Mosaic Fertilizantes – Wikipédia, a enciclopédia livre

Mosaic Fertilizantes
Razão social Mosaic Fertilizantes P&K Ltda.
Nome(s) anterior(es) Fosfertil (1977-2010)
Vale Fertilizantes (2010-2018)
Empresa de capital fechado
Atividade Agricultura
Química
Fundação 1977 (47 anos)
Sede São Paulo,  Brasil
Proprietário(s) The Mosaic Company
Empregados 10,000
Produtos Fertilizantes
Lucro Aumento US$ 60.7 milhões (2010)
Faturamento Aumento US$ 1.6 bilhões (2010)[1]
Website oficial www.mosaicco.com.br

Mosaic Fertilizantes (antes Vale Fertilizantes e Fosfertil) é uma empresa brasileira de fertilizantes, fundada em 1977, pertence à The Mosaic Company.

Em 1977, a Fosfertil foi constituída como empresa estatal responsável pela produção de materiais fosfatados e foi encarregada do desenvolvimento e operação das jazidas de rocha fosfática de Patos de Minas em agosto de 1977. [2][3][4][5]

A empresa deu continuidade ao Projeto Fosfato, iniciado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM, em 1974. [2][3][4][5]

O capital da Fosfertil era formado pela Petrobras Fertilizantes S/A -  Petrofertil (49%), FIBASE (49%) e CAMIG (2%). [2][3][4][5]

Em janeiro de 1979, a Valefertil (complexo químico construído para a produção de fertilizantes solúveis em Uberaba), criada em 1976 e de propriedade da Companhia Vale do Rio Doce, foi transferida para a Fosfertil. [2][3][4][5]

Em julho de 1980, o governo federal decidiu transferir a Valep (mineradora responsável pela rocha fosfática e o mineroduto em Tapira), também de propriedade da CVRD para a Fosfertil. [2][3][4][5]

Em dezembro de 1980, a estrutura acionária da Fosfertil era formada por: Petrofértil (32,6%), FIBASE (32,6%), CVRD (34,2%) e CAMIG (0,6%). [2][3][4][5]

As operações da Valep e Valefertil, até então subsidiárias da Vale, foram reunidas sob uma única empresa, a Fosfertil, mantendo o papel de coordenação geral da Petrofertil no setor de fertilizantes de propriedade governamental. [2][3][4][5]

Em 1992, com a implantação do Plano Nacional de Desestatização, o controle acionário da Fosfertil foi adquirido pelo consórcio Fertifós, formado por empresas brasileiras. Posteriormente, a Fosfertil abriu seu capital, negociando ações em bolsa. [2][3][4][5]

O consórcio Fertifós era inicialmente formado por: IAP (23,07%), Manah (23,07%), Solorrico (23,07%), Fertibrás (12,76%), Takenaka (6,17%) e outras (1,89%). Entre 1998 e 2000, a Bunge adquiriu a IAP e a Manah e a Cargill adquiriu a Solorrico e a Fertiza. Com isso, a Bunge passou a deter 52,3% da Fertifós, a Cargill (33,07%), a Fertibrás (12,76%) e outras 1,89%.[6][7]

No momento da privatização, os controladores da Fosfertil eram: Petrofértil (76,4%), BNDESPAR (11,9%), CVRD (11,5%) e Comig (0,2%).[8]

Em 1993, a Ultrafertil foi privatizada e adquirida pela Fosfertil. [2][3][4][5]

Em 1995, a Ultrafertil adquiriu a Goiasfertil, que extraía rocha fosfática em Catalão (GO). A Goiasfertil incorporou a Ultrafertil e passou a adotar a razão social Ultrafertil S.A. [2][3][4][5]

Em 2010, a Vale adquiriu o controle da Fosfertil por US$ 3 bilhões. Na ocasião, a empesa pertencia à Yara, à Fertilizantes Heringer, à Fertipar, à Bunge e à Mosaic (antes de readquirir em 2018), que controlava a empresa. A Vale então criou a Vale Fertilizantes.[9][10][11]

A empresa obteve um lucro de 114 milhões de reais no primeiro trimestre de 2011.[12]

Em janeiro de 2018, foi concluída a venda da Vale Fertilizantes para a Mosaic por US$ 1,150 bilhão e mais 34,2 milhões de ações da Mosaic, representando 8,9% do capital total da Mosaic após a emissão de ações. A razão social da Vale Fertilizantes S.A. foi alterada para Mosaic Fertilizantes P&K Ltda..[13][14]

Referências

  1. «Vale Fertilizantes registra lucro de R$ 99 milhões em 2010». G1. 24 de março de 2011. Consultado em 8 de junho de 2016 
  2. a b c d e f g h i j BNDES. «Principais empresas e grupos brasileiros do setor de fertilizantes» (PDF) 
  3. a b c d e f g h i j «AGROMINERAIS PARA O BRASIL» (PDF) 
  4. a b c d e f g h i j «ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL PILHA DE MAGNETITA DESAGUADA – PDM-2» (PDF) 
  5. a b c d e f g h i j World Bank (28 de junho de 1985). «PROJECT COMPLETION REPORT BRAZIL - VALEFERTIL FERTILIZER PROJECT (LOAN 1411-BR)» (PDF). World Bank. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  6. «Bunge e Cargill ainda sem solução». Portal Agrolink. 5 de dezembro de 2003. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  7. Ali Aldersi Saab; Ricardo de Almeida Paula. «O mercado de fertilizantes no Brasil Diagnósticos e propostas de políticas». Embrapa. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  8. BNDES (2004). «Programa Nacional de Desestatização: relatório de atividades 2004» (PDF). BNDES. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  9. OnLine, Valor (27 de maio de 2010). «Vale conclui compra da Fosfertil e ativos de fertilizantes da Bunge». Economia e Negócios. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  10. «Projetos frustrados e falta de planejamento explicam dependência do Brasil de fertilizantes». Folha de S.Paulo. 5 de março de 2022. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  11. «Vale faz nova investida no capital da Fosfértil». InfoMoney. 11 de fevereiro de 2010 
  12. «Brazil's Vale Fertilizantes Posts 1Q Net Profit Of BRL114 Million» 
  13. «Mosaic Completes Acquisition of Vale Fertilizantes». www.mosaicco.com. Consultado em 23 de Abril de 2018 
  14. Conteúdo, Estadão (22 de agosto de 2022). «Vale conclui venda da Vale Fertilizantes para a Mosaic». Época Negócios. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 

Ligações externas

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