Forte de Santiago de Sesimbra – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Tipo | |
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Proprietário | |
Estatuto patrimonial |
Localização |
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Coordenadas |
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Forte de Santiago | |
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Forte de Santiago de Sesimbra: vista da praia | |
Informações gerais | |
Tipo | forte, património cultural |
Construção | 1648 |
Promotor(a) | D. João IV |
Aberto ao público | |
Estado de conservação | Bom |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público [♦] |
DGPC | 74611 |
SIPA | 3453 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Santiago |
Coordenadas | 38° 26′ 34″ N, 9° 06′ 04″ O |
Localização em mapa dinâmico | |
[♦] ^ DL 129 de 29 de Setembro de 1977. |
O Forte de Santiago da Vila de Sesimbra, também conhecido como Forte da Marinha, Forte da Praia e Fortaleza de Santiago, localiza-se na freguesia de Santiago (Sesimbra), na vila litorânea de Sesimbra, no Distrito de Setúbal, em Portugal.[1]
Localizado sobre a praia em Sesimbra, povoação tradicionalmente dedicada à pesca, tinha a função de proteger a vila e o seu ancoradouro.
O Forte de Santiago está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1977.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Antecedentes: o Forte quinhentista.
[editar | editar código-fonte]A primeira estrutura defensiva neste local remonta muito provavelmente a um forte quinhentista, erguido durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521). Esta fortificação foi atacada à época da Dinastia Filipina por navios da armada inglesa (Junho de 1602), tendo sofrido pesados danos, a par do episódio de represamento de uma nau (a São Valentim) provinda das Índias Orientais carregada de mercadoria valiosa.
O actual Forte de Santiago
[editar | editar código-fonte]A actual estrutura remonta à época da Restauração da independência, quando no reinado de D. João IV (1640-1656) se determinou a sua edificação. O seu projecto ficou a cargo de João Cosmander, jesuíta holandês ao serviço daquele soberano, estando concluída em 1648.
Utilizada como balneário ou colónia de férias para os filhos bastardos de D. João V (1706-50) (os Meninos de Palhavã), a partir de 1712 foi utilizada como sede do Governo das Armas da região, a que se subordinavam as restantes defesas costeiras, a saber: o Forte de Santiago do Outão, o Forte de Santa Maria da Arrábida, o Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo, o Forte de São Domingos da Baralha e o Forte de Nossa Senhora do Cabo, no Espichel. O Forte de São Pedro das Areias Brancas (ou da Foz), já se encontrava bastante deteriorado nesta época.
No século XIX, tendo perdido a função defensiva diante da evolução dos meios bélicos, foi desguarnecido e desartilhado em 1832. Posteriormente as suas instalações foram cedidas para uso da Alfândega (1886) até que, desde 1879, passou a abrigar o quartel da Guarda Fiscal.
Considerado como Imóvel de Interesse Público por Decreto de 29 de Setembro de 1977, actualmente encontra-se em bom estado de conservação, aberto à visitação turística.
Características
[editar | editar código-fonte]A estrutura alonga-se em linhas abaluartadas no sentido longitudinal da praia, com uma ampla esplanada para a artilharia. Os pátios interiores abrigam as dependências de serviço: Casa de Comando (residência do Governador das Armas), Quartel da Tropa, paiol, Capela, depósitos, masmorras e cisterna.
O portão é encimado por um escudo real, onde se inscreve a data da fundação do forte: 1648.
Curiosidades
[editar | editar código-fonte]No pátio existiu uma pintura sobre madeira, remontando aos meados do século XVII, figurando Santiago, a cavalo empunhando a espada, investindo sobre um grupo de mouros.
Juntamente com o Castelo de S. Filipe e o Castelo de Palmela, está representado no símbolo do Vitória de Setúbal, que inclui um castelo com estas três torres.