Miguel Urbano Rodrigues – Wikipédia, a enciclopédia livre

Miguel Urbano Rodrigues
Nascimento 2 de agosto de 1925
Moura Portugal Portugal
Morte 27 de maio de 2017 (91 anos)
Nacionalidade português
Ocupação jornalista, escritor, político
 Nota: Não confundir com Urbano Tavares Rodrigues.

Miguel Urbano Tavares Rodrigues (Moura, 2 de agosto de 1925 – Vila Nova de Gaia, 27 de maio de 2017) foi um jornalista e escritor português.

Foi redactor do Diário de Notícias entre 1949 e 1956, chefe de redacção do Diário Ilustrado (1956 e 1957), antes de se exilar no Brasil, onde foi editorialista principal de O Estado de S. Paulo (1957 a 1974) e editor internacional da revista brasileira Visão (1970 a 1974)[1], ao mesmo tempo em que participava do Portugal Democrático, órgão dos antifascistas portugueses, publicado, entre 1956 e 1975, também em São Paulo.[2]

Regressado a Portugal após a Revolução dos Cravos, foi chefe de redacção do Avante! em 1974 e 1975 e director de O Diário entre 1976 e 1985. Foi ainda assistente de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1974-75), presidente da Assembleia Municipal de Moura em 1977 e 1978, deputado à Assembleia da República pelo PCP - Partido Comunista Português entre 1990 e 1995 e deputado às Assembleias Parlamentares do Conselho da Europa e da União da Europa Ocidental, tendo sido membro da comissão política desta última. Tem colaborações publicadas em jornais e revistas de duas dezenas de países da América Latina e da Europa e é autor de mais de uma dezena de livros publicados em Portugal e no Brasil.[1]

Miguel Urbano Rodrigues é filho de Urbano Rodrigues e irmão de Urbano Tavares Rodrigues.

Livros publicados

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  • O Homem de Negro (conto), Lisboa, 1958
  • Opções da Revolução na América Latina (ensaio), São Paulo, 1968
  • Portugal, 43 Anos de Fascismo (em colaboração com Joaquim Barradas de Carvalho, Vítor Ramos, Augusto Aragão e Maria Antónia Fiadeiro), São Paulo, 1971
  • Da Resistência à Revolução (textos políticos), Lisboa, 1975
  • Revolução e Vida (textos políticos), Lisboa, 1977
  • Do Fundo do Tempo (contos), Lisboa, 1979
  • Polónia e Afeganistão (reportagens), Lisboa, 1983
  • O Diário Acusa - 1000 Horas em Tribunal (depoimento), Lisboa, 1984
  • Do Báltico aos Gelos Siberianos (em colaboração com João Alferes Gonçalves, José Goulão, Baptista-Bastos e Cipriano Ricardo), Lisboa, 1985
  • Em Defesa do Socialismo (crónicas políticas, com Zillah Branco), Lisboa, 1990
  • Nómadas e Sedentários na Ásia Central (ensaio) Porto, 1999
  • Alva (romance) Porto, 2001
  • O Tempo e o Espaço em Que Vivi - I - Procurando um Caminho (memórias) Porto, 2002
  • O Tempo e o Espaço em Que Vivi - II - Revolução e Contra-revolução na América Latina (memórias) Porto, 2002
  • Etna no Vendaval da Perestoika (romance) Porto, 2007
  • Meditação descontínua sobre o envelhecimento (reflexão) Coimbra, Ed. Calendário, 2009
  • A metamorfose de Efigénia (contos) Coimbra, Ed. Calendário, 2010

Referências

  1. a b «Morreu Miguel Urbano Rodrigues». LUSA. Expresso. 28 de maio de 2017. Consultado em 28 de maio de 2017 
  2. «Miguel Urbano Rodrigues, cidadão do mundo». Blog da Boitempo. 13 de junho de 2017. Consultado em 11 de abril de 2022