Forte de Nossa Senhora da Conceição – Wikipédia, a enciclopédia livre


Forte de Nossa Senhora da Conceição
Informações gerais
Tipo forte, património cultural
Construção 1642
Promotor(a) D. João IV
Aberto ao público Não
Estado de conservação Mau
Património de Portugal
Classificação  Imóvel de Interesse Público [♦]
DGPC 74733
SIPA 3099
Geografia
País Portugal
Localização Cascais
Coordenadas 38° 42′ 03″ N, 9° 24′ 48″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico
[♦] ^ DL 129/77 de 29 de Setembro de 1977

O Forte de Nossa Senhora da Conceição localizou-se entre a praia da Conceição e os Almagreiros, na Freguesia e Município de Cascais, Distrito de Lisboa, em Portugal, tendo sido totalmente destruído.[1]

Foi erguido como parte da linha de fortificações erguida entre 1642 e 1648, por determinação de D. António Luís de Meneses, governador da Praça-forte de Cascais, no contexto da Guerra da Restauração, e que se estendia entre o Forte de São Julião da Barra e o Cabo da Roca.

O Baluarte do Rio do Bode, como era conhecido à época, foi iniciado em 1642, e já estava operacional em 1646.[2] Implantado sobre uma ponta rochosa na extremidade leste da baía de Cascais, cruzava fogos com a Cidadela de Cascais, "(…) embaraçando deste modo a aproximação do inimigo (…)".[3]

Perdida a sua função militar, na primeira metade do século XIX o forte foi desactivado, iniciando-se a sua demolição. Posteriormente, em 1868, o duque de Palmela adquiriu o imóvel, prosseguindo no mesmo ano na sua demolição, para dar lugar a um chalet - a Casa Palmela -, concluído em 1873, com projecto de Thomas Henry Wyatt.[4]

Características

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O forte apresentava planta irregular orgânica (adaptada ao terreno), com uma bateria rectangular terminada em "V", sobre a escarpa. No lado oposto erguiam-se os alojamentos, a cozinha, o paiol e a casa da palamenta, dispostos de frente da praça de armas. Sobre as edificações existia um terraço com parapeito, ao qual se acedia por uma escada disposta a partir da plataforma da bateria.

O muro ameado que actualmente se dispõe em volta da "Casa Palmela" não pertence ao conjunto original do forte, tendo sido edificado quando ela foi construída, para o caso de, em tempos de guerra, ser necessário guarnecer o local com tropas de infantaria.[4]

Notas

  1. Ficha sobre o imóvel na Base de Dados do Património Cultural da DGPC, do Estado português [1]
  2. BARROS, BOIÇA, RAMALHO, 2001:84-87.
  3. Op. cit., p. 86.
  4. a b Op. cit., p. 89.
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  • BARROS, Maria de Fátima Rombouts; BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira; RAMALHO, Maria Margarida Marques. As fortificações marítimas da costa de Cascais. Lisboa: 2001.

Ligações externas

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