Lee restabeleceu-se como uma artista e ganhou uma série de hits nas paradas de dez países. O primeiro foi em 1973, "Nobody Wins", que alcançou o top cinco e se tornou o seu último hit pop Top 100, chegando ao número 70. O seguinte, uma composição de Mark James, "Sunday Sunrise", chegou ao número 6 na Billboard Hot Country Singles em outubro. Outros grandes sucessos foram "Big Four Poster Bed" (1974), "Rock On Baby" (1975) e "He's My Rock" (1975).

Após alguns anos de sucessos menores, Lee começou outra corrida no top dez em 1979 com "Tell Me What It's Like". Duas canções também chegaram ao Top 10 em 1980: "The Cowgirl and the Dandy" e "Broken Trust". O álbum de 1982, The Winning Hand, em parceria com Dolly Parton, Kris Kristofferson e Willie Nelson, foi uma surpresa positiva, alcançando o top dez na parada norte-americana.

Últimos anos

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Ao longo dos anos que se seguiram, Lee continuou a gravar e excursar por todo o mundo. Em 1992, ela gravou um dueto, "You'll Never Know", com Willy DeVille em seu álbum Loup Garou.

Em 4 de outubro de 2000, Lee induziu Charley Pride ao Hall da Fama da Música Country. Sua autobiografia, Brenda Lee: Little Miss Dynamite, foi publicado pela Hyperion em 2002.

Embora as canções de Brenda Lee serem muitas vezes centralizada sobre amores perdidos, seu casamento com Ronnie Shacklett em 1963 durou. Ele era capaz de lidar com a indústria da música notoriamente voraz e é responsável por garantir o seu sucesso financeiro a longo prazo. Eles têm duas filhas, Jolie e Julie, e três netos, Taylor, Jordânia e Charley.

Lee chegou à votação final à indução para a Hall da Fama do Rock and Roll em 1990 e 2001, sem ser induzida, mas foi eleita à honraria em 2002.

Comemorando o cinquentenário como um artista de gravação em setembro de 2006, ela foi a segunda vencedora do Jo Walker-Meador Lifetime Achievement Award. Em 2007, foi introduzida ao Hall da Fama da Música Country e é membro do Hall da Fama do Rockabilly.

Em 2008, sua gravação de "Rockin' Around the Christmas Tree" marcou cinquenta anos, e em fevereiro de 2009, a Academia da Gravação deu o prêmio Grammy de Contribuição em Vida à Brenda Lee.

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Chuck Berry escreveu uma canção sobre Lee no álbum St. Louis to Liverpool. Ela também foi imortalizada na canção de 1973 "Radar Love" da banda Golden Earring. Ela também foi lembrada como uma heroína para Burton Cummings em 1970 com a canção "Dream of a Child".

"Rockin' Around The Christmas Tree" fez parte do filme Home Alone, de 1990. "I'm Sorry" pôde ser ouvida nos filmes The King Fisher (1991) e This Boy's Life (1993).

A cantora Kelly Clarkson apareceu como Lee em dois episódios da série American Dreams.

Sua cover de 1963 de "Fly Me to the Moon" é usada nos créditos finais do jogo Bayonetta.

No Brasil, a canção "Weep No More My Baby" ficou conhecida por ser usada pelo programa de TV brasileiro Pânico na TV.

Álbuns de estúdio

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Lançados pela Decca Records

  • Grandma, What Great Songs You Sang! (1959)
  • Brenda Lee (1960)
  • This Is Brenda (1960)
  • Emotions (1961)
  • Lover, Come Back To Me (1961)
  • All The Way (1961)
  • Sincerely, Brenda Lee (1962)
  • Brenda-That's All (1962)
  • Everybody Loves Me But You (1962)
  • All Alone Am I (1963)
  • Fly Me To The Moon (1963)
  • Let Me Sing (1963)
  • By Request (1964)
  • Merry Christmas From Brenda Lee (1964)
  • Thanks A Lot (1965)
  • The Versatile Brenda Lee (1965)
  • Too Many Rivers (1965)
  • Bye Bye Blues (1966)
  • Coming On Strong (1966)
  • Reflections In Blue (1967)
  • For The First Time (1968)
  • Johnny One Time (1969)
  • Memphis Portrait (1970)

Lançados pela MCA Records

  • A Whole Lotta (1972)
  • Brenda (1973)
  • New Sunrise (1973)
  • Memphis Portrait (1974)

Referências

  1. «Biografia de Brenda Lee» 
  2. Fragoso, Tiago (6 de dezembro de 2023). «BRENDA LEE NO TOP 1 PASSADO 65 ANOS!». Mega Hits. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  3. Memória oral de Grayce contada em Little Miss Dynamite.
  4. Argyrakis, Andy (5 de julho de 2007). «Reluctant Legend». Christianity Today. Consultado em 2 de abril de 2008. I also have a poster of The Beatles signed by each one of them because they used to open for me in England before they were a success. 
  5. Wooding, Dan. «'Little Miss Dynamite' returns to her Gospel roots with a little help from some of her best friends». Good News Daily. Consultado em 2 de abril de 2008. While in England, I had met this group of young men and they toured with me throughout Germany and parts of England. They were then called The Silver Beatles and they later became known as The Beatles. 

Ligações externas

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