Repsol – Wikipédia, a enciclopédia livre
Criação | |
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Forma jurídica | sociedad anónima (d) |
Sede social | Repsol Campus (en) |
Sector de atividade | |
Produto | |
Efectivos | 23 810 () |
Direção | Josu Jon Imaz (en) |
Presidente | Antonio Brufau Niubó (en) |
Director | Josu Jon Imaz (en) |
Quotação | Madrid Stock Exchange (en) (REP) |
Websites |
A Repsol[1][a] é uma empresa multinacional espanhola de energia e petroquímica com sede em Madri.[1] Ela está envolvida em atividades mundiais de upstream e downstream. No Forbes Global 2000 de 2022, foi classificada como a 320ª maior empresa pública do mundo.[2] Em 2022, ela tinha 24.000 funcionários em todo o mundo.
É a 15ª maior petroleira do mundo e a maior companhia energética privada hispano-americana, em termos de volume de ativos. Opera em mais de 30 países e emprega mais de 37.000 pessoas. Em 2017, a marca Repsol foi avaliada em 2,538 milhões de dólares, tornando-a a 9ª marca mais valiosa da Espanha, segundo o ranking BrandZ.[3]
História
[editar | editar código-fonte]- 1981: Criação do INH (Instituto Nacional de Hidrocarburos), organismo público responsável pela integração das diferentes companhias de gás e petróleo, nas quais o Estado espanhol tinha participação majoritária ou era o único proprietário.
- 1986: Criação do grupo Repsol, cujo acionista único era o INH. Repsol aglutina as companhias em que o Estado espanhol tinha participação majoritária, nas áreas de exploração e produção, refino e distribuição, química e gás natural liquefeito.
- 1989: 26% do capital da Repsol é privatizado.
- 1991: Criação da Gas Natural SDG, que absorvia as atividades do INH no tocante ao gás.
- 1993: Entrada da Repsol em Portugal, na área dos combustíveis, lubrificantes e gás engarrafado.
- 1997: O estado espanhol conclui o processo de privatização da companhia.
- 1997: Entrada no mercado brasileiro.
- 1999: A Repsol compra a YPF e o grupo passa a chamar-se Repsol YPF.[4]
- 2004: A Repsol compra os postos, o negócio do GLP e gás engarrafado que a Shell tinha até então em Portugal.[5]
- 2008: Desinvestimento na área de comercialização de combustíveis no Brasil.[6]
- 2009: Por uma estratégica de mercado, a companhia adotou a denominação social Repsol Brasil.
- 2010: Ampliação de capital no Brasil subscrita na sua totalidade pela petrolífera chinesa Sinopec. A companhia passa a se chamar Repsol Sinopec Brasil.
- 2012: O governo Argentino nacionaliza a YPF e expropria 51% do patrimônio da YPF pertencentes à Repsol.[7]
Atuação
[editar | editar código-fonte]Atua nas áreas de:
Seus dois principais mercados são a Espanha e Portugal. No Brasil iniciou as atividades em 1997 e atualmente atua na área de Upstream por meio de uma ampliação de capital subscrita em sua totalidade pela Sinopec, que deu origem à Repsol Sinopec Brasil.
Patrocina também a equipe oficial da Honda na MotoGP, com nome de Repsol Honda, desde 1995.
A empresa ficou famosa também pela plotagem estilizada em alguns veículos de passeio e motocicletas esportivas.
Presença no Brasil
[editar | editar código-fonte]A história da Repsol no Brasil começou quando a Repsol Espanha comprou a subsidiária brasileira da YPF, tradicional petrolífera argentina que operava no Brasil desde 1997. Com a aquisição, surgiu a Repsol YPF Brasil que incorporou todas as instalações da YPF no país. Nesse início, as atividades se concentravam nas áreas de refino e distribuição de combustíveis.
A Repsol foi pioneira no processo de abertura do setor energético brasileiro e teve destacada atuação nos processos de licitação do segmento de exploração e produção de petróleo. Foi a primeira empresa privada a investir no refino nacional, após a abertura do setor, ao associar-se à Refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Também foi pioneira no desenvolvimento de projetos de gás natural, através da importação de gás da Bolívia e da Argentina para as Usinas Termoelétricas de Uruguaiana e Cuiabá.
