Eleições estaduais em Alagoas em 2014 – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Eleições estaduais em Alagoas em 2014 | ||||
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5 de outubro de 2014 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Renan Filho | Benedito de Lira | ||
Partido | PMDB | PP | ||
Natural de | Murici, AL | Junqueiro, AL | ||
Vice | Luciano Barbosa | Alexandre Toledo | ||
Votos | 670.310 | 435.827 | ||
Porcentagem | 52,16% | 33,91% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (102): Renan Filho (78) Biu Benedito de Lira (24) | ||||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Alagoas em 2014 ocorreram no dia 5 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram eleitos o governador Renan Filho, o vice-governador Luciano Barbosa, o senador Fernando Collor, além de nove deputados federais e vinte e sete estaduais num pleito decidido em primeiro turno.[1]
Nascido em Murici, o governador Renan Calheiros Filho é graduado em Economia na Universidade de Brasília em 2003 tendo presidido o Centro Acadêmico de Economia.[2] Sempre filiado ao PMDB entrou na política com o apoio de seu pai, Renan Calheiros, e foi eleito prefeito de Murici em 2004 e 2008, renunciando ao cargo para eleger-se deputado federal em 2010. Sua eleição para governador fez dele o terceiro membro do PMDB a governar Alagoas após as vitórias de Fernando Collor em 1986 e Divaldo Suruagy em 1994 sendo que o próprio Renan Calheiros foi derrotado por Geraldo Bulhões ao buscar o poder em 1990.[3]
Também filiado ao PMDB, o vice-governador Luciano Barbosa é engenheiro civil nascido em Palmeira dos Índios com passagens pela prefeitura de Arapiraca onde foi Secretário de Educação de Severino Leão e na gestão Célia Rocha foi Secretário de Finanças e depois Secretário de Saúde. No último governo Divaldo Suruagy foi Secretário dos Transportes e Secretário de Administração, além de coordenar o Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Convidado a trabalhar junto a Renan Calheiros quando este foi Ministro da Justiça no segundo governo Fernando Henrique Cardoso, assumiu em junho de 2002 o Ministério da Integração Nacional. Eleito prefeito de Arapiraca em 2004 e 2008, tornou-se presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) em janeiro de 2009.
No mesmo dia foi reeleito o senador Fernando Collor. Natural do Rio de Janeiro e formado em Economia em 1972 na Universidade Federal de Alagoas.[4] Filiado à ARENA foi nomeado prefeito de Maceió em 1979 pelo governador Guilherme Palmeira. Eleito deputado federal pelo PDS em 1982, votou pela Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985, embora tenha se filiado depois ao PMDB e sido eleito governador de Alagoas em 1986.
Renunciou ao cargo em maio de 1989 e já filiado ao PRN foi eleito presidente da República em dezembro e tomou posse em 15 de março de 1990. Responsável pelo Plano Collor, pela abertura da economia e pela privatização de estatais, o Governo Collor caiu em 29 de dezembro de 1992 mediante um processo de impeachment. Afastado da vida pública por anos, filiou-se ao PRTB e após ser derrotado ao buscar o governo de Alagoas em 2002, foi eleito senador em 2006 e logo migrou para o PTB e mesmo vencido em nova candidatura ao governo em 2010 foi reeleito senador este ano.
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Com informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral.[1]
Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Renan Calheiros Filho PMDB | Luciano Barbosa PMDB | 15 | Com o povo pra Alagoas mudar (PMDB, PV, PTdoB, PROS, PCdoB, PSC, PHS, PTB, PSD, PDT, PT) | 670.310 | 52,16% |
Benedito de Lira PP | Alexandre Toledo PSB | 11 | Juntos com o povo pela melhoria de Alagoas (PP, PSB, PPS, PSDC, PRP, PR, PSL, DEM, SD) | 435.827 | 33,92% |
Júlio Cezar da Silva PSDB | Manoel Vilela (Vô) PSDB | 45 | Um novo jeito de fazer (PSDB, PRB) | 101.757 | 7,92% |
Mário Agra PSOL | Paulo Bob PSTU | 50 | Frente de Esquerda de Alagoas (PSOL, PSTU) | 60.816 | 4,73% |
Joathas Albuquerque PTC | Marineide Messias PTC | 36 | PTC (sem coligação) | 7.879 | 0,61% |
Golbery Lessa PCB | Fernando Medeiros PCB | 21 | PCB (sem coligação) | 3.950 | 0,31% |
Coronel Goulart PEN | Capitão Bulhões PEN | 51 | PEN (sem coligação) | 2.732 | 0,21% |
Luciano Balbino PTN | Péricles Cabral PTN | 19 | PTN (sem coligação) | 1.820 | 0,14% |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Com informações oriundas do Tribunal Superior Eleitoral.[1][5]
Candidatos a senador da República | Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Fernando Collor PTB | Renilde Bulhões PTB | 144 | Com o povo pra Alagoas mudar (PMDB, PV, PTdoB, PROS, PCdoB, PSC, PHS, PTB, PSD, PDT, PT) | 689.266 | 55,69% |
