Seleção Zimbabuense de Futebol Feminino – Wikipédia, a enciclopédia livre
Associação | Associação de Futebol do Zimbábue | ||||||||||
Confederação | CAF | ||||||||||
Treinador(a) | Sithethelelwe Sibanda | ||||||||||
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A Seleção Zimbabuana de Futebol Feminino representa a Zimbábue nas competições de futebol feminino. É controlada pela Associação de Futebol do Zimbábue (ZIFA), entidade que é filiada a Confederação Africana de Futebol. Ela é filiada à FIFA, CAF e à COSAFA.
Sua primeira partida internacional competitiva foi disputada no Campeonato Africano Feminino de 2000, quando empatou com Uganda por 2 a 2 em 11 de novembro de 2000. Estava classificada para a edição de 1991, mas desistiu do torneio antes de disputar uma partida.
Se classificou para o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2016 e terminaram em último no grupo depois de perder por 6 a 1 para a Alemanha, 3 a 1 para o Canadá e 6 a 1 para a Austrália.[2] Nunca se classificou para a Copa do Mundo.
História
[editar | editar código-fonte]O Zimbábue tinha previsão de competir na edição inaugural do Campeonato Africano Feminino de 1991, mas se retirou antes do primeiro jogo contra a Zâmbia.[3] Em junho de 1997, a equipe jogou contra a África do Sul no Estádio FNB, na preliminar do Desafio Nelson Mandela.[4] No Campeonato Feminino da COSAFA, terminou com vice-campeonato em 2002 e em quarto lugar em 2006. Em 2011, foram coroados campeãs.[5]
Escândalo sexual e condições precárias
[editar | editar código-fonte]Em 2003, a jogadora Yesmore Mutero acusou publicamente o técnico nacional Shacky Tauro de infectá-la com HIV durante um sexo extraconjugal. Tauro negou as alegações, mas deixou cargo em seguida. Mutero morreu em 2004, seguido por Tauro em 2009.[6] Um inquérito subsequente sobre as alegações de abuso sexual generalizado de futebolistas do Zimbabué foi iniciado, mas nunca confirmado pela ZIFA.[7]
Além de encobrir o abuso sexual, a ZIFA forneceu instalações para treinamento inadequados e perigosos, não conseguiu marcar partidas amistosas de preparação, reteve pagamentos contratuais e bônus, recusou-se a pagar por viagens para partidas fora de casa e se recusou a pagar pelo tratamento de jogadoras lesionadas.[8][9] Como recompensa pela classificação ao Campeonato Africano de 2016, cada jogadora recebeu 50 dólares para comprar um vestido.[10] Jogadoras que foram convocadas para disputar as Olimpíadas de 2016 ainda assim deviam 3 500 dólares cada para a associação nacional.[11] Ao voltar do Brasil, nenhum funcionário da ZIFA cumprimentou as jogadores que receberam entre 5 e 15 dólares para voltar as suas casas.[12]
Desempenho
[editar | editar código-fonte]Jogos Olímpicos
[editar | editar código-fonte]Futebol nos Jogos Olímpicos | |||||||||
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Ano | Resultado | PJ | V | E | D | GM | GC | SG | |
1996 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2000 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2004 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2008 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2012 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2016 | Fase de grupos | 3 | 0 | 0 | 3 | 3 | 15 | –12 | |
Total | 1/6 | 3 | 0 | 0 | 3 | 3 | 15 | –12 |
Campeonato Africano
[editar | editar código-fonte]Campeonato Africano de Futebol Feminino | |||||||||
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Ano | Resultado | PJ | V | E | D | GM | GC | SG | |
1991 | Desistiu nas quartas de final | - | - | - | - | - | - | - | |
1995 | Não entrou | - | - | - | - | - | - | - | |
1998 | Não entrou | - | - | - | - | - | - | - | |
2000 | Quarto lugar | 5 | 1 | 1 | 3 | 8 | 17 | –9 | |
2002 | Fase de grupos | 3 | 0 | 2 | 1 | 2 | 4 | –2 | |
2004 | Fase de grupos | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | 4 | –1 | |
2006 | Desistiu nas eliminatórias | - | - | - | - | - | - | - | |
2008 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2010 | Não entrou | - | - | - | - | - | - | - | |
2012 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2014 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
2016 | Fase de grupos | 3 | 0 | 1 | 2 | 0 | 3 | –3 | |
2018 | Não se classificou | - | - | - | - | - | - | - | |
Total | 4/13 | 14 | 2 | 5 | 7 | 13 | 28 | –15 |
Referências
- ↑ a b c «Women's Ranking». www.fifa.com (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2022
- ↑ «Women's Olympic Football Tournament, Rio 2016 – Zimbabwe» (em inglês). FIFA. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Namibia: Zambia's She-Polopolo» (em inglês). AllAfrica. 9 de outubro de 2014. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Where are our queens?» (em inglês). The Herald. 28 de outubro de 2011. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «COSAFA Women's Championship-Zimbabwe crowned 2011 Champions» (em inglês). Women's Soccer Africa. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Rio 2016: Zimbabwe women's arduous journey to Brazil» (em inglês). Al Jazeera. 4 de agosto de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Yesmore Mutero turning in her grave» (em inglês). The Standard. 8 de março de 2011. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Mighty Warriors finally get part of bonuses» (em inglês). Chronicle. 12 de março de 2014. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Mighty Warriors queen Neshamba stranded» (em inglês). The Sunday Mail. 10 de abril de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «The Zimbabwe Mighty Warriors' tale of price and sacrifice» (em inglês). Unusual Efforts. 20 de junho de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Mighty Warriors global appeal» (em inglês). Daily News. 11 de agosto de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2018
- ↑ «Mighty Warriors fiasco a disgrace» (em inglês). The Standard. 14 de agosto de 2016. Consultado em 4 de dezembro de 2018