Desequilíbrio ácido-básico – Wikipédia, a enciclopédia livre

Desequilíbrio ácido-básico
Desequilíbrio ácido-básico
Normograma ácido-básico.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E87.2-E87.4
CID-9 276.2-276.4
MeSH D000137
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Desequilíbrio ácido-básico ou desbalance ácido-base é um transtorno fisiológico sistêmico geralmente causado por problemas respiratórios, renais ou hepáticos.

Classificação

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Um excesso de ácido no sangue é denominado acidemia, sendo o processo acidificante chamado de acidose e um excesso de bases é chamado de alcalemia, sendo o processo alcalinizante denominado alcalose. Existem cinco tipos[1]:

  • Alcalose metabólica: pH maior que 7,45. Retenção ou produção excessiva de bicarbonato. (Mais de 28mmol/L)
  • Acidose metabólica: pH menor que 7,35. Excreção excessiva de bicarbonato pelos rins. (Menos de 20mmol/L)
  • Alcalose respiratória: pH maior que 7,45. Eliminação excessiva de dióxido de carbono pelos pulmões. Hiperventilação. (Menos de 35 PCO2)
  • Acidose respiratória: pH menor de 7,35. Retenção ou produção excessiva de dióxido de carbono pelos pulmões. Hipoventilação. (Mais de 45 PCO2)
  • Desequilíbrios mistos: Tanto pulmões quanto rins funcionam mal, causando uma super acidose ou super acidemia.

As acidoses são muito mais comum que as alcaloses. O desequilíbrio pode ser compensado por uma retroalimentação negativa para restaurar os valores normais. Existem respostas pulmonares e renais à acidose e alcalose. Rins aumentam ou diminuem a reabsorção de bicarbonato e pulmões aumentam o diminuem a eliminação de dióxido de carbono para compensar o problema.[1]

Fontes de ganho de ácido:

  1. Dióxido de carbono (já que CO2 e H2O formam HCO3-, bicarbonato, e H+, um próton, na presença da enzima anidrase carbônica)
  2. Produção de ácidos não-voláteis a partir do metabolismo de proteínas e outras moléculas orgânicas
  3. Perda de bicarbonato nas fezes ou urina
  4. Ingesta de ácidos ou precursores de ácidos

Fontes de perda de ácido:

  1. Uso de íons hidrogênio no metabolismo de vários ânions orgânicos
  2. Perda de ácido no vômito ou urina

Proporção normal

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A proporção adequada proposta é de 1mmol de dióxido de carbono para cada 20mmol de bicarbonato. CO2 é um ácido fraco e no sangue esse equilíbrio funciona como uma solução tampão (ou sistema buffer):

Respostas à acidose:

  1. Bicarbonato é adicionado ao plasma sanguíneo pelas células tubulares renais.
    • Células tubulares reabsorvem mais bicarbonato do fluido tubular.
    • Células do ducto coletor secretam mais hidrogênio e geram mais bicarbonato.
  2. Amoniagênese leva a uma formação aumentada de tampão (na forma de NH3)
  3. Mudanças na respiração para expelir mais dióxido de carbono

Respostas à alcalose:

  1. Excreção de bicarbonato na urina
    • Isso é causado pela taxa diminuída de secreção de ion hidrogênio nas células epiteliais tubulares.
    • Isso também é causado pelas baixas taxas de metabolismo da glutamina e excreção de amônia.

Sinais e sintomas

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Os sintomas de acidose incluem respiração rápida, muita ou pouca urina, fatiga e confusão mental enquanto os de alcalose incluem espasmos musculares, dormência, náusea e vômito. Ambos podem causar arritmia, coma e morte.[2]

Referências