Metaxyaceae – Wikipédia, a enciclopédia livre
Metaxya Metaxyaceae | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécie-tipo | |||||||||||||
Metaxya rostrata (Kunth) C.Presl | |||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||
Distribuição das Metaxyaceae. | |||||||||||||
Espécies | |||||||||||||
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Sinónimos | |||||||||||||
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Metaxyaceae é uma família monotípica de pteridófitas neotropicais da ordem Cyatheales da classe Polypodiopsida,[1] que tem Metaxya como único género. A classificação do Pteridophyte Phylogeny Group, de 2016, o sistema PPG I,[2] considera este agrupamento ao nível taxonómico de família, mas, alternativamente, o género pode ser colocado na subfamília Metaxyoideae de uma família Cyatheaceae mais amplamente definida,[3] a colocação familiar utilizada em Plants of the World Online.[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]É distribuída neotropicalmente com ocorrência nas Américas, distribuída no sul do México, América Central, Pequenas Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.[5] São plantas terrestres majoritariamente rupícolas, ou seja, vivem sobre afloramentos rochosos e, em casos raros, são epífitas.
São plantas vasculares[6] caracterizadas por grandes frondes que se aproximam dos 2,5 m de comprimento com rizoma resistente que crescem produzindo brotos, e apresentam estelos com o tecido parenquimatoso central cercado pelo sistema vascular, além disso, o ápice é caracterizado pela presença de pelos e ausência de escamas. O pecíolo é contínuo ao rizoma com presença de único feixe vascular na base.[7]
O tricoma apresenta coloração amarelada ou alaranjada e é dividido em septos, o que pode ser facilmente observado.[8]
Suas folhas são monomórficas, ou seja, possuem a mesma forma, semelhantes entre si, e podem crescer emitindo aglomerados de brotos e caules, além de apresentarem raízes constituídas por vários eixos. As lâminas têm o formato pinado e a grande maioria não apresenta pubescência, apesar de algumas manifestarem pelos esparsos.[8]
A distribuição de suas nervuras podem apresentar padrão aberto, simples ou bifurcado. Os soros ficam na parte inferior das lâminas foliares, irregularmente dispostos, com presença de paráfises e ausência da proteção dos esporângios (indúsios). Os esporângios também possuem pedicelos curtos e os esporos podem ser tetraédricos, globosos ou triletes, ou seja, com formato semi triangular e estrutura em forma de Y.
No Brasil ocorre na região Amazônica, Paraíba, Pernambuco e Bahia[8], com 4 das 6 espécies de seu único gênero, Metaxya: Metaxya lanosa (A. R. Sm. & Tuomisto), Metaxya parkeri (Hook. & Grev.) J. Sm., Metaxya rostrata (Kunth) C.Presl, Metaxya scalaris (Tuomisto & G.G. Cárdenas).[9][10]
Espécies
[editar | editar código-fonte]A base de dados taxonómicos Plants of the World Online aceita as seguintes espécies:[4]
Imagem | Nome científico | Distribuição |
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Metaxya contamanensis Tuomisto & G.G.Cárdenas | Peru até à Bolívia | |
Metaxya elongata Tuomisto & G.G.Cárdenas | Belize, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Venezuela | |
Metaxya lanosa A.R.Sm. & Tuomisto | Peru, Venezuela (Amazonas) até à Guiana. | |
Metaxya rostrata (Kunth) C.Presl | México (Chiapas), Belice, Bolivia, Brasil, Colombia, Costa Rica, Ecuador, Guayana Francesa, Guatemala, Guyana, Honduras, Nicaragua, Panamá, Perú, Surinam, Trinidad-Tobago y Venezuela. | |
Metaxya scalaris Tuomisto & G.G.Cárdenas | Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela |
Filogenia
[editar | editar código-fonte]A filogenia do género Metaxya é a seguinte:[11][12]
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Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ mindat.org. «Metaxyaceae: description». The Hudson Institute of Mineralogy
- ↑ PPG I (2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns». Journal of Systematics and Evolution. 54 (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229
- ↑ Christenhusz, Maarten J.M.; Chase, Mark W. (2014). «Trends and concepts in fern classification». Annals of Botany. 113 (9): 571–594. PMC 3936591. PMID 24532607. doi:10.1093/aob/mct299
- ↑ a b «Metaxya C.Presl». Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 25 de novembro de 2019
- ↑ Costa, Maria Auxiliadora S.; Prado, Jefferson (janeiro de 2005). «FLORA DA RESERVA DUCKE, AMAZONAS, BRASIL: PTERIDOPHYTA -METAXYACEAE». Rodriguésia (86): 72–73. ISSN 2175-7860. doi:10.1590/2175-78602005568615. Consultado em 4 de maio de 2022
- ↑ PPG I (novembro de 2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns: PPG I». Journal of Systematics and Evolution (em inglês) (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229. Consultado em 4 de maio de 2022
- ↑ Stevens, Peter. «Angiosperm Phylogeny Website»
- ↑ a b c Barros, Iva (18 de junho de 2010). «Samambaias e licófitas do Estado de Pernambuco, Brasil: Metaxyaceae». Biotemas. periodico ufsc. 3 (23): 215-218. Consultado em 24 de março de 2022
- ↑ Santiago, Augusto (3 de janeiro de 2014). «Ocorrência de Metaxya Rostrata, na Mata Atlântica do Brasil». Revista Nordestina de Biologia. periodico ufpb. 21 (2): 53-58
- ↑ Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. «Família Metaxyceae: Gênero Metaxya». SiBBr
- ↑ Nitta, Joel H.; Schuettpelz, Eric; Ramírez-Barahona, Santiago; Iwasaki, Wataru; et al. (2022). «An Open and Continuously Updated Fern Tree of Life». Frontiers in Plant Science. 13: 909768. PMC 9449725. PMID 36092417. doi:10.3389/fpls.2022.909768
- ↑ «Tree viewer: interactive visualization of FTOL». FTOL v1.4.0 [GenBank release 253]. 2023. Consultado em 8 março 2023