Samba pras Moças – Wikipédia, a enciclopédia livre
Samba pras Moças | |||||||
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Álbum de estúdio de Zeca Pagodinho | |||||||
Lançamento | 1995 | ||||||
Gênero(s) | Samba, pagode | ||||||
Duração | 52:04 | ||||||
Idioma(s) | Língua portuguesa | ||||||
Formato(s) | CD | ||||||
Gravadora(s) | PolyGram | ||||||
Produção | Rildo Hora | ||||||
Cronologia de Zeca Pagodinho | |||||||
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Samba pras Moças é o nono álbum de estúdio do cantor e compositor brasileiro Zeca Pagodinho, lançado em 1995, e é considerado a "obra prima irretocável" do artista.[1][2] O crítico Mauro Dias, em uma coluna de crítica musical, citou este disco como "perfeito" em artigo no jornal O Estado de S. Paulo.[3] Já Mauro Ferreira, crítico do jornal O Globo, cita o disco como um "repertório irregular", mas superior aos outros discos lançados no gênero do samba naquele ano.[4]
Após sua relação conturbada com a gravadora RCA, Zeca entendeu que precisava se profissionalizar. Para isso, assinou contrato com a PolyGram e seus discos passariam então a ter novos personagens que seriam tão importantes para a mudança de patamar do artista, a ponto de fazerem parte do seu time de então até os dias atuais. Trata-se de Rildo Hora como produtor musical e Max Pierre como diretor artístico.
O arranjador, maestro e gaitista Rildo Hora era já um profissional considerado experimentado no meio musical, tendo produzido álbuns de sucesso de grandes nomes como Martinho da Vila e Beth Carvalho, e foi considerado o nome ideal para este novo momento na carreira de Zeca. Este foi o início de uma parceria que renderia à dupla 4 Grammys Latinos e Rildo Hora seria então considerado um Midas do Samba, colecionando mais de 150 discos de ouro em cinquenta anos de carreira.[5]
Com o novo produtor, a sonoridade musical de Zeca se alterou e sua música passou a apresentar arranjos mais trabalhados e introduções musicais marcantes, uma receita que já vinha experimentando com Martinho da Vila, mas alcançaria seu ápice com o disco Samba pras Moças. Além de inserir uma sonoridade orquestral, o maestro introduziu uma tonalidade baiana à canção, para que ela se assemelhasse com o axé, que fazia muito sucesso na época.[6]
Este foi o último disco em que Zeca aparece como compositor em várias faixas, tendo colaborado em 7 canções. À partir de então, o artista passaria a inserir em seus discos apenas gravações de grandes compositores do samba, além de dar oportunidade para compositores em início de carreira, pois segundo o próprio artista, "o lado artista sufoca o compositor. Em primeiro lugar, não sobra tempo. São tantos compromissos que é difícil conseguir parar para compor. E, depois, falta a inspiração." [7]
O grande turning point para a imagem de Zeca se alterar perante o público nacional teria sido a entrevista onde o cantor foi a principal atração do programa Jô Soares Onze e Meia, em 24 de julho de 1995, feita especificamente para a divulgação deste disco. Ali, criou-se o mito de um artista alegre, comunicativo, humilde e boêmio irreparável, que lhe rendeu fama nacional a ponto de se tornar o principal garoto propaganda de uma empresa de cerveja.
O disco Samba pras Moças vendeu 300 mil cópias, atingindo disco de Platina.[8]
Em 2020, 25 anos após o lançamento original, o álbum foi disponibilizado nas plataformas digitais em versão remasterizada.[9][10]
Faixas
[editar | editar código-fonte]N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |
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1. | "Samba pras Moças" | Roque Ferreira / Grazielle | 5:04 | |
2. | "Se Eu Sorrir Tu Não Podes Chorar" | Zeca Pagodinho / Martinho da Vila | 4:08 | |
3. | "Já Mandei Botar Dendê" | Zeca Pagodinho / Arlindo Cruz / Maurição | 4:30 | |
4. | "O Bicho que Deu" | Tio Hélio / Nílton Campolino | 4:35 | |
5. | "Vou Botar Teu Nome Na Macumba" | Zeca Pagodinho / Dudu Nobre | 3:20 | |
6. | "Pururuca" | Barbeirinho do Jacarezinho / Marquinhos Diniz | 3:35 | |
7. | "A Distância" | Almir Guineto / Mazinho Xerife / Carlos Senna | 4:09 | |
8. | "Guiomar" | Nei Lopes | 3:12 | |
9. | "Depois do Temporal" | Beto sem Braço / Zeca Pagodinho | 3:44 | |
10. | "Pagode da Dona Didi" | Zeca Pagodinho | 3:03 | |
11. | "O Samba Nunca Foi de Arruaça" | Monarco / Ratinho | 2:58 | |
12. | "Requebra Morena" | Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro | 4:08 | |
13. | "Pisa Como Eu Pisei / Brincadeira Tem Hora / Quando Eu Contar (Iaiá)" | Beto sem Braço / Aluízio Machado / Zeca Pagodinho; Beto sem Braço / Zeca Pagodinho; Serginho Meriti / Beto sem Braço | 5:38 | |
Duração total: | 52:04 |
Certificações
[editar | editar código-fonte]País | Certificação | Data | Vendas certificadas | ||||||||||||
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Brasil (ABPD) | Platina | 1995 | 250.000*[11] | ||||||||||||
*número de vendas baseado na certificação |
Referências
- ↑ «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «Zeca Pagodinho faz show "pras moças"». Folha de S. Paulo. 7 de junho de 1996. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «Busca | Acervo O Globo». acervo.oglobo.globo.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «O samba antes e depois de Rildo - Geral». Estadão. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «O Samba Mediado». www.unicamp.br. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ Estrelas | Angélica visita casa de Zeca Pagodinho e se derrete por Noah, netinho do cantor | Globoplay, consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «O Estado de S. Paulo - Acervo Estadão». Acervo. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ Brazil, The Music Journal (2 de dezembro de 2020). «Zeca Pagodinho: álbum "Samba pras Moças" é disponibilizado nas plataformas digitais». Gente. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «Zeca Pagodinho: álbum "Samba pras Moças" é disponibilizado nas plataformas digitais». Terra. Consultado em 24 de fevereiro de 2021
- ↑ «Certificados de Zeca Pagodinho». ABPD. Consultado em 16 de maio de 2014