Pangolim – Wikipédia, a enciclopédia livre
Pangolim | |||||||||||
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Pangolins (Manis spp.) são mamíferos da ordem Pholidota que vivem em zonas tropicais da Ásia e da África. Há oito espécies diferentes de pangolim: pangolim chinês, pangolim malaio, pangolim do cabo, pangolim filipino, pangolim-da-barriga-branca, pangolim indiano, pangolim-gigante-terrestre e o pangolim da barriga preta. São as únicas representantes da família Manidae e da ordem Pholidota. A ordem é muito antiga, com representantes fósseis datando do Eoceno na Europa (Eomanis, do Eoceno Médio alemão, em Messel), América do Norte (Patriomanis) e Ásia (Cryptomanis gobiensis, do Eoceno superior da Mongólia). A relação dos folídotos com outras ordens de mamíferos ainda é motivo de muitas controvérsias, mas estudos recentes incluíram-na num táxon chamado de Pegasoferae, junto com os carnívoros, os quirópteros e os perissodáctilos.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Pangolim origina-se do malaio pangulang, "animal que se enrola"[1]. Pholidota significa "coberto de escamas"[2].
Descrição
[editar | editar código-fonte]Este animal tem o corpo coberto de escamas. Adota uma forma enrolada, parecido com uma bola, semelhante à do ouriço-cacheiro, quando ameaçado.
Não possui dentes e alimenta-se, sobretudo, de formigas, que captura dentro dos formigueiros com a sua longa língua viscosa. Apesar de sua semelhança comportamental e anatômica com os tamanduás sul-americanos, o pangolim está, filogeneticamente, mais próximo dos carnívoros. Trata-se de um caso de evolução convergente, ou seja, quando espécies de grupos distintos evoluem para morfologias semelhantes.
É caçado e utilizado como especialidade gastronômica pelas populações das zonas onde habita. As suas escamas são traficadas para serem utilizadas como afrodisíaco.
Recentemente, o pangolim tem sido personagem de várias atrações de TV, como a série Pokémon (através dos personagens Pokémon Sandslash e Sandshrew) e o comercial do canal Animal Planet, no bloco "Fato ou Ficção" do programa "Criaturas Esquisitas", no qual um pangolim aparece produzindo um filme ao lado da toupeira-nariz-de-estrela, além do anime "Killing Bites" onde o personagem Kido é mistura de humano e pangolim, e também há um herói do Jogo de computadores Dota 2 baseado no Pangolim, o Pangolier.
O pangolim é, até o momento, o principal suspeito, mas não o único, de ter sido o hospedeiro intermediário na transmissão do vírus SARS-CoV-2 para humanos na província de Wuhan, China originando a pandemia do COVID-19.[3] A hipótese inicial perdeu momentum com a constatação de que o sequenciamento genético do vírus presente nos pangolins demonstrou uma similaridade de apenas 90.3% do DNA em comparação ao vírus observado em humanos, sendo essa porcentagem insuficiente (um valor de 99.8% é necessário para estabelecer um vínculo definitivo entre as mutações).[3]
Classificação
[editar | editar código-fonte]- Família Manidae
- Manis Linnaeus, 1758
- Pangolim-indiano (M. crassicaudata)
- Pangolim-chinês (M. pentadactyla) Linnaeus, 1758
- Paramanis
- Pangolim-malaio (Paramanis javanica)
- Smutsia
- Pangolim-gigante (Smutsia gigantea)
- Pangolim-comum (Smutsia temmincki)
- Phataginus Rafinesque, 1821
- Pangolim-arborícola Phataginus tricuspis (Rafinesque, 1821)
- Uromanis
- Pangolim-de-cauda-longa (Uromanis tetradactyla)
- Manis Linnaeus, 1758
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 257
- ↑ Wikipedia catalã
- ↑ a b «Mystery deepens over animal source of coronavirus» (em inglês). Nature. Consultado em 9 de março de 2020
- GAUDIN TJ, EMRY RJ, POGUE B (2006) A NEW GENUS AND SPECIES OF PANGOLIN (MAMMALIA, PHOLIDOTA) FROM THE LATE EOCENE OF INNER MONGOLIA, CHINA. Journal of Vertebrate Paleontology: Vol. 26, No. 1 pp. 146–159