Peão envenenado – Wikipédia, a enciclopédia livre
A Variação do Peão Envenenado é uma das várias variações de abertura de xadrez, onde um peão é "envenenado", visto que sua captura pode resultar em problemas posicionais ou materiais para o enxadrista efetuando a captura. A variação mais conhecida é seguinte linha da Variação Najdorf da Defesa Siciliana:
1. e4 c5 2. Cf3 d6 3. d4 cxd4 4. Cfxd4 Cf6 5. Cc3 a6 6. Bg5 e6 7. f4 Db6. com os seguintes movimentos sendo, no geral, 8. Dd2 Dxb2, com as pretas aceitando o peão envenenado na b2, embora as brancas também possam jogar 8. Cb3 para proteger o peão.
Um dos pioneiros desta linha foi David Bronstein, que empatou na partida pelo primeiro lugar no Campeonato de Xadrez de Juniores contra Mikhail Botvinnik, 12-12. Bobby Fischer tornou-se posteriormente um proponente desta linha, utilizando-na com grande sucesso. Os jogos mais famosos nos quais a Variação Peão Envenenado foi utilizada incluem o jogo 7[1] e 11[2] do Campeonato Mundial de Xadrez de 1972, entre Fischer e Boris Spassky, em Reykjavík. Em cada um destes jogos Fischer jogou com as pretas e tomou o peão. No primeiro jogo, Fischer conseguiu obter uma confortável vantagem material, embora tenha no final obtido apenas o empate. Na segunda, Spassky supreendeu Fischer com um movimento supresa, e venceu o jogo após Fischer ter fracamente defendido contra este contra-ataque e permitindo que Spassky emprisionasse a dama de Fischer, fazendo com que este perdesse seu primeiro jogo utilizando a variação. A linha foi posteriormente utilizada com sucesso por outros jogadores, incluindo os campeões mundiais Garry Kasparov, Viswanathan Anand e Anatoly Karpov.
Referências
- ↑ «Boris Spassky vs Robert James Fischer (1972) - Game». Consultado em 21 de dezembro de 2009
- ↑ «Boris Spassky vs Robert James Fischer (1972) - Game 1». Consultado em 21 de dezembro de 2009