Luís Mendes de Vasconcelos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luís Mendes de Vasconcelos
Luís Mendes de Vasconcelos
12.º Capitão-general de Angola
Período 1617-1621
Antecessor(a) Manuel Cerveira Pereira
Sucessor(a) João Correia de Sousa
Grão-Mestre da Ordem de São João
Período 17 de setembro de 1622 - 7 de março de 1623
Antecessor(a) Alof de Wignacourt
Sucessor(a) Antoine de Paule
Dados pessoais
Nascimento c.1542
Évora, Portugal
Morte 7 de março de 1623 (81 anos)
Malta
Religião Catolicismo

Luís Mendes de Vasconcelos ((Évora, 1550 - Malta, 1630) foi um militar, escritor e político português que viveu na segunda metade do século XVI e primeira metade do século XVII.

D. Frei Luís Mendes de Vasconcelos, filho de João Mendes de Vasconcelos e de D. Ana de Ataíde.

Professou como Freire Cavaleiro da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta a 12 de Setembro de 1571. As Provanças da sua antiga Nobreza foram tiradas pelo Prior do Crato, D. António de Portugal.[1]

Fez a Guerra do Levante, com D. João de Áustria, do qual foi Embaixador.[1] Foi Capitão da galé Esperança, nas Armadas do Oriente, durante dois anos, e na Batalha de Chaca, saltando em terra, obrou prodígios de bravura, saindo com 28 feridas, que lhe puseram a vida em perigo.[2]

Em 1589 veio a Portugal como Recebedor das Comendas da Ordem, seguindo para Roma, para os Estados Pontifícios, como Embaixador de Malta. O Pontífice, o Papa Sisto V, ofereceu-lhe a Bailia de Áquila, que recusou.[3]

Feito Conservador da Ordem em 1600, passou a General das Galés em 1613. Acossou os Turcos do Império Otomano em vários recontros, dos quais saiu sempre vitorioso,[3] e destacou-se como Capitão-Mor de diversas Armadas.[4]

Foi, depois, Bailio de São João de Acre, Comendador de Montoito e Elvas, que trocou com a Comenda de Vera Cruz. Por graça especial, teve as Comendas de Vila Cova, Rossas, Frossos e Algoso. O Rei D. Filipe II de Portugal quis nomeá-lo Comendador de Santarém e Pontével, que rejeitou em favor do seu antigo camarada António Pereira de Lima.[3] Foi, igualmente, Cavaleiro e Comendador da Ordem de Cristo.[4]

Foi Governador de Angola entre 1617 e 1621. Em 1618, sufocou a revolta do régulo de Matamba, irmão da Rainha N'Ginga.

Finalmente, a 17 de Setembro de 1622, foi eleito 55.º Grão-Mestre da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, sendo o 3.º Português a ocupar este cargo.[5][3][4]

Escreveu Do sítio de Lisboa: diálogos em 1608 e Arte militar, em 1612.

Foi pai de Joane Mendes de Vasconcelos, igualmente ilustre General do tempo da Guerra da Restauração[6].

Referências

  1. a b Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 16. 826 
  2. Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 16. 826-7 
  3. a b c d Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 16. 827 
  4. a b c Carreira da Índia[ligação inativa]
  5. PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017 
  6. Vasconcelos (Joanne Mendes de), Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume VII, págs. 322-324, Edição em papel de João Romano Torres - Editor, 1904-1915, Edição electrónica de Manuel Amaral, 2000-2010

Precedido por
Manuel Cerveira Pereira
Governador e Capitão-General de Angola
16171621
Sucedido por
João Correia de Sousa
Precedido por
Alof de Wignacourt
Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários
16221623
Sucedido por
Antoine de Paule