Através do Acordo de Intercâmbio de Ativos assinado com a Petrobras, em dezembro de 2001, a Repsol passou a controlar 30% da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. Como parte do acordo, também recebeu uma rede de estações de serviço concentrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil; além de uma participação de 10% no campo Albacora Leste, um dos maiores campos de petróleo do país. Desde então, a companhia firmou parcerias com a Petrobras em diversos projetos de Downstream, Upstream e gás, inclusive para o desenvolvimento de projetos termelétricos. Com a criação de novas áreas de negócio, a Repsol ampliou sua presença no mercado nacional.
Durante dez anos, a companhia atuou nos mercados de revenda e consumo, oferecendo produtos e serviços para postos e clientes finais, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. No entanto, como parte do Plano Estratégico 2008-2012, em 2008, a empresa fechou um acordo com o grupo AleSat Combustíveis para a venda das atividades de comercialização de combustíveis no país.[8] A operação incluiu a aquisição da rede de 327 postos de serviços com bandeira Repsol, infraestrutura comercial, logística e os negócios complementares das lojas de conveniência, vendas diretas e asfaltos.
Na área de Downstream, a companhia manteve os negócios de GLP e lubrificantes. Tendo o primeiro iniciado suas operações de comercialização de GLP em 2004 e o segundo em 1998, com a incorporação da YPF.
Em 30 de abril de 2009, por uma estratégica de mercado, a companhia adotou a denominação social Repsol Brasil para aproximar ainda mais a companhia do público brasileiro.
Já em 2010, a Repsol Brasil realizou uma ampliação de capital de mais de US$ 7,1 bilhões, subscrita na sua totalidade pela chinesa Sinopec.[9] A operação deu lugar a uma empresa de US$ 17,8 bilhões em valor de mercado, na qual 60% cabem à Repsol e os 40% restantes são da Sinopec.[10]
O aporte de fundos dessa operação permitirá que a companhia realize os investimentos necessários para o total desenvolvimento dos seus ativos no Brasil, incluindo os dois campo produtivos (Albacora Leste e Sapinhoá), dois campos em desenvolvimento (Piracucá e Carioca) e nove blocos exploratórios e áreas identificadas com grande potencial. Além dessas áreas, a companhia possui o desafio de operar o bloco BM-C-33, em águas profundas da Bacia de Campos, a maior descoberta já feita por uma empresa privada de petróleo no Brasil até 2012,[11] que contém reservas estimadas de mais de 700 milhões de barris de petróleo e três trilhões de pés cúbicos (tcf) de gás, equivalentes a 545 milhões de barris de petróleo.[12]
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ a b "Repsol cambia el nombre tras expropiación en Argentina"[ligação inativa], El Nuevo Herald, 2012-05-31
- ↑ «Forbes Global 2000». Forbes. Consultado em 19 de março de 2023
- ↑ «Kantar - BrandZ Espanha: as marcas espanholas mais valiosas em 2017». br.kantar.com. Consultado em 3 de janeiro de 2018
- ↑ «Petrolífera espanhola fecha a compra da YPF por US$ 7,5 bi». Folha de São Paulo. 24 de junho de 1999. Consultado em 15 de junho de 2024
- ↑ «Repsol compra os 303 postos de abastecimento da Shell em Portugal». IOL. Consultado em 31 de maio de 2023
- ↑ Repsol vende rede de postos no Brasil à AleSat por US$ 55 milhões
- ↑ G1, Do; Paulo, em São (16 de abril de 2012). «Cristina Kirchner anuncia nacionalização da YPF na Argentina». Economia. Consultado em 15 de junho de 2024
- ↑ Ale compra rede de postos da Repsol no Brasil
- ↑ www.repsolsinopec.com.br/historico
- ↑ Sinopec conclui acordo para entrada no capital da Repsol Brasil
- ↑ Ocean Rig Mylos chega ao bloco BM-C-33
- ↑ Ibama concede licença ambiental a Repsol para novo bloco