Ein Soe May – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ein Soe May
Nascimento Myanmar
Cidadania Myanmar
Ocupação ativista
Distinções

Ein Soe May (nascida em Myanmar) é o pseudônimo de uma ativista pela democracia em Myanmar.[1] Foi uma estudante envolvida em várias campanhas. Desde o golpe de estado em Myanmar, em 2021, fez parte dos protestos contra as forças armadas.[1] Cenário no qual as mulheres desempenharam um papel proeminente no movimento de resistência.[2]

Golde de estado

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As táticas de desaparecimento, sequestro de reféns e tortura usadas pelos militares em Myanmar se generalizou após o golpe de estado de 2021. Até 8 de dezembro de 2021, o saldo era de 1.318 civis mortos pela repressão militar ao movimento pró-democracia, segundo a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos (AAPP). Das 93 mulheres mortas, ao menos 8 morreram sob custódia dos militares, sendo que quatro delas foram torturadas até a morte durante interrogatório. Ao todo mais de 10 mil pessoas foram presas, sendo mais de 2.000 mulheres.[2]

Dentre as pessoas detidas pela junta militar de Myanmar estava Ein Soe May, que ficou dez dias num centro de interrogação militar, onde, segundo ela, foi agredida sexualmente e torturada.[3][4][5][6][7] Segundo ela, para cada resposta que não gostaram, os captores bateram nela com uma vara de bambu. Outras cinco mulheres relataram circunstâncias similares.[4][5][7][8][9][10][11] Depois Ein Soe May passou seis meses na Prisão de Insein. Foi liberada numa campanha de anistia realizada em outubro de 2021, que afetou 5.000 prisioneiros.[3] Ao sair, Ein Soe May retomou as atividades ativistas.[1]

Reconhecimento

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Em 2021, a BBC considerou-a uma das 100 mulheres mais inspiradoras do munfo.[1][12][13][14][15][16]

Referências

  1. a b c d «Quiénes son las 100 Mujeres elegidas por la BBC para 2021». BBC News Mundo (em espanhol). 7 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  2. a b «Myanmar coup: The women abused and tortured in detention». BBC News (em inglês). 9 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  3. a b «"¿Sabes lo que les hacemos a las mujeres que acaban aquí? Las violamos y las matamos": las denuncias de brutalidad en Myanmar tras el golpe de Estado» (em espanhol). 14 de dezembro de 2021. Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  4. a b «Myanmar coup: The women abused and tortured in detention». BBC News (em inglês). 9 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  5. a b Wilson, George. «"Do you know what we do to women who end up here? We rape and kill them ": Allegations of brutality in Myanmar after the coup - 24 News Recorder». https://24newsrecorder.com (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  6. «Myanmar: No safe country for women». NEWS TRAIL (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  7. a b «Myanmar'da kadınlar: Gözaltında işkence ve cinsel saldırıya maruz kaldık - Gazete Karınca» (em turco). 10 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  8. Yazar1 (3 de janeiro de 2022). «Myanmarlı kadınlar anlatıyor Gözaltında işkence gördük, cinsel tacize uğradık -» (em turco). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  9. postaja, Spletna. «Redovnica iz Mjanmarja med »100 najvplivnejšimi ženskami leta 2021« | Družina – vsak dan s teboj». Redovnica iz Mjanmarja med »100 najvplivnejšimi ženskami leta 2021« | Družina – vsak dan s teboj (em esloveno). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  10. Servisi, Dış Haberler (9 de dezembro de 2021). «Myanmar'da şiddet bitmiyor: Darbe karşıtı protestolarda işkence, taciz ve tecavüz». Medyascope (em turco). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  11. «Los dramáticos relatos de mujeres de Myanmar - LLANERO DIGITAL» (em espanhol). 16 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  12. Reporters, Staff (8 de dezembro de 2021). «Fiamē on BBC's 100 Influential Women Leaders 2021 List». Talamua Online News (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  13. «Myanmars mutige Ordensfrau». www.kirchenzeitung.at (em alemão). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  14. Fuller, Cindy (14 de dezembro de 2021). «"¿Sabes lo que les hacemos a las mujeres que acaban aquí? Las violamos y las matamos": las denuncias de brutalidad en Myanmar tras el golpe de Estado». La Prensa (em espanhol). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  15. «BBC Names Engaged Buddhist Manjula Pradeep among 100 Influential Women of 2021». Buddhistdoor Global (em inglês). Consultado em 22 de janeiro de 2023 
  16. «Ordenssyster en av de mest inflytelserika kvinnorna 2021». Signum (em sueco). 9 de dezembro de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2023