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Talatona
Localidade de Angola Angola
(Ciadade e município)


Vista de uma rua residencial em elevação do terreno
Dados gerais
Fundada em 2016
Província Luanda
Características geográficas
População 500 000[1] hab. (2018)
Clima BSh

Talatona está localizado em: Angola
Talatona
Localização de Talatona em Angola
8° 55' 5" S 13° 11' 27" E{{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}
Projecto Angola  • Portal de Angola

Talatona é uma cidade e município da província de Luanda, limítrofe à capital angolana.[2][3][4][5]

Foi projetado pelo governo de Angola para reduzir o trânsito no centro de Luanda;[6] sua infraestrutura foi edificada em um local a sul de Luanda[7] que atualmente abriga diversos serviços administrativos e econômicos que foram transferidos da zona central.[6]

Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população aproximada de 500 000 habitantes.[1]

Compõe-se da comuna-sede, que também possui o nome de Talatona, e da comuna de Benfica; além disso está subdividida nos distritos urbanos de Camama (ou Cidade Universitária), Futungo de Belas e Quificas.[8][3] O território municipal é banhado pela baía do Mussulo, administrando duas ilhas que encontram-se nesta, sendo o ilhéu dos Pássaros e a ilha do Desterro.

Dista cerca de 17 km do centro de Luanda, e é composto basicamente por torres de uso residencial e comercial, além de condomínios horizontais.

O povoamento da área territorial de Talatona é muito antigo, mas só tomou impulso a partir da década de 1990, como área de cultivo para camponeses migrados do sul de Angola, fugindo da Guerra Civil Angolana. Tomou características de bairro do município de Luanda[6] com certa urbanização a partir de meados daquela década, porém somente após o fim da guerra, em 2002, é que a dinâmica de integração à capital efetivamente ocorre.[7] Este processo aconteceu em função dos empreendimentos imobiliários da empresa Edurb, que adquiriu o perímetro e o loteou. A empresa ainda realiza a gestão urbana, com autorização do governo provincial de Luanda.[6]

O governo angolano contratou, na década de 2000, a transnacional brasileira Odebrecht (atual Novonor), que por meio de sua subsidiária Odebrecht Angola erigiu duas avenidas (nomeadas Samba e 21 de Janeiro) para possibilitar a conexão com Luanda.[7]

Em 2011, no processo de criação do município de Belas, seu território é destinado àquele novo município, constituído sua parte mais urbanizada.[7] Até aquele momento ainda era denominado de Luanda Sul.[9]

Devido ao crescimento econômico do bairro e à extensão territorial do município de Belas, em 2016 foi anunciada pelo governador da província de Luanda, Higino Carneiro, a criação do município de Talatona; esta emancipação era prevista no planejamento do plano diretor da Região Metropolitana de Luanda.[2]

O centro de compras "Belas", construído no então bairro, também foi incumbido à Odebrecht,[6] que executou a obra em parceria com capitais angolanos. É o primeiro centro de compras de Angola, inaugurado em 2008.[7]

Infraestrutura

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O município de Talatona comporta o polo universitário da nação ao sediar em seu território algumas das mais importantes instituições de ensino superior de Angola. O exemplo disso é a Cidade Universitária da Universidade Agostinho Neto (também conhecida como Cidade Universitária de Camama), situada no distrito da Camama, principal campus do país.[10] Outras instituições incluem a Universidade Privada de Angola,[11] a Faculdade de Serviço Social da Universidade de Luanda e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais.[12]

O Estádio Nacional 11 de Novembro, localizado no distrito urbano de Camama, está neste município. Seu acesso principal se dá pela Via Expressa Fidel Castro, que serve como o limite sul e a fronteira com o município de Belas.[13]

Referências

  1. a b Schmitt, Aurelio. (3 de fevereiro de 2018). «Municípios de Angola: Censo 2014 e Estimativa de 2018». Revista Conexão Emancipacionista 
  2. a b «Talatona passa a município». Jornal de Angola. 10 de março de 2016. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2018 
  3. a b «Primeiro-Ministro luso chega hoje a Luanda». Jornal de Angola. 17 de setembro de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2018 
  4. «Deputados apostam em nacionais para a resolução da lagoa de Talatona». ANGOP. 1 de junho de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2018 
  5. «Embaixador de Moçambique deixa Luanda com desejo de mais trocas comerciais com Angola». Diário de Notícias. 23 de agosto de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2018 
  6. a b c d e «Talatona ou o inferno de estacionar». Rede Angola. 10 de dezembro de 2014. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 17 de abril de 2015 
  7. a b c d e «Talatona, o enclave dos ricos em Angola». Folha de S.Paulo. 25 de maio de 2010. Consultado em 20 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2018 
  8. Comunas. Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado. 2018.
  9. Public-Private Infrastructure Initiatives in Luanda Sul (PDF; 116 kB) Bericht von Cláudio Melo Filho General Director Project Luanda Sul - Odebrecht (en)
  10. Agostinho Neto University. Minds of Science.
  11. UPRA - Universidade Privada de Angola. AfricaBiz. 2021.
  12. Centros de aprendizagem em Município do Talatona, Província de Luanda. OpenAlfa.
  13. Morgan, Nanizaiawo. Visita ao Estádio 11 de Novembro – Parte 1: Por Dentro do Estádio 11 de Novembro. Poro Desporto. 19 de setembro de 2017.


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