Heloísa Helena PSOL | Maurício Dias PSOL | 500 | Frente de Esquerda de Alagoas (PSOL, PSTU) | 394.309 | 31,86% |
Omar Coelho DEM | José Pacheco Filho PP | 255 | Juntos com o povo pela melhoria de Alagoas (PP, PSB, PPS, PSDC, PRP, PR, PSL, DEM, SD) | 137.237 | 11,09% |
Oldemberg Paranhos PRTB | Jefferson Piones PRTB | 288 | Caminhando com o povo (PRTB, PPL, PMN) | 6.390 | 0,52% |
Elias Barros PTC | Sílvio Sapucaia PTC | 369 | PTC (sem coligação) | 5.914 | 0,48% |
Marcos Aguiar PTN | Sargento Rosivan PTN | 192 | PTN (sem coligação) | 2.741 | 0,22% |
Coronel Brito PEN | Tenente Elias PEN | 511 | PEN (sem coligação) | 1.922 | 0,16% |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[6] Ressalte-se que os votos em branco eram considerados válidos para fins de cálculo do quociente eleitoral nas disputas proporcionais até 1997 quando essa anomalia foi banida de nossa legislação.[7]
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
7777 | João Henrique Caldas | SD | 135.929 votos | 9,82% | Maceió | Alagoas |
1515 | Marx Beltrão | PMDB | 123.317 Votos | 8,91% | Maceió | Alagoas |
4545 | Pedro Vilela | PSDB | 119.582 Votos | 8,64% | Maceió | Alagoas |
1111 | Arthur Lira | PP | 98.231 Votos | 7,09% | Maceió | Alagoas |
1212 | Ronaldo Lessa | PDT | 88.125 Votos | 6,36% | Maceió | Alagoas |
9090 | Givaldo Carimbão | PROS | 82.582 Votos | 5,96% | Itabi | Sergipe |
2266 | Maurício Quintella | PR | 76.706 Votos | 5,54% | Maceió | Alagoas |
2800 | Cícero Almeida | PRTB | 64.435 Votos | 4,65% | Maribondo | Alagoas |
1313 | Paulão Santos | PT | 53.284 Votos | 3,85% | Recife | Pernambuco |
Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]Estavam em jogo 27 cadeiras na Assembleia Legislativa de Alagoas.[1]
Representação eleita
PSDB: 4PMDB: 3PRTB: 3DEM: 2PSB: 2PROS: 2PDT: 2PPS: 2PSD: 2PT: 2PSC: 1PRB: 1PMN: 1
Número | Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
45000 | Joãozinho Pereira | PSDB | 64.080 | 4,57% | Junqueiro | Alagoas |
12000 | Isnaldo Bulhões | PDT | 44.213 | 3,15% | Santana do Ipanema | Alagoas |
70000 | Antonio Albuquerque | PTdoB | 43.304 | 3,09% | Limoeiro de Anadia | Alagoas |
25800 | Jeferson Morais | DEM | 38.043 | 2,71% | União dos Palmares | Alagoas |
45678 | Inácio Loiola | PSDB | 38.025 | 2,71% | Canindé de São Francisco | Sergipe |
12777 | Sérgio Toledo | PDT | 37.513 | 2,67% | Maceió | Alagoas |
14789 | Marcelo Victor | PTB | 37.379 | 2,66% | Palmeira dos Índios | Alagoas |
20000 | Thaise de Souza Guedes | PSC | 36.804 | 2,62% | Maceió | Alagoas |
70111 | Ricardo Nezinho | PTdoB | 35.107 | 2,50% | Arapiraca | Alagoas |
45222 | Gilvan Barros | PSDB | 34.137 | 2,43% | Maceió | Alagoas |
15555 | Flávia Cavalcante | PMDB | 32.618 | 2,33% | Maceió | Alagoas |
14444 | Maurício Tavares | PTB | 32.091 | 2,29% | Maceió | Alagoas |
15456 | Olavo Calheiros | PMDB | 29.368 | 2,09% | Murici | Alagoas |
45789 | Nelito Gomes de Barros | PSDB | 28.081 | 2,00% | Maceió | Alagoas |
45123 | Fernando Toledo | PSDB | 27.059 | 1,93% | Cajueiro | Alagoas |
45555 | Edval Gaia | PSDB | 26.889 | 1,92% | Palmeira dos Índios | Alagoas |
12333 | Jota Cavalcante | PDT | 26.276 | 1,87% | Pão de Açúcar | Alagoas |
15000 | Luiz Dantas | PMDB | 25.365 | 1,81% | Batalha | Alagoas |
13500 | Judson Cabral | PT | 25.229 | 1,80% | Aracaju | Sergipe |
33000 | Dudu Holanda | PMN | 25.171 | 1,79% | Maceió | Alagoas |
23000 | Marcos Barbosa | PPS | 24.915 | 1,78% | Maceió | Alagoas |
25000 | Temóteo Correia | DEM | 24.756 | 1,76% | Anadia | Alagoas |
28888 | Almir Lira | PRTB | 22.027 | 1,57% | Feira Grande | Alagoas |
13000 | Ronaldo do INSS | PT | 19.862 | 1,42% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
13123 | Marquinho Madeira | PT | 18.897 | 1,35% | Maceió | Alagoas |
19999 | João Henrique Caldas | PTN | 17.977 | 1,28% | Maceió | Alagoas |
23111 | Severino Pessôa | PPS | 16.206 | 1,16% | Arapiraca | Alagoas |
Referências
- ↑ a b c d «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 12 de outubro de 2014
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Renan Calheiros Filho». Consultado em 11 de outubro de 2014
- ↑ Por causa da ocorrência de fraudes o segundo turno da referida eleição aconteceu em 20 de janeiro de 1991.
- ↑ «Biblioteca da Presidência da República: presidente Fernando Collor». Consultado em 11 de outubro de 2014. Arquivado do original em 3 de outubro de 2013
- ↑ Embora cada senador deva ser eleito com dois suplentes (Art. 46 § 3º– CF), mencionamos apenas o primeiro sem prejuízo de citar o outro quando necessário.
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 12 de outubro de 2014. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ «Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 12 de outubro de 2014