Economia neoclássica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Economia neoclássica é uma expressão genérica utilizada para designar diversas correntes do pensamento econômico que estudam a formação dos preços, a produção e a distribuição da renda através do mecanismo de oferta e demanda dos mercados. Essas correntes surgem no fim do século XIX e século XX, com o austríaco Carl Menger (1840-1921), o inglês William Stanley Jevons (1835-1882), o suíço Léon Walras (1834-1910) dentre outros autores menos importantes. Posteriormente, destacaram-se o inglês Alfred Marshall (1842-1924), o sueco Knut Wicksell (1851-1926), o italiano Vilfredo Pareto (1848-1923) e o estadunidense Irving Fisher (1867-1947).

A palavra neo-classical ('neoclássico') foi introduzida por Thorstein Veblen em 1900[1] para designar os autores que integraram a chamada revolução marginalista, iniciada por Stanley Jevons e a escola austríaca (Léon Walras não é citado). Veblen inclui nessa categoria Alfred Marshall e os austríacos, principalmente.

Grupos e influências

[editar | editar código-fonte]

Os neoclássicos podem ser divididos em diferentes grupos, como a escola Walrasiana, a escola de Chicago e a escola austríaca. Os modelos macroeconômicos são influenciados pelo pensamento keynesiano, através da adoção de postulados sobre rigidez de curto prazo.

Comumente são adotadas as hipóteses de maximização de funções utilidade em função da renda ou dos custos de indivíduos ou firmas, dados os fatores de produção e as informações disponíveis sobre o mercado.

A hipótese de maximização da utilidade pressupõe cálculos econômicos e está ligada à corrente marginalista, nascida no fim do século XIX. Dos três fundadores do marginalismo - Léon Walras, Carl Menger e William Stanley Jevons - o primeiro foi quem exerceu maior influência sobre a escola neoclássica atual.

A influência clássica, por sua vez, dá-se através da presença de microfundamentos. O estado da arte da macroeconomia neoclássica, entretanto, baseia-se no desenvolvimento de modelos dinâmicos estocásticos de equilíbrio geral (DSGE).

Das várias críticas em relação à economia neoclássica, muitas são absorvidas pela própria teoria, de acordo com o evoluir da percepção sobre o problema econômico. Essa evolução levará os economistas austríacos a se afastarem cada vez mais da escola neoclássica, aprofundando suas diferenças em relação às outras correntes marginalistas.

A partir dos anos 1930, após os trabalhos de John Hicks, a corrente walrasiana assume importância crescente e incorpora uma parte das ideias keynesianas, através da chamada síntese neoclássica, que é considerada atualmente como a vertente dominante no ensino de economia.[2] Para E. Roy Weintraub[3], se a escola neoclássica representa a ortodoxia e é ensinada nas maiores universidades, isso se deve à sua capacidade de "matematizar" e "cientificizar" a economia, bem como de fornecer indicações para a escolha da conduta a seguir.

À pergunta "quem não é neoclássico?", pode-se responder:[3]

Referências

  1. "The preconception of Economic Science"[ligação inativa] (Parte III) por Thorstein Veblen. Electronic Text Center, University of Virginia Library. Originalmente publicado na American Economic Review, fevereiro de 1900.
  2. Clark, B. (1998). Principles of political economy: A comparative approach. Westport, CT: Praeger.
  3. a b The Concise Encyclopedia of Economics. "Neoclassical Economics", por E. Roy Weintraub.
  4. Autores marxistas com destaque para Oskar Lange a partir de 1936, analisaram os postulados da Escola Neoclássica sob o ponto de vista do marxismo.
  5. False Paradigm: The Irreconcilable Inconsistencies of Neoclassical Macroeconomics
  • Georgescu-Roegen, N (1971), The Entropy Law and the Economics Process, 277pp. Cambridge Mass: Harvard University Press. (Uma resposta da área da Física termodinâmica aos princípios da economia neoclássica).
Ícone de esboço Este artigo sobre economia